PUC-SP

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Chegar à PUC-SP foi como observar o mundo sobre uma montanha e ser desafiada...

Fabiana Cozza

Fonoaudiologia

Quem é
  • Cantora.
  • Formada em Jornalismo e Mestranda em Fonoaudiologia pela PUC-SP.
Vida na PUC-SP

“Meus pais se conheceram e se formaram na PUC-SP. Minha mãe em Pedagogia e meu pai, em Economia e Ciências Contábeis. Seguindo uma certa orientação familiar ingressei na universidade em 1994, aos 18 anos, para cursar Comunicação Social – Jornalismo. Em casa, estudar sempre foi um verbo de distinção. Isso porque a geração dos meus avós não teve essa oportunidade, sequer a chance de completar a primeira fase do ensino fundamental. Por isso, estar na universidade era antes de qualquer coisa, um passaporte para “ser alguém no mundo”, “ter uma profissão”, “honrar o esforço e a dedicação dos antepassados” que nos garantiram pelo trabalho, ingressar no mundo das letras.

Chegar à PUC-SP foi como observar o mundo sobre uma montanha e ser desafiada, lançada, a um espaço de interlocuções onde a construção do conhecimento dependia essencialmente da minha jornada, do meu caminhar, mas também de mestres que pudessem despertar em mim o desejo pelo saber. Lembro-me de passagens importantes durante a graduação e, essencialmente, da inquietação ao ser questionada pelos professores sobre o cotidiano, o refletir a conduta ética na profissão e o entender que o conhecimento, antes de qualquer coisa, significava assumir responsabilidades sociais e um lugar de fala.

Volto à universidade após ter meus caminhos profissionais atravessados pela música. Desta vez, no Programa de Pós-Graduação em Fonoaudiologia para discutir a construção do intérprete da canção, este sujeito que se derrama em corpo/voz/emoção sem muitos escrúpulos ou com todos eles, diante de tantos de nós.

Há de se ter muita valentia, paixão, delicadeza, escuta, jogo de cintura para se fazer ciência no Brasil de hoje. Há de se ter um time aguerrido, feito este, que compõe a Fonoaudiologia da PUC-SP. E um espírito equilibrista, de artista, que não persegue o absoluto (ilusório) mas, a metáfora. Professores que nos ajudam na difícil tarefa de olhar o mundo como se olha o mar pela primeira vez. E não se esquece.

Sempre tive orgulho de ter uma mãe professora. Sempre tive orgulho dos meus professores. Acho mesmo que o que existe é a figura do professor. Os ´Outros´, todas as outras profissões, são discípulos e discípulas. Tenho gratidão aos professores que me trouxeram até aqui pela história que construíram em suas carreiras, pelo afeto ao ato difícil de transmitir e instigar o ´Outro´ a revelar, conhecer, entender, desvelar, clarear, duvidar, perguntar... A PUC-SP faz parte da minha história. Meus professores são a minha história.

Que nenhum vento transverso abale o compromisso desta universidade com o ensino. Ensino que se vale da luta pelos direitos humanos, acima de tudo, que é o próprio direito de existir.”

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