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observatório ecopolítica

ano IV, n. 69, maio de 2020.

 

os donos dessa gente

 

1. Disponibilidade de leitos de UTIs colapsando. Falta de material para enfermeiros, médicos, maqueiros… Não há testes suficientes para serem aplicados. Duvidam-se das estatísticas de contaminação e mortes. Fala-se em cloroquina (especulações e “vontades” de chefes de governo), fala-se em remdesivir (evidências de redução na internação); fala-se de vacina no horizonte…

 

2. Vacina contra a dengue está em gestação há 12 anos… Até hoje não há vacina eficaz contra a malária. Milhares de pessoas morrem, anualmente, em decorrência da doença, principalmente, crianças menores de cinco anos. A maior incidência concentra-se nos países da África Subsaariana, onde mais se morre de HIV, até hoje sem vacina.

 

3. Respiradores: dizem que o Ministério da Saúde encomendou cerca de mais 20 mil às empresas Magramed, Intermed e KTV, todas de São Paulo. A importação e a montagem dos ventiladores, as embalagens hospitalares e os transportes estão a cargo da Klabin. A Fapesp financiou os projetos de OxyMag (respiradores destinados a unidades de transportes de emergência) e FluxoMag (para UTIs) para estas empresas. Os proprietários bancados pelo dinheiro público faturam duplamente; com aval da medicina e do Estado, equacionam os custos de investimento, tanto durante a fase do desenvolvimento e produção de aparatos, quanto no momento da venda aos destinatários, sejam eles estatais ou privados.

 

4. O governo de São Paulo fala em aplicar 27 mil testes/milhão de habitantes, atingindo patamar semelhante à Espanha e Itália, que não estão entre os que mais testaram na Europa. São Paulo é o epicentro de contaminação pelo novo coronavírus.

 

5. O futebol profissional volta a ser praticado, inicialmente na Alemanha, que é um dos países que mais testou na Europa O campeonato continua, sem a presença das torcidas. É o cumprimento de compromissos com os financiadores.

 

6. E o Ministro da Saúde caiu antes de 30 dias. Teich foi parar no tacho dos descartáveis do homem que senta no trono do palácio montado a cavalo com sua ideia-fixa. O general-superintendente que assume interinamente é especialista em controle de fronteiras na região amazônica e de entrada de refugiados no país, em especial os provenientes da Venezuela, e em operações de combate às drogas chamadas de ilegais. Falam que é para alterar o protocolo de uso da cloroquina…

 

7. O governo está coalhado de militares (excesso) e distribui cargos para o séquito do parlamento (regra da política moderna) nos ministérios dos espantalhos.

 

8. Quem ama o Brasil e a vida da economia são: o estamento militar, os ministros fantoches, a camarilha fascista; os adeptos da seita palaciana; empresários próximos (e um tanto à distância); os covardes vitimizados; gente da polícia, das milícias, de partidos políticos que visam controlar empregos públicos; o posto ipiranga e o homem que senta no trono do palácio montado a cavalo com sua ideia-fixa.

 

9. Tem mais? Tem.

 

10. Tem os que se ajeitaram em “solidariedades”; os eternos “artistas” que fazem shows inofensivos para entreter a vidinha mediana dos medíocres; os desprezados de sempre; os miseráveis conformados à sua forçosa situação (permanecer desempregado, sub assalariados, confinados ou trabalhando nos setores essenciais, ou recebendo do governo gorjetas mixurucas parceladas); os intelectuais que contestam; jornalistas que defendem a liberdade de expressão… Muitos deles como bons liberais a serviço de seus patrões liberais. É o contingente que acredita na lei e na isenção no Estado de Direito.

 

11. Querem o quê? A legalidade com o Estado de Direito democrático. Querem um enunciado que permanece orquestrado pelo homem que senta no trono do palácio montado a cavalo com sua ideia-fixa.

 

12. Na última semana soubemos pelos gênios do governo que três setores essenciais da economia são: academias de ginásticas, primordiais para a saúde, e salões de beleza e barbeiros, fundamentais para a higiene. Disseram não. Os que amam o Brasil ficaram furiosos. Afinal os outros, não sabem nada, ou quase nada, a não ser seguir procedimentos.

 

13. Há um grupo coeso que governa com apoio de parte do parlamento, de certos governadores, de muitos juristas com a alegada neutralidade do judiciário; no eleitorado arrebanhado pelo voto obrigatório. Eles amam este país (suas riquezas naturais, suas seguranças, sua democracia e seu peculiar modo de ser democrático).

 

14. Conhecem os procedimentos burocráticos e de tomadas de decisão democráticas; sabem que excessos não maculam a vida política; usam das exceções (incluindo medidas provisórias, obviamente) para governarem; sabem quem são civilizados e quem não é; falam como Senhores da moral. Progridem com seu conformismo ativo.

 

15. Se necessário, posam de pai austero que mete o braço para que os filhos aprendam com obediência a buscar o melhor para eles. E que suas mulheres, concordem ou não com eles, tomem à força do murro na cara para sustentar a garantia segura da propriedade de seus bens móveis e imóveis no lar. E na sequência lógica, pais e mães surram os filhos.

 

16. No Estado, são militaristas, policialescos, milicianos, franco-atiradores; querem uma arma na mão e que os outros estejam desarmados para que possam matar escudados em seus legais portes de armas.

 

17. Não veem a hora de alguém formular o enunciado que vamos para a anarquia! Estão como sempre estiveram prontos para o golpe de Estado.

 

18. Para eles, coronavírus, novo coronavírus, Covid-19, tudo bobagem, tudo supérfluo. Tudo muito natural; morrer é natural (desde que seja o outro). A religião os conforta; eles são os estandartes do conformismo. E é assim que deve ser. Um conformismo ativo, expressando a todo momento, nas ruas, nas redes digitais, na favela e no condomínio, que o governo está certo, que a economia deve sempre estar viva; que nada de isolamento social e quarentena. Creem nas leis que lhes garanta seu ativismo.

 

19. Aí vem o bloco da moderação para tentar por tudo na linha das letras do direito e de sua polícia, a federal. Uma tonelada de bombeirinhos (as) que compõem com os (as) conformistas ativos. Papo de retórica pra lá e pra cá. Vencerá quem for mais forte? Claro, seja pela força, a astúcia ou ambas. É preciso temer o governante; ele já é suficientemente amado.

 

20. E os que não aguentam mais esta situação que a chamada pandemia apenas sublinhou? Querem o quê?

 

21. E tem o povo se inventando que sabe para quem serve as leis, as armas civis e de Estado, as lives dos moderados, as fake news dos conformados, a polícia, os estratos superiores, médios e inferiores das forças armadas e toda milícia, a gestão compartilhada entre ilegalismos e legalismos; o direito e a justiça na propriedade.

 

22. A chamada pandemia está aí e mata pobres mesmo. E daí?

 

23. As covas coletivas crescem… Quem vai morrer?

 

24. Faltam respiradores mecânicos! Quem deve morrer?

 

25. Velhos ou jovens. Escolham: quem deve viver?

 

26. Falta dinheiro para o governo pagar a segunda parcela de sua esmola. Quem deve morrer?

 

27. Tem governador contra o governo federal. E daí?

 

28. Tem muita gente que apoiou a eleição deste governo porque queria o fim da chamada esquerda. E agora, estará à beira da morte ou ameaçado pela morte com amor pátrio no coração?

 

29. Folha de papel de caderno espiral dobrada em quatro, encontrada embaixo de assento em um trem do subúrbio: “o ônibus tá cheio, mãe/ o trem tá cheio, mãe/ tô quente, com secura na boca e dor de cabeça/ outro hospital lotado/ a máscara que você pediu para mim usar está sufocando…”

 

30. Tá chovendo defuntos!

 

31. O maduro governo da Venezuela é a favor da cloroquina. Suas estatísticas indicam menos de 500 infectados e 10 mortos. Um sucesso! (sic).

 

32. O homem que senta no trono do palácio montado a cavalo com sua ideia-fixa quer o protocolo de uso da cloroquina no Ministério da Saúde. Dizem que as estatísticas estão defasadas e mentem. E daí?

 

33. Trump foi a favor da cloroquina e os EUA foram para o primeiro lugar em contaminados e mortos. No início de abril o New York Times publicou matéria, depois repicada na UOL, indicando os efeitos colaterais da hidroxicloroquina. Rapidamente e sem o apoio da sua subserviente Fox, Trump, de fininho, retirou sua recomendação oficial. A hidroxicloroquina, aprovada pelo Food and Drug Administration é para o tratamento de malária e lúpus. Suspense!!!!!

 

34. Entre os maiores acionistas da Sanofi e da Mylan, produtores da cloroquina, estão Trump e Ken Fisher, o grande doador aos republicanos, enfiados na Fisher Asset Management. Outros membros do governo Trump estão envolvidos com a Invesco. As famílias Trump investem no fundo mútuo Dodge& Cox interessado na produção de cloroquina. E por aí segue adentro.

 

35. Curiosidades: Trump recua, mas o homem que senta no trono do palácio montado a cavalo com sua ideia-fixa encampa a proposta pelo uso da cloroquina. Estaria ele representando os interesses econômicos destas empresas e procurando viabilizar o protocolo? Estaria o governo brasileiro funcionando como escudo e experimento para obtenção de consenso eleitoral? Salvando a economia e suas vidas com lucratividades ao custo de morte de tantos e com um certo dar as costas para a ciência?

 

36. E o que faz Maduro nessa jogada junto com Bolsonaro e Trump? Suspense!!!!!!

 

37. Aí surge um manifesto global pela democratização do ambiente de trabalho, lançado por duas professoras europeias e uma estadunidense. Propõe “democratizar empresas; desmercantilizar relações de trabalho; e focar juntos, a regeneração do planeta”. Elas seguem a cartilha da racionalidade neoliberal de gestão compartilhada nas empresas, redesenhando o Conselho de Trabalho nas empresas europeias, capenga desde sua criação no pós-II guerra Mundial; pensam que assim se fará uma boa governança, garantindo melhores salários, mais empregos e estabilidade (restaurando algo do welfare state e entendendo, ao seu modo, o art. 23 da Declaração Universal dos Direitos Humanos relativo ao direito ao trabalho); e endossam a gestão compartilhada entre trabalhadores (homens e mulheres), empresários e acionistas na gestão produtiva. Tudo isso para garantir a regeneração ambiental do planeta. É a versão, por enquanto, sobre a pertinência do desenvolvimento sustentável no tocante à conservação da vida.

 

38. As matas ardem; os indígenas não tem mínima assistência de saúde diante do novo coronavírus; muitos miseráveis creem em messias dos céus e do Brasil; e os torcedores do Corinthians meteram medo nos guetos fascistas.

 

39. Lockdown é estado de sítio. O autocuidado em não sair de casa não é sinônimo de lockdown, proibição de sair de casa. Um é sugestão, o outro é poder sobre os livres encarcerados em suas habitações.

 

40. Nada é fixo, constante ou imutável.

 

41. …

 

semana cheia. de quê?

 

1. A última semana foi inaugurada com a publicação de um “protocolo” para o uso imediato de cloroquina e hidroxicloroquina pelo Ministério da Saúde, emitido pelo Ministro da Saúde interino, um general do governo do homem que senta no trono do palácio montado em seu cavalo com sua ideia-fixa.

 

2. Autoridades científicas protestaram. No início da última semana, formou-se uma aliança mundial capitaneada pela ONU e a União Europeia para a formação de um fundo, visando acelerar a produção de vacina, modo científico de conter a expansão mortal do novo coronavírus e a Covid-19. O governo do Estado brasileiro não aderiu.

 

3. Publicações científicas como The Lancet e The New England Journal of Medicine divulgam resultados de pesquisas apontando para o fato dos tratamentos com a hidroxicloroquina, além de apresentarem risco de morte, não obtiveram resultados melhores entre pacientes que a receberam e os que não a receberam. A partir da publicação da The Lancet, OMS suspendeu todos os testes com a cloroquina e a hidroxicloroquina em 100 países, incluindo o Brasil, cuja responsabilidade era da Fiocruz.

 

4. Autoridades médicas aparecem pelas mídias reforçando que a aplicação de cloroquina e hidroxicloroquina, prescrita de modo universal no Sistema Único de Saúde (SUS), depende do consentimento do paciente. Reiteram estar amparados em parecer do Conselho Federal de Medicina (Parecer 04/2020) que restringe o uso de cloroquina e hidroxicloroquina, nesta situação extraordinária, ao consentimento do paciente, sob três condições: “paciente com sintomas leves, em início de quadro clínico”; “paciente com sintomas importantes, mas ainda sem necessidade de cuidados intensivos, com ou sem recomendação de internação”; “paciente crítico recebendo cuidados intensivos”. Portanto, “decisão compartilhada” entre médico e paciente. E divulgam a aceitação do “protocolo” como justificativa científica.

 

5. A medicina e a pesquisa em medicina é uma disputa pela verdade de poder. Tratam a vida como vida biológica. E só. Após o “protocolo” do Ministério da Saúde o CFM reiterou seu parecer. Ministério da Saúde e CFM estão imantados.

 

6. Cabe ao paciente decidir. A responsabilidade é sua. No SUS? No seguro privado. Em nome da segurança humana.

 

7. A racionalidade neoliberal promove a gestão compartilhada, tendo em vista a boa governança. O embate entre defensores e não defensores da cloroquina e hidroxicloroquina é político. Os cientistas são uma casta similar aos sacerdotes. E como tal se espelham nos sacerdotes na gestão de sua instituição, assimilando prós e contras. Mas, se as metodologias não devem ser feridas em nome da verdade, esta repousa nos seus conselhos superiores. Por isso, a OMS é apenas uma programática planetária submetida às soberanias nacionais. Aceita quem quer. E o que quer está ancorado em pareceres e protocolos com base científica. Nada se fala a respeito do fato de que a cloroquina e hidroxicloroquina se mostram contraindicadas, até mesmo, para malária, que atinge preferencialmente crianças. Afinal, o que importa, para além dos efeitos estatísticos, a existência de cada criança na famélica África, nos confins miseráveis da Amazônia e do nordeste do país?

 

8. A boa governança se estabelece, neste caso, pela adesão dos seguidores do homem que senta no trono do palácio montado em seu cavalo com sua ideia-fixa, pelos que dizem amém, e pelos que são persuadidos. Importante é diluir, gradativamente, a distinção entre governantes e governados.

 

9. No meio da semana mais um pedido de impeachment foi encaminhado ao presidente da Câmara. Apesar de bem estruturado, passou no rodapé da mídia empresarial jornalística identificado como peça de esquerda. Destino: ostracismo, como as outras mais de 30? O presidente da Câmara parece estar ocupado demais; falta-lhe coragem para dizer que engaveta e ponto final.

 

10. O STF não se mostra interessado, repete ser procedimental. O senado está às moscas, ou os senadores passeiam pelos corredores do palácio presidencial e das Forças Armadas.

 

11. E o homem que senta no trono do palácio montado em seu cavalo com sua ideia-fixa, diz para os seus rebanhos que STF, Câmara e Senado estão contra ele e “o povo”. Enquanto isso, os “negócios” vão bem entre todos eles.

 

12. O novo coronavírus instalou-se nas periferias e suas favelas. O Brasil é o epicentro da Covid-19 na América do Sul. A pobreza na América Latina é pré, durante e será pós novo coronavírus. Há fome (antes e durante), há desemprego (antes e durante). Os EUA são o epicentro da América do Norte. Ambos vivem na sacanagem entre os poderosos.

 

13. Ameaçam com lockdown, o estado de sítio disfarçado de palavra estrangeira; falam que abrirão lentamente o comércio; há milhões de desempregados que “precisam trabalhar”; há milhões que trabalham com salários rebaixados; há os que evidenciam como a ameaça de Covid-19, definitivamente, redimensionará o trabalho nos parâmetros computo-informacionais…

 

14. Tudo vira lives. Até shows. E aí se constata pela prisão involuntária em suas habitações e ao uso contínuo do celular e do computador como a cultura vai mal.

 

15. A namoradinha do Brasil não é mais secretária da cultura. Virou arremedo de “caso” do homem que senta no trono do palácio montado em seu cavalo com sua ideia-fixa. E ganhou uma garçonnière em São Paulo, chamada Cinemateca…

 

16. Sob o pano de fundo de “violência doméstica” contra mulheres, ocorreu em São Paulo um seminário “Infância em perigo”, em tempos do novo coronavírus. Tomados pela obsessão ao feminicídio resumem tudo aos abusos sexuais com meninas. Tudo muito científico e moralmente são. Não se toca nas surras, no uso sexual de meninos, nas falcatruas familiares na sua cruzada moralista na chamada educação de seus filhos. Mulheres são surradas pelos seus machos. Elas como mães, e junto com os pais, surram crianças. O elo mais fraco sempre paga o pato com sexo ou lanhadas no corpo.

 

17. Final da semana passada: finalmente vem a público, quase na íntegra (o membro do STF decidiu cortar a citação de países pela mesa da reunião) a tal peça fundamental para o inquérito a respeito da pressão ao Ministro da Justiça e Segurança que o levou a pedir demissão.

 

18. A surpresa para muitos, que nunca tinham assistido uma reunião de governo no Brasil, não ficou na constatada fritura lenta e gradual do tal ministro. O que o inquérito concluirá dependerá das forças em ação; das mensagens por whatsapp trocadas antes da reunião governamental entre o presidente e o ministro. Pelo que se viu, é mais uma coisa que não dará em nada significativo. Ou dará? As forças legalistas no Estado de direito darão um rolê na pantomima?

 

19. Assistiu-se o exercício de um grupo coeso, como um núcleo central de comando aferrado e se considerando inexpugnável, liderado pelo homem que senta no trono do palácio montado em seu cavalo com sua ideia-fixa, os militares, o posto Ipiranga e uns dois ou três que se destacaram com suas eloquentes propostas tenebrosas naquele 22 de abril (Descobrimento do Brasil!!!!!!!).

 

20. Família, propriedade, povo e realização do projeto político formaram o cristalino da reunião. O governo se vê tão coeso que incita ao armamento para que o “povo” se defenda dos outros, ou melhor, defenda este governo legítimo e democrático de quem dele discorda. Mas isso não é surpresa! É constatação para quem pensava que este governo não tivesse condução, projeto, aspiração, liderança e vontade de poder para formar crianças e jovens a matar e a morrer por uma ideia-fixa.

 

21. Pululam lives e notícias de vários centros fidedignos do jornalismo nacional e internacional. Pululam convocações à solidariedade. Pululam assertivas em torno da mudança dos rumos da vida já durante a chamada pandemia. Pululam controles oficiais e de cidadãos-polícia. Estamos em um embate de verdades de poder.

 

22. Todos deverão aprender a ser solidário com seu próximo, mirando-se na Solidariedade S/A, mas, também, em solidariedade em rede; pesquisa por rede de solidariedade; solidariedade de vizinhança… O cristianismo já ensinou essa lição milhões de vezes. Solidariedade como meio para conter insurreições, para disseminar convicções políticas e econômicas, educar para se ajustar à ordem: solidariedade resiliente. Mas é preciso estar às portas da tragédia para que seja reiterado e atualizado o matrimônio ciência, religião e capital?

 

23. Dizem que existem pessoas que estão cada vez mais solitárias, voltadas a si próprias… Os psicólogos e psicanalistas devem ter mapas interessantes sobre estes efeitos nas classes médias e abastadas. Os cientistas de humanidades oscilam entre análises estatísticas e comentários jurídico-políticos. A imprensa e as mídias empresariais formam subjetividades. A Fundação Bill e Melinda Gates dão o tom da nova filantropia…

 

24. No jogo do bicho é o veado.

 

25 a 28.Dezena da carneirada!

 

29. …

 

 


O observatório ecopolítica é uma publicação quinzenal do nu-sol aberta a colaboradores. Resulta do Projeto Temático FAPESP – Ecopolítica: governamentalidade planetária, novas institucionalizações e resistências na sociedade de controle. Produz cartografias do governo do planeta a partir de quatro fluxos: meio ambiente, segurança, direitos e penalização a céu aberto. observa.ecopolitica@pucsp.br

 

 

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