COLEÇÕES
Igreja no Brasil
Identificação:
Denominação: IGREJA NO BRASIL
Sigla: (IGR BRA)
Natureza do Conjunto: Coleção
Data Limite Inicial: 1942
Data Limite Final: 2007
Quantidade: 10 caixas e 02 pastas
Contextualização:
História Administ./Biografia: A presença da Igreja no Brasil iniciou-se em 1549, data da chegada dos jesuítas. Encontrava-se então atrelada ao poder monárquico e o Catolicismo foi a religião oficial trazida para a colônia.
Até 1580, os jesuítas tiveram exclusividade na atividade religiosa do Brasil, como os missionários "oficiais" da Coroa. De 1580 a 1640, a colônia sofre mudanças no campo religioso, devido à união da Coroa lusitana à espanhola, possibilitando a vinda de novas Ordens, como os franciscanos, beneditinos e carmelitas.
Até 1759, tais grupos religiosos procuravam em suas atividades favorecer o projeto colonial lusitano, havendo um rompimento a partir do momento que as ideias de cunho liberal se propagaram a partir dos Estados Unidos (1776) e da França (1789), atraindo a burguesia em formação e clérigos letrados.
O Episcopado, por sua vez, permanecia fiel ao projeto colonial, causando ruptura entre ele e o clero liberal.
Aumentaram as restrições e o controle da Coroa com relação aos membros das Ordens Religiosas, chegando-se mesmo à supressão da Ordem dos Padres das Mercês e á extinção da Congregação do Oratório, já durante o Primeiro Reinado.
Esse período de crise se estendeu por todo o Primeiro Reinado e o Período Regencial, continuando a Igreja dividida entre o clero de aspirações liberais, cada vez mais se alinhando ao lado do poder civil, e um Episcopado conservador e reacionário, que contava com o apoio de latifundiários e escravocratas.
Paralela à crise da Instituição religiosa oficial, a vida religiosa popular teve grande incremento, especialmente em Minas Gerais.
Com a vinda da Família Real, em 1808, a Santa Sé ampliava sua influência direta na Igreja do Brasil, dando-lhe formas mais romanizadas.
Em meados do século XIX, a Igreja sofreu reformas; passou a ser considerada como uma sociedade hierárquica perfeita, cujo funcionamento se realizava paralelamente ao Estado, devendo manter ambos, Igreja e Estado, uma mútua colaboração.
Já em 1889, com a queda do império e início do período republicano, o Governo decretou a separação entre Igreja e Estado.
Entre 1890 e 1921, a Igreja dividiu-se em províncias eclesiais e assembleias episcopais.
A partir dos anos 1920, com as mudanças sociais e políticas que o Brasil vinha sofrendo, a Igreja Católica procurou firmar-se na sociedade através da oficialização da Ação Católica Brasileira (ACB) e a instituição da festa de Cristo Rei. Foi também incentivada a fundação de Faculdades e Universidades Católicas.
Com o Concílio Vaticano II, realizado em 1962, surgiu um novo modelo: a Igreja - povo de Deus. Esse modelo foi assumindo características próprias na América Latina, mediante a opção pelos pobres, expressa na organização das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), e, mais tarde, na participação da Igreja na defesa dos direitos humanos. Essa tendência marcante continua em vigor até nossos dias.
O CEDIC formou a Coleção em torno desta temática, a partir das doações recebidas.
Hist. Arquivística/ Procedência:os documentos foram adquiridos através de doações diversas. Entre os doadores: Centro de Documentação e Pesquisa Vergueiro (CPV), em 16 de dezembro de 1992, Carlos Brosso, ex-jocista, em 11 de dezembro de 1992, Biblioteca Central da PUC/SP, em 11 de fevereiro de 1993, Instituto de Estudos Especiais (IEE) da PUC/SP, em 27 de maio de 1993, CNBB, em 24 de outubro de 2007, e a Jornalista Jan Rocha, em 2021.
Conteúdo e Estrutura:
Âmbito e Conteúdo: a Coleção compõe-se de cartilhas de educação religiosa, relatórios de encontros e seminários, folhetos de orações, folhetos de cânticos, folhetos de culto ecumênico, matérias de imprensa sobre eventos religiosos, programas de educação política, cadernos pastorais, textos de legislação canônica de igrejas, planos de atuação religiosa no meio social, correspondência de vários órgãos religiosos, textos teatrais, textos de reflexão religiosa, textos de estudo, periódico tratando do "Congresso Eucarístico de 1955", dossiê "Congresso Internacional Ecumênico de Teologia", realizado em 1980, na PUC/SP, contendo: textos de abertura do evento, textos de análise sobre a Igreja na América Latina, textos de encerramento do evento, cânticos, lista de participantes, programa das atividades, matérias de imprensa sobre o evento, correspondência, relatórios das atividades das CEBs, apostilas do Congresso e textos de análise sobre comunicação social, folhetos sobre as ações das pastorais sociais, recortes de jornal, correspondências, relatórios legais, comunicados, requerimentos e memoriais em favor dos padres franceses Aristides Camio e François Gouriou, boletins informativos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), textos sobre a teologia da libertação, pronunciamentos de clérigos, estudos sobre arquidioceses, relatórios do Conselho nacional de Igrejas Cristãos do Brasil (CONIC), mensagens do Vaticano aos bispos do Brasil, dossiê sobre os conflitos de terra no Araguaia envolvendo a Igreja, comunicados da Cúria Metropolitana de São Paulo, comunicados da CNBB, listas de membros do Instituto de Estudos da Religião, encíclicas, mensagens da CNBB aos trabalhadores, cartas de grupos de indígenas e lavradores à CNBB, declarações pastorais, boletins de dioceses e organizações religiosas, transcrição de entrevista com Dom Paulo Evaristo Arns, relatórios do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), folhetos da Congregação para a Doutrina da Fé, cadernos do Centro de Educação Popular do Instituto Sede Sapientiae, planos diocesanos de pastoral, panfletos e textos sobre Igreja e política.
Sistema de Arranjo: parcialmente organizada.
Condições de Acesso Uso:
Condições de Acesso:
Instrumentos de Pesquisa: . Inventário Topográfico da CEDIC. São Paulo, 1992. (datilografado)
Notas:
Notas:
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