A educação como práxis: fundamento da Psicologia sócio-histórica e da teoria educacional de Paulo Freire. 2015. 111 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia)
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

 

Resumo: A presente dissertação parte da constatação de que a educação brasileira é atravessada pela cisão entre trabalho manual e intelectual, oferecendo uma formação unilateral da criança. Busca subsídios para a superação dessa condição, colocando em diálogo dois referenciais teóricos, um da psicologia e outro da educação, preocupados ambos com a transformação social e formação integral do homem: a teoria educacional de Paulo Freire e a Psicologia Sócio-Histórica. Para tanto, elege cinco categorias analíticas: o sujeito, o trabalho, a práxis, a autonomia e a transformação social. Destaca a análise da práxis, como indissolubilidade entre o trabalho intelectual e o trabalho prático material, e a omnilateralidade como elemento basilar das demais categorias. A metodologia utilizada foi a análise de duas obras de Freire: Pedagogia do Oprimido e Pedagogia da Autonomia à luz das mesmas categorias levantadas na obra de Vigotski, com destaque ao livro Psicologia Pedagógica. A relevância desta dissertação é a de colaborar com a possibilidade de superar a cisão disciplinar entre Educação e Psicologia, no sentido de alinhar uma vertente da Psicologia Sócio-Histórica, chamada Psicologia Social da Educação, ao conceber a educação revolucionária, como sua práxis e a omnilateralidade como sua ideia reguladora. Dessa forma, a educação revolucionária de Freire constitui-se como uma práxis da Psicologia Sócio-Histórica.

Palavras Chaves: Psicologia sócio-histórica, Teoria educacional de Paulo Freire, Práxis, Autonomia, Transformação social.