COLEÇÕES
Movimentos Pela Saúde
Identificação:
Denominação: MOVIMENTOS PELA SAÚDE
Sigla: (MOV SAU)
Natureza do Conjunto: Coleção
Data Limite Inicial: 1939
Data Limite Final: 1994
Quantidade: 03 caixas 01 pasta
Contextualização:
História Administ./Biografia: Durante a maior parte do século XX, predominou no Brasil a lógica higienista com relação à saúde. Focava-se na higiene coletiva e individual como principal meio para evitar a disseminação de patologias. Vinda da Europa, a medicina higienista no Brasil adquiriu caráter elitista, e passou a ser usada como forma de segregar a população pobre das classes mais altas, principalmente nos meios urbanos. A saúde era regida principalmente por meios privados - quem não tinha acesso a tais meios obtinha assistência médica através de instituições religiosas, como as Santas Casas. Esse quadro só viria a mudar com a Constituição de 1934, que estabelecia que a saúde coletiva era responsabilidade do Estado. Ainda assim, a prática continuava marcada pelo elitismo econômico e a precariedade dos poucos serviços públicos existentes.
Nas décadas de 1960 e 70, somada a repressão do regime militar, surgem movimentos reivindicatórios em diversas áreas, incluída a saúde. Aparecem mobilizações pela municipalização da saúde, por serviços médicos gratuitos no bairro e por conselhos médicos em que os moradores locais pudessem opinar. São representativos desse momento os clubes de mães e donas de casa e o Movimento da Zona Leste de São Paulo.
Na década de 1980, com a gradual abertura do regime e a perspectiva de redemocratização, os debates acerca da saúde ampliam-se, e passa-se a pensar essa questão como de natureza social - a saúde estaria intrinsecamente conectada com a condição de vida de uma população. Esses debates influenciaram a Constituição de 1988, que redefiniu a questão da saúde no Brasil. Ela estabeleceu a saúde como direito universal e responsabilidade do Estado, criando, dentro dessa lógica, o Sistema Único de Saúde (SUS), um sistema de saúde totalmente financiado pelo Estado e disponível para todos os cidadãos.
A Coleção foi formada pelo CEDIC a partir das doações recebidas.
Hist. Arquivística/ Procedência: os documentos foram adquiridos através de doações. Entre os doadores: José Adão, em 1992 e ao longo dos anos 2000, Biblioteca Central da PUC/SP, em data não localizada, Centro de Documentação e Pesquisa Vergueiro (CPV), em 1992, Alice Marques, em 1992, Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região, em 1994, e pela Jornalista Jan Rocha, em 2021.
Conteúdo e Estrutura:
Âmbito e Conteúdo: a Coleção compõe-se de textos sobre doenças, correspondência sobre a luta contra os manicômios, trechos de teses, correspondência sobre pesquisa referente ao ambiente de trabalho, convites para manifestações pela municipalização da saúde, folheto sobre movimento popular de saúde, livreto sobre conferência referente ao tabagismo, cadernos populares sobre saúde, nutrição e prevenção de doenças no Brasil, livretos sobre doenças do trabalho, textos de conferências, ciclos de debates e seminários sobre saúde e cadernos populares sobre indicadores de saúde, estudos, panfletos e cartilhas sobre a hanseníase, relatórios do Ministérios da Saúde, recortes de jornais e revistas, cartazes sobre doenças, documentos da Organización Panamericana de La Salud, guias de primeiros socorros, textos legislativos, relatórios e estudos sobre a esterilização, publicações de movimentos pela saúde, programa do Encontro Nacional do Movimento da Luta Antimanicomial, comunicado de imprensa do Movimento Nacional da Luta Antimanicomial e livretos educativos.
Sistema de Arranjo: parcialmente organizada.
Condições de Acesso Uso:
Condições de Acesso:
Instrumentos de Pesquisa: . Inventário Topográfico da CEDIC. São Paulo, 1992. (datilografado)
Notas:
Notas:
|