Resumo: “SIM” é a resposta à pergunta título defendida da perspectiva da psicologia sócio-histórica, que recupera as raízes espinosanas de Marx, Vigotski, Lukács. Considerando que uma teoria pode se transformar em força prática a favor da vida, entende-se que a negação dialética do neoliberalismo extrapola a negação do trabalho alienado: ela é a negação da essência do trabalhador como incapaz de criar, de desejar e de agir coletivamente. Destaca a inoperância das lutas exclusivamente contra alienações particulares ou decorrentes do capital, defendendo que devem se dirigir também à potência de ação, para evitar a reação. Define o trabalho do psicólogo social como atividade revolucionária prático-crítica, orientando-se pela dupla espinosista comum-multitudo e propõe a dialética singular/particular/universal como o seu espaço ontológico.
Palavras-chave: transformação social; dialética singular/particular/universal, emoção/razão; multitudo/comum; atividade prático-crítica.