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A SAIA

Por Viviane Bigio

A saia é uma peça de vestuário para cobrir as pernas. Faz parte, essencialmente, do guarda-roupa feminino. Mas não foi sempre assim. Pode ser de vários tamanhos e diferentes tecidos e é muito usada por causa da sua facilidade em combinar com outras peças de roupas. Podemos considerar que é uma peça que cobre a parte inferior do corpo, sem separação entre as pernas e presa na cintura. É difícil saber quando ela começou a ser utilizada.

Uma das primeiras peças feita pelos humanos data do período mesolítico, consistindo em um pedaço de pele, sobra da caça. Mas o primeiro registro data de uma escultura suméria em torno do ano 3.000 a.C.

Com diversos modelos, materiais e comprimentos foi usada também no Egito Antigo e no Império Romano. A principal característica era que não existia diferença entre as saias femininas e as masculinas. Era somente mais curta para os homens e mais comprida para as mulheres.

Mas tudo mudou por volta do século XI com a chegada dos cruzados, que traziam do Oriente novos tecidos e novas tecnologias. Com todas estas novidades, as mulheres começaram a mudar de visual.

Por volta do ano 1130 surge uma peça nova: o corpete. Este ia até a altura dos quadris e dele descia uma saia larga com pregas, que podia chegar até os pés ou mesmo ter uma cauda.  Este fato começou a diferenciar a roupa feminina da masculina.

Na segunda metade do século XIV as classes mais ricas adotaram como moda um tipo de beca com grandes aberturas laterais, deixando entrever o vestido cuja saia era ricamente bordada.

No século XVII a moda da saia única foi substituída pelo uso de várias saias sobrepostas para dar mais volume. Com o reinado do Rei Louis XIV, o rei Sol, que adorava ostentar, a classe nobre começou a usar o “panier”, que era feito de uma armação com galhos de salgueiro que aumentavam a largura da saia para até dois metros. Agora, os principais tecidos eram veludo, musseline, brocados e adamascados. Tudo isto por conta do dinheiro público. Toda esta farra nas despesas acabou provocando uma grave crise que deu início à Revolução Francesa. Com a sua vitória os burgueses começaram a se inspirar nos gregos e romanos.

As mulheres começaram a usar a cintura mais alta, estilo império, desta vez com tecidos mais esvoaçantes que davam a impressão de leveza.

Durante a “Belle Époque”, aumentaram a largura da saia para a cintura parecer mais fina. Por volta dos anos 1850 aumentou-se o volume das mesmas, mas em vez de aumentar o número de saias começaram a usar a crinolina, uma espécie de saia com vários arames costurados e uma outra saia sobreposta. Desta maneira, o andar das mulheres parecia mais sensual. Logo em seguida foi substituída pela anquinha, que ajudava a acentuar a curva do quadril. A época entre 1877 a 1883 é marcada pela diminuição do volume da saia, que agora fica parecendo um sino. Isso durou até aproximadamente 1910.

Nesta época, Paul Poiret, inspirado na moda oriental, criou a saia “Hobles”, tão apertada que as mulheres tinham que usar um cinto nos joelhos. Toda roupa assinada por ele era cheia de penas, pérolas, bordados, apliques e pedras.

No período seguinte, após a 1ª Guerra, as mulheres procuraram por mais liberdade de movimentação. Foi quando surgiu Coco Chanel, que pregava pela funcionalidade da roupa. As saias encurtaram muito e tinham uma forma mais reta.

Foi após a crise de 1929 que começou o desejo de ostentação e de glamour. O resultado foi uma moda cheia de cetim, veludo, joias e peles. As saias eram amplas. O modelo lápis também entrou no gosto das mulheres.

Tudo acaba quando começa a 2ª Guerra Mundial e obriga as mulheres a substituírem os homens no trabalho. Assim, elas precisavam de roupas mais accessíveis. Foram encurtando as saias, de forma mais reta, o que economizava tecido ou possibilitava a reforma de modelos antigos.

Após o término da guerra e para esquecer as privações da década anterior, surgiu o “new look”, com a cintura bem marcada e a saia extremamente rodada. Durou toda a década de 1950.

Em 1960, inspirada pela moda mais jovem, a cintura abaixa e o comprimento diminui. A saia se torna mais simples e surge a minissaia. Foi um dos símbolos da liberação sexual. A sua autoria é disputada por Mary Quant, André Courrèges e Helena Rose.

Na década de 70 surgem duas correntes: o psicodelismo com saias curtas e extravagantes e o hippie com saias longas estilo indiano ou princesa. Nos anos 80 volta o uso dos trajes clássicos com a cintura no lugar certo e a saia balonê. Foram os Yuppies que adotaram este estilo.

A partir de 1990 a minissaia voltou e continua na moda até hoje.

 

Referências da Pesquisa
https://pt.wikipedia.org/ - visitado em 17/11/20 – palavra-chave: Saia
https://www.audaces.com/ - visitado em 17/11/20 – palavra-chave: História da Saia
https://casperlibero.edu.br/noticias-da-casper/ - visitado em 17/11/20 – palavra-chave: A História da Minissaia

 


 
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