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Projetos de Pesquisa



Linhas de Pesquisa

Os pesquisadores seguem a linha de pesquisa: Orientações Contemporâneas na Psicologia Clínica - Psicossomática e Psicologia Hospitalar


Programa Acadêmico

Os professores são responsáveis pelas seguintes disciplinas do Programa de Pós Graduação de Psicologia Clínica:

  • Epistemologia e Psicologia;
  • Seminários de Dissertação;
  • Teorias e Práticas clínicas em psicossomática;
  • Estudos metodológicos em pesquisa da área de psicossomática e psicologia hospitalar;
  • A influência dos órgãos do sentido na formação da consciência;
  • As manifestações inconscientes no corpo e seu simbolismo;
  • Psiconeuroimunologia;
  • Psicooncologia;
  • Psicocardiologia;
  • Temas em psicossomática e psicologia hospitalar: conceituações básicas e históricas;
  • Seminários de Pesquisa: Sexualidade e Saúde Coletiva.
  • Processos de desenvolvimento humano

CERES ALVES DE ARAUJO


Projetos de pesquisas em andamento

A GÊNESE DA FUNÇÃO SIMBÓLICA SOB O REFERENCIAL DA PSICOLOGIA ANALÍTICA

Descrição: Pretende-se estudar na obra de Jung e dos autores da Psicologia Analítica a aquisição da função simbólica, desde seus pré-requisitos e a evolução dessa função no trajeto do desenvolvimento humano. Para Jung (1991,CW VI, parág. 814) um símbolo sempre pressupõe que a expressão escolhida seja a melhor descrição ou formulação possível de um fato relativamente desconhecido, que, não obstante, se sabe existir ou se postula como existente. Polêmicas conceituais sobre o assunto da simbolização existem desde a época do rompimento de Jung com Freud até os dias atuais entre os teóricos da Psicologia Analítica. O símbolo desempenha um papel psicológico mediador e propiciador de mudança e não pode ser confundido com seu conteúdo. Os símbolos expressam-se por analogias e o processo simbólico é uma experiência de imagens e por imagens. Seu desenvolvimento é compatível com a lei da Enantiodromia e dá prova da existência de uma compensação em ação. A função simbólica representa um vínculo entre dados reais e imaginários ou racionais e irracionais, buscando preencher a lacuna entre consciência e inconsciente. Pode ser considerada como uma manifestação de energia que se origina da tensão entre opostos e consiste em uma série de ocorrências de fantasias que surgem espontaneamente em sonhos e visões (JUNG, 1981, OC VII parág. 121). A função simbólica pode ser entendida como a capacidade humana de atribuir significados, organizando assim a psique no contexto de sua vida individual e no contexto mais amplo da existência humana. Solié (1988) concebe no desenvolvimento humano um primeiro tempo, que é animista, mágico e pré-reflexivo, seguido por um segundo tempo, reflexivo que faz surgir uma realidade psíquica separada da realidade física. As duas realidades são separadas por uma operação bi-reflexiva, pelo nascimento de um sujeito que se coloca entre as duas realidades. Ë o sujeito do conhecimento, o sujeito da palavra, o sujeito Eu separado do Tu. Uma consciência transreflexiva.

Equipe:

  • Ceres Alves de Araujo – Coordenação
  • Ana Maria Galião Rios
  • Ivelise Fortin de Campos 
  • Esther Martins Moreira
  • Carla Ribeiro do Lago Storch
  • Denise Mathias
  • Michel Alexandre Fillus


RESILIÊNCIA. ATUALIZAÇÃO DO CONSTRUCTO. MEDIDAS EM RESILIÊNCIA

Descrição: O trabalho tem como objetivo estudar o desenvolvimento do conceito de resiliência nas últimas duas décadas, com vistas a verificar a adequação do conceito às medidas de resiliência descritas pelos diferentes autores que se propõem a avaliar a capacidade de resiliência do indivíduo. Resiliência é capacidade universal que permite à pessoa, grupo ou comunidade prevenir, minimizar ou superar os efeitos danosos da adversidade. O comportamento resiliente pode surgir em resposta à adversidade na forma da manutenção do desenvolvimento normal da pessoa, apesar da adversidade vivida ou pode promover crescimento para além do presente nível de funcionamento. Atualmente, a resiliência é uma área já definida no estudo do desenvolvimento humano. Quase quatro décadas se passaram desde o surgimento do conceito nas ciências humanas e muitas descobertas e interpretações concernentes ao constructo resiliência aconteceram nesses anos. (ARAUJO, 2007) As pesquisas pioneiras em resiliência colocaram o foco no indivíduo, mas posteriormente surgiram perspectivas sistêmicas e ecológicas que ampliaram muito a compreensão do fenômeno da resiliência, passando essa a ser considerada como um constructo multidimensional e multideterminado, devendo ser entendida como um produto de múltiplos níveis sistêmicos ao longo do tempo. O indivíduo e seu ambiente constituem sistemas de formação mútua, pois a vida mental é uma co-criação. A mente se estrutura na interação entre os processos neurofisiológicos e as experiências dos relacionamentos interpessoais. Fatores ambientais têm sido considerados essenciais ao entendimento dos fatores de resiliência. Atualmente, se percebe na literatura em resiliência uma preocupação com a precisão dos conceitos que são usados e mesmo com a linguagem. Ao surgirem os estudos sobre resiliência, conceitos como risco, vulnerabilidade, estresse, proteção, enfrentamento, competência passaram a fazer parte dos relatos empíricos dos estudiosos do fenômeno da resiliência e necessitam análise e aprofundamento.



Equipe:
  • Ceres Alves de Araujo – Coordenação
  • Sergio Amad Costa

Projetos de Pesquisa Concluídos


Características psicológicas de crianças com Transtornos Globais do Desenvolvimento mediante o Psicodiagnóstico de RORSCHACH


Descrição: O trabalho tem como objetivo avaliar o desenvolvimento afetivo e cognitivo de crianças com Transtornos Globais do Desenvolvimento. Os transtornos Invasivos do Desenvolvimento são distúrbios do desenvolvimento com bases neurobiológicas que se caracterizam por prejuízos nas áreas da interação social, comunicação e comportamento. Tratam-se de quadros inespecíficos, ou seja, que não tem uma única causa e que não decorrem da disfunção de uma mesma estrutura neural. Evidências de disfunções de várias estruturas encefálicas têm sido descritas. (SCHWARTZMAN, 2003). Considerando-se a CID-1O (WHO,1993), essa categoria diagnóstica encontra-se no grupo dos transtornos globais do desenvolvimento definido como um grupo caracterizado por alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e modalidades de comunicação, e por um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Essas anomalias qualitativas constituem uma característica global do funcionamento do sujeito, em todas as ocasiões. Fatores genéticos estão presentes em boa parte dos casos, existindo a evidência de concentração familiar maior e conhecida associação entre esses transtornos e várias condições de origem genética. Crianças com essa condição apresentam déficit nos processos afetivo-sociais básicos desde idades muito precoces. Essas crianças carecem das habilidades cognitivas sociais necessárias a uma teoria da mente, no sentido definido por Baron Cohen et al., 1985 e é possível que a impossibilidade para adquirir uma teoria da mente possa ser resultante de um déficit na capacitação básica para interação, como postula Hobson (1993) .

Equipe:

  • Ceres Alves de Araujo – Coordenação
  • Francisco Baptista Assumpção Júnior
  • Rosângela Ascenção Dias de Souza Fígaro 
  • Rita de Cássia Mootoka
  • Mariana Ferreira Leboreiro
  • Célia De Mathis

 

Definindo a Síndrome a Turner do ponto de Vista Afetivo-Cognitivo

Descrição: A pesquisa tem como objetivo avaliar o desenvolvimento afetivo e cognitivo de portadoras da Síndrome de Turner. A síndrome de Turner caracteriza-se como uma anormalidade genética, expressa por uma monossonia, presença de apenas um cromossomo sexual, cujas portadoras apresentam fenótipo feminino e características fenotípicas peculiares. O estudo do cariótipo das portadoras desta síndrome indica 45 cromossomos, onde há apenas um X no que deveria ser um par de cromossomos sexuais (XX). As meninas com esta síndrome são identificadas ao nascimento, ou antes, da puberdade por suas características fenotípicas distintivas. Quando adultas apresentam geralmente baixa estatura, linha posterior de implantação dos cabelos baixa; pescoço alado, genitálias juvenis, ovários atrofiados e desprovidos de folículos. Estas mulheres não procriam devido à deficiência de estrógenos, assim como não desenvolvem as características sexuais secundárias ao atingir a puberdade. Não tem amenorréia primária, os grandes lábios são despigmentados, os pêlos pubianos são reduzidos ou ausentes, as mamas têm desenvolvimento reduzido ou nulo, a pelve é andróide, a pele é frouxa devido à escassez de tecidos subcutâneos, as unhas são estreitas, o tórax é largo e anomalias renais, cardiovasculares e ósseas estão frequentemente presentes. A síndrome de Turner ocorre em uma mulher em cada 2500 nascimentos (Hook e Warburton, 1983), atingindo 1.500.000 mulheres no mundo (Elsheikh et al.,1999). Existe pouco material no Brasil sobre o desenvolvimento cognitivo e afetivo das portadoras da síndrome de Turner. Wanderley et al, 2004 ao pesquisar o desenvolvimento sexual e cognitivo de meninas portadoras da Síndrome, mostram que elas apresentam desempenho mediano e até mesmo acima da média escolar. Elas apresentam melhor rendimento quanto aos aspectos verbais da inteligência, mas parecem apresentar déficit quanto às praxias ideatórias. Apenas uma pequena parcela delas tem leve retardamento mental. 



Equipe:
  • Ceres Alves de Araujo – Coordenação
  • Angela Maria Spínola de Castro
  • Maria Aparecida Mello 
  • Ana Paula de Almeida Puzzello


O direito da infância sob a perspectiva das próprias crianças, pais e professores

Descrição: Este projeto apresentou vários objetivos. Um primeiro é o de incrementar a troca de informações interculturais relativas à produção de conhecimento sobre o direito da criança, fundamentando-se em pesquisa realizada na Espanha. Nesse sentido, replicou a pesquisa daquele país realizando adaptações que as diferenças legais entre ambos exigiam. Segundo, como objetivos imediatos da pesquisa, visavam: "conhecer as formulações que as próprias crianças fazem sobre seus direitos, relacionando-as às atitudes de respeito e promoção de direitos humanos que lhes são oferecidos pelos pais e professores e apreender os sentidos construídos por crianças e adolescentes". Como terceiro objetivo, visou-se a integração de atividades entre a Graduação, e o Pós-Graduação em Psicologia, envolvendo alunos de ambos segmentos e professores de diferentes departamentos. Assim, seis alunos e três professores orientadores trabalharam na pesquisa de modo articulado e elaboraram um trabalho coletivo, organizado e coerente, em torno da legislação específica sobre os Direitos da Criança, totalizando 758 crianças de 10 à 14 anos, de escolas públicas do ensino fundamental, das regiões de Pirituba e Campo Limpo, 127 pais e 22 professores. Essa produção teórico-metodológica exigiu um desempenho particular de cada participante ao longo das etapas da pesquisa, e do grupo como um todo, na busca de parâmetros comuns na aplicação dos instrumentos, tratamento estatístico e na interpretação dos dados. É evidente a orientação global nesses itens bem como o aspecto particular de cada aluno em relação à parte que lhe cabia. O relatório final apresenta o que cada participante encontrou no que se refere à percepção da criança e do adulto, pais e professores, em relação aos direitos da criança, bem como suas convergências e divergências, permitindo entrever seus aspectos contraditórios.



Equipe:
  • Ceres Alves de Araujo – Coordenação
  • Edna Maria Severino Peters Kahhale
  • Ana Maria Merces Bahia Bock
  • Bruno Benndorf Mangolini
  • Carolina Nakano Daniel
  • Daniela Rocha Lopes
  • Etelma Tavares de Souza
  • Larissa Maria Simões Ferreira
  • Leonardo Zanelli Pereti

Fatores intervenientes no fenômeno psicossomático, objetivando os transtornos do desenvolvimento humano: qualidade de vida em irmãos de crianças autistas

Descrição: O projeto teve como objetivo avaliar a qualidade de vida de irmãos de crianças com autismo infantil. O autismo é meu interesse de estudo, desde a época, na qual iniciei as pesquisas para meu projeto de doutorado: Psicose e Neurose em Crianças. Acompanhando famílias de crianças com autismo, tenho verificado o quão afetados no seu desenvolvimento são os irmãos destas crianças. Os irmãos dos autistas são crianças, as quais não é permitido se queixarem, chorarem, pois precisam se considerar privilegiadas, frente ao irmão acometido da síndrome autística. Desenvolvem o que está sendo chamado de "Síndrome de Poliana". Utilizam maciçamente mecanismos de racionalização. A energia que deveria estar disponível para os processos do crescimento fica investida em uma estruturação defensiva maciça e estes irmãos podem ter comprometida seriamente sua qualidade de vida. Esta é a hipótese com a qual está se trabalhando nesta pesquisa. Foi realizada, com a cooperação da AMA - Associação de Amigos dos Autistas - a pesquisa sobre a qualidade de vida dos irmãos das crianças matriculadas nesta associação. Todas as famílias, onde a criança afetada com autismo tinha irmãos, entre 7 e 12 anos, foram convidadas a participar. Participaram13 crianças, sendo 6 do sexo masculino e 7 do sexo feminino. A análise dos resultados mostrou que os quocientes de qualidade de vida obtidos pelos irmãos de crianças autistas avaliadas encontram-se dentro da média esperada para crianças brasileiras. Isto pode ser devido à uma estruturação defensiva elevada, lhes sendo impedido o queixar-se. A análise dos dados referentes aos domínios avaliados pelo teste, mostrou que existe uma discrepância entre os resultados dos quatro domínios, ficando saliente o rebaixamento dos resultados quanto ao domínio autonomia. Assim pode-se concluir que o desenvolvimento psicológico de irmãos de crianças autistas pode estar sendo prejudicado principalmente quanto à possibilidade de busca de autonomia e independência.

Equipe
:

  • Ceres Alves de Araujo – Coordenação
  • Maria Aparecida Mello
  • Neusa Maria Lopes Sauaia
  • Paula Eisenstadt

 

 

DENISE GIMENEZ RAMOS


Projetos de pesquisas em andamento

O fenômeno psique/corpo na sua dimensão psicológica, cultural, simbólica, social e clínica.

Descrição: Esse grupo tem como objetivo geral o estudo de fatores intervenientes no fenômeno psicossomático e como objetivos específicos: 1) pesquisar o efeito psicossomático do estresse e do trauma complexo na psique individual e coletiva 2) desenvolver técnicas psicoprofiláticas e psicoterapêuticas relativas a patologias decorrentes de eventos traumáticos. O grupo orienta-se principalmente (mas não exclusivamente) pela psicossomática junguiana e usa os conceitos de complexo, complexo cultural e de transdução como eixo de reflexão para os resultados de suas pesquisas. Trata-se de um projeto amplo que engloba vários outros realizados por alunos da graduação da Faculdade de Saúde e Ciências Humanas (iniciação cientifica) e do Programa de Estudos Pós-graduados em Psicologia Clínica da PUC-SP (mestrado e doutorado).



Equipe:
  • Denise Gimenez Ramos - Coordenador
  • Reinalda da Matta
  • Angela de Leão Bley
  • Roberto Garcia
  • Sideli Biazzi Rojas
  • Antônio Maspoli de Araújo Gomes
  • Lilian Donatti
  • Bruno Martins Antonio
  • Regina Celia Rocha

Financiamento:  Bolsas da CAPES

 

Aspectos psicodinâmicos em crianças em acolhimento institucional: diagnóstico e avaliação psicológica antes e após tratamento psicoterapêutico

Objetivo: 1) fazer um diagnóstico e avaliação psicológica antes e após tratamento psicoterapêutico em crianças em instituição de colhimento ( Grupo Controle) comparando com crianças que não se submeteram ao tratamento( Grupo controle) e com crianças que passaram somente pela intervenção placebo ( Grupo Placebo). Os aspectos psicodinâmicos avaliados referem-se à: ansiedade, depressão, comportamentos relacionados à agressão, problemas sociais, escolares e queixas somáticas.



Equipe:
  • Denise Gimenez Ramos - Coordenador
  • Reinalda da Matta
  • Isadora Concesa
  • Claudia Leifert
  • Carolina Lemos
  • Fernanda Collares
  • Olivia Benazzi
  • Bruno Martins Antonio
  • Regina Celia Rocha


Financiamento:  PIBIC/CNPq, FAP/PUC-SP

Projetos de pesquisas concluídos

Estudo do fenômeno psique-corpo na sua dimensão psicológica, cultural, simbólica e social e técnicas de intervenção psicossociais em pacientes com sintomas orgânicos.

Descrição: Esse grupo tem como objetivo geral o estudo de fatores intervenientes no fenômeno psicossomático a partir do enfoque analítico junguiano e como objetivos específicos o estudo do simbolismo corporal, sua repercussão nas patologias orgânicas e técnicas de intervenção nessa área. Dentro desta linha são desenvolvidos projetos com os seguintes temas: aspectos simbólicos e psicosociais nas doenças orgânicas e técnicas psicológicas de intervenção. Trata-se de um amplo projeto de pesquisa que engloba vários projetos menores realizados tanto pelos alunos da graduação da Faculdade de Saúde e Ciências Humanas quanto do Programa de Estudos Pós-graduados em Psicologia Clínica da PUC-SP.



Equipe:
  • Denise Gimenez Ramos - Coordenador
  • Reinalda da Matta
  • Angela de Leão Bley
  • Augusta Renata Almeida do Sacramento
  • Irit Grau Kaufmann
  • Roberto Garcia
  • Sideli Biazzi Rojas
  • Maria Lucia Ferreira
  • Regina Celia Rocha

 

Formação de identidade e sentimentos de autoestima: uma comparação entre jovens brancos e negros.



Equipe:
  • Denise Gimenez Ramos - Coordenador
  • Renan Locatelli
  • Renata Winning

 

Study on Training Programs of the International Association for Analytical Psychology

Descrição: Estudo comparativo entre as várias Sociedades da IAAP, com objetivo de refletir sobre a formação dos psicoterapeutas em diferentes culturas.
Situação: Concluído;
Natureza: Pesquisa.

Denise Gimenez Ramos - Coordenador.

 

O trauma intergeracional da escravidão e a formação da identidade em jovens brasileiros afro-descendentes - uma comparação com descendentes europeus

Descrição: O objetivo desse estudo é observar os sentimentos de auto-estima e a formação de identidade em estudantes de nível secundário afro e europeu - descendentes. Nossa hipótese é que sentimentos negativos quanto à origem familiar e etnia possam ser sintomas da presença de um trauma intergeracional decorrente da escravidão.



Equipe:
  • Denise Gimenez Ramos - Coordenador
  • Renan Locatelli
  • Renata Winning


Financiador(es): Conselho Nacional de Pesquisa - Auxílio financeiro.

 

 

EDNA MARIA PETERS KAHHALE


Projetos de pesquisas em andamento

Relações de gênero e itinerários terapêuticos: a transversalidade com adesão ao autocuidado em saúde.

Descrição: As questões de gênero e os itinerários terapêuticos são categorias analíticas que nos auxiliam na apreensão dos processos envolvidos na adesão ao auto cuidado em saúde e podem auxiliar na proposição de ações de saúde que promovam a cidadania e autonomia das pessoas, ou seja, seu protagonismo frente à vida. O grande desafio posto hoje à assistência em saúde é a questão da adesão ao auto cuidado e, consequentemente, ao tratamento (quando necessário) que preserve a vida com qualidade. Neste projeto objetivamos apreender como as relações de gênero e os itinerários terapêuticos se expressam nos cuidados em saúde de usuários que frequentam diferentes equipamentos de saúde (atenção básica e secundária) para orientar a proposição de ações e políticas. Teremos como objetivos específicos: Apreender o itinerário terapêutico dos usuários que frequentam diferentes equipamentos de saúde, como indicador do processo de enfrentamento dos agravos à saúde e de adesão ao tratamento; apreender as relações de gênero expressas no itinerário terapêutico dos usuários que frequentam diferentes equipamentos de saúde;  e avaliar a categoria itinerário terapêutico como recurso na construção de indicadores para gestão de saúde na atenção básica. A pessoa com algum comprometimento de saúde (agudo ou crônico) vive simbólica e corporalmente esses processos contraditórios de saúde e doença, que exigem se perceber e se constituir como protagonista na direção da construção de projetos de vida, pessoais e coletivos, que expressem qualidade de vida. Ela constrói itinerários terapêuticos que expressam o processo de auto cuidado e de adesão ao tratamento. O processo de adesão ao tratamento, configurado nos itinerários terapêuticos, é revelador de diversas contradições que precisam ser compreendidas e enfrentadas: as questões de gênero, sexualidade, orientações sexuais, condições de vida e de trabalho. É a articulação entre diferentes dimensões - psiquismo, saúde, itinerário terapêutico, relações.

Equipe:
  • Edna Maria Severino Peters Kahhale - Coordenador
  • Elisa Maria Barbosa Esper
  • Maria Luiza P. Pereira
  • Maria Irene Ferreira Lima Neta
  • Yara Castro
  • Maura Castello Bernauer
  • Mariangela Gargioni Donice
  • Paulo Roberto Abrão Ferreira
  • Simone de Barros Tenore
  • Talita Vendramme de Oliveira
  • Aurea Eleutério Pascalicchio

 

Este projeto abarca um subprojeto: Atenção básica e aprimoramento do cuidado em saúde mental no território da Freguesia do Ó e  Brasilândia: álcool e outras drogas.

Descrição: Desde 2008, a PUC-SP vem desenvolvendo o Pró-Saúde II em parceria com a Supervisão Técnica de Saúde da FÓ-Brasilândia/Coordenadoria de Saúde Norte/SMS do Município de São Paulo. O programa se desenvolveu a partir de projetos referidos a quatro Unidades Básicas de Saúde (UBS), tendo três cursos envolvidos neste programa: Fonoaudiologia, Psicologia e Serviço Social. Nesse período (2009/2011), o tema territorialização, em sua concepção sociopolítica, e entendida como metodologia capaz de operar mudanças no modelo assistencial e nas práticas sanitárias vigentes, foi eleito eixo central para o planejamento e execução das atividades. A partir do processo percorrido na parceria entre a PUC-SP e os serviços do território de responsabilidade da Supervisão Técnica de Saúde Fó/Brasilândia, foi possível identificar as persistentes demandas de atenção em saúde mental no território, que exigem ampliação e complexificação das respostas ofertadas. Tais demandas resultaram no objeto pactuado entre Secretaria de Saúde e Universidade como eixo das ações do Pró/PET Saúde 2012/2014. As atividades previstas nesse programa contemplam a capacitação de alunos e profissionais da rede para metodologias de mapeamento de itinerários e histórias de vida, visando o aprofundamento e a complexificação do diagnóstico das demandas de saúde mental e das respostas da rede a tais demandas. Participam do Projeto os CAPS da Supervisão FÓ/Brasilândia (Adulto, Infantil e Álcool e Drogas), CECCO, NASF Silmarya, UBS Silmarya Rejane Marcolino de Souza, NASF Augusto Leopoldo Galvão. Estão envolvidos diretamente no projeto 3 tutores, 13 preceptores trabalhadores desses serviços e 24 bolsistas dos cursos de graduação acima citados. A coordenação do projeto de pesquisa envolve quatro professores da Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde da PUC-SP. Sendo dois atuando na coordenação geral (M.C. Vicentin e M.C.T. Bonini) e dois junto aos alunos e preceptores (E.M.S.P. Kahhale e E.Z. Rosa).

Equipe:
  • Maria Cristina Gonçalves Vicentin - Coordenador
  • Elisa Zaneratto Rosa
  • Bianca Mara Maruco Lins Leal
  • Isabella Silva de Almeida
  • Janaina Eleotério
  • Jussara Spolaor
  • Thainá Dicicco Minici Grecco
  • Aline Ferreira do Nascimento
  • Andressa Barros Novaes da Silva
  • Heloisa Nami Pontes Yzumida
  • Julia Pagnan Cordini
  • Klara Grinvberg Chasles
  • Mariana de Faria Miglioli
  • Naiara de Oliveira Dib
  • Priscila Andrade Fabbri
  • Renata da Conceição Siqueira
  • Camila Simionato
  • Priscila Ota
  • Mirian Ribeiro Conceição
  • Andréia Badan Fischer
  • Silvia Regina Rocha
  • Fernanda Martingo Tulha
  • Mirian Aurelia Linares
  • Rosa Maria de Brum Dias
  • Marcos Martins do Amaral
  • Juliana Martinez Serrano Guiduglli
  • Flavia de Martella Martins Fontes
  • Andréa Nunes Marin
  • Beatriz Martinho Azevedo
  • Thiago Estivalente Braga
  • Gleice Borghesi Ducatti Perosa
  • Selma Martins de Oliveira
  • Alberto Rodrigues da Silva
  • Kelly Karina Oliveira de Almeida
  • Sandra Rizzi
  • Ricardo Silva Pinto
  • Marta Marques da Silva
  • Flavia Paganini Costa Ferrari
  • Veronica Santana Rodrigues
  • Camila Aparecida de Freitas
  • Sheila Christina Beserra
  • Maria Cecilia Trenche Bonini


Financiador(es): Ministerio da Saude Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação - Cooperação.

 

Dialética saúde X doença: desenvolvendo protagonismo e qualidade de vida.

Descrição: Sua inserção na linha de pesquisa Orientações contemporâneas na Psicologia Clínica visa contribuir para a ampliação da atuação clínica no Sistema Único de Saúde, na saúde suplementar e privada nas diversas possibilidades de locais de assistência, privilegiando a dimensão da equidade na assistência. Tendo como referência a psicossomática e psicologia hospitalar trabalha com a perspectiva de saúde integral, que envolve compreender o processo psicossomático, ou seja, é um corpo simbólico que pode apresentar limites que precisam ser integrados e superados no seu viver visando qualidade de vida. A reflexão e propostas críticas e criativas da clínica psi no enfrentamento da dialética saúde x doença prioriza a saúde como campo simbólico que constitui o sujeito, que possui um corpo que pode adoecer; que vive em determinadas condições que facilitam ou não seu adoecimento; está inserido em uma cultura, que lhe oferece referência para significar o que se passa com ele e para lidar com o real; que se integra em um coletivo que é coprodutor (juntamente com ele) de sua situação, qualidade e condição de saúde. Sua vivência corporal tem um correspondente simbólico que integra sua subjetividade, facilitando, possibilitando ou dificultando sua recuperação. Este corpo simbólico será nosso ponto de partida para a discussão da dialética saúde doença e proposição de intervenções psicológicas, que podem auxiliar o processo de ressignificar a trajetória na perspectiva de protagonista e coator social do processo de saúde. Objetiva-se apreender como a pessoa, que apresenta algum agravo de saúde ou adoecimento, configura sua identidade (metamorfose ou mesmice) e identificar as especificidades vividas por ela relacionadas ao processo de auto cuidado em suas múltiplas possibilidades. Esta compreensão fornecerá os elementos a respeito da singularidade do processo de cada um, que permita adaptar ou criar novos parâmetros de assistência, respeitando a gênero, etnia e raça, orientação sexual.

Equipe:
  • Edna Maria Severino Peters Kahhale - Coordenador
  • Mathilde Neder
  • Yara Castro
  • Marilza Delpino Zanardo
  • Solange Cássia Maranhão Mazza
  • Carla Cristina Poppa
  • Alberto José de Camargo
  • Katia Cristiane Vomero Pereira Benevenuto.


Projetos de pesquisas concluídos

Relações de gênero e sexualidade: a transversalidade com a adesão ao tratamento em HIV/AIDS e hepatite C

Descrição: As hepatopatias crônicas têm tido um destaque especial entre as doenças infectocontagiosas pelo aumento significativo de casos registrados nos últimos anos. Dentre as hepatopatias, a hepatite C é a que se sobressai por ser assintomática, o que esconde sua gravidade e retarda seu diagnóstico tornando-se um problema de saúde pública. O presente projeto pretende contribuir para a compreensão dos aspectos subjetivos envolvidos no diagnóstico, tratamento e cura da hepatite C viral com ou sem infecção pelo HIV. Objetiva-se apreender como o contexto sócio econômico, cultural, as relações de gênero e a orientação sexual se expressam na adesão ao tratamento dos portadores de Hepatite C Viral. Levantar as vivências subjetivas dos usuários acerca do diagnóstico, tratamento e cura no que diz respeito aos efeitos colaterais, ao autocuidado e ao impacto nas suas redes sociais. Criar espaços para que os usuários possam ter reflexões que possibilitem transformações, passando de uma atitude passiva para ativa, ou seja, como sujeito de seu processo. Para o desenvolvimento e viabilidade deste projeto ele terá um núcleo comum e um desmembramento em três subprojetos: a questão feminina, a masculina e o espaço coletivo de sala de espera (Hepat-Jogo), A coleta de dados será no Ambulatório de Doenças Infecto Contagiosas e Parasitárias da UNIFESP através de entrevistas individuais com homens e mulheres e de atividades na sala de espera. Os dados serão analisados nas dimensões quantitativa e qualitativa. A dimensão qualitativa terá como parâmetros norteadores deste análise das relações de gênero e adesão, e a articulação teórica dos conceitos de identidade e metamorfose.

Equipe:

  • Edna Maria Severino Peters Kahhale - Coordenador
  • Sandra Rozenblitz
  • Carolina Moreira Coimbra Vieira
  • Juliana Miyuki Gatrcia Tanji
  • Janaina Rodrigues Gomes
  • Carina Batista de Farias
  • Paulo Abrâo


Financiador(es): Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - Bolsa.

 

Relações de gênero e sexualidade: a transversalidade com a adesão ao tratamento em IV/AIDS

Descrição: A(o) portadora(o) de HIV/AIDS vive simbólica e corporalmente processos contraditórios de saúde e doença, que exigem se perceber e se constituir como protagonista, construindo projetos de vida, pessoais e coletivos, que expressem qualidade de vida. O processo de adesão ao tratamento é revelador de diversas contradições que precisam ser enfrentadas: as questões de gênero, de sexualidade, de opções sexuais, de condições de vida e de trabalho. Este enfrentamento é necessário justamente pelo panorama mundial da epidemia de AIDS, que tem afetado cada vez mais as mulheres. A AIDS está afetando mais as mulheres com opção heterossexual e relações estáveis; que correm mais riscos de serem contaminadas durante as relações sexuais do que os homens. Elas são diagnosticadas e iniciam o tratamento em estágios mais avançados do que eles, provavelmente decorrente do papel social de cuidadora, priorizam o cuidado dos filhos e de outras pessoas à frente de seu próprio. Este estudo tem como objetivo apreender como as relações de gênero e de opção sexual se expressam na adesão ao tratamento da(o)s portadora(e)s de HIV para criar intervenções assistenciais que respeitem as diferenças. Pretende-se também verificar se a percepção da(o) portadora de como se infectou está associada às relações de gênero estabelecidas e opções sexuais e se interfere no cuidado que ela (ele) tem consigo mesm(a)o; levantar quais as estratégias que a(o)s portadora(e)s de HIV criam e ou se utilizam para aderir ao tratamento e se revelam as relações de gênero e opções sexuais; como ela(e)s se percebem com comportamentos que aumentam sua vulnerabilidade; e avaliar as medidas de adesão ao tratamento associadas às relações de gênero e opções sexuais. A metodologia abarca a complexidade, a multideterminação e a transdisciplinaridade das relações de gênero, as opções sexuais e sua transversalidade com a adesão ao tratamento em portador(e)s de HIV/AIDS, que envolvem uma concepção de saúde e de assistência. 

Equipe:

  • Edna Maria Severino Peters Kahhale - Coordenador
  • Solange Lopes de Souza
  • Tatiana de Vasconcellos Anéas
  • Elisa Maria Barbosa Esper
  • Maria Cristina Lopes de Almeida Amazonas
  • Albenise de Oliveira Lima
  • Gilberto Turcato Júnior
  • Rosimeire Gabriel
  • Marli Fátima de O. Campos
  • Maria Irene Ferreira Lima Neta
  • André Nascimento da Silva
  • Leonardo Zanelli Pereti
  • Thiago Santos Silva Ribeiro
  • Maria Aparecida Mello
  • Mara Lucia Sala
  • Patricia Bader dos Santos
  • Cynthia Gomes dos Reis Guidoni Christovam

Financiador(es): Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - Auxílio financeiro.