1º ENCONTRO SOBRE O PRAGMATISMO
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA DA PUCSP
PROGRAMA DE ESTUDOS PÓS GRADUADOS EM FILOSOFIA
FILOSOFIA / PUC - 90 ANOS
23, 24 e 26 DE NOVEMBRO / 1998 - 19h30 min às 22h - Auditórios 134, 239 e 333
1ª SESSÃO – O PRAGMATISMO DE PEIRCE
2ª FEIRA – DIA 23– Auditório 134
Em Busca dos Fundamentos da Universalidade da Semiótica e do Pragmatismo de C. S. Peirce
Prof. Dr. Lauro Frederico Barbosa Da Silveira - UNESP – Marília
As Conseqüências de Conseqüencias Práticas no Pragmatismo de Peirce
Prof. Dr. Ivo Assad Ibri – Departamento De Filosofia / PUCSP
2ª SESSÃO – PRAGMATISMO : LÓGICA E CIÊNCIA
3ª FEIRA – DIA 24/11/98 - Auditório 239
A Racionalidade Científica Segundo Larry Laudan
Prof. Dr. Caetano Ernesto Plastino – Departamento de Filosofia da USP
Verdade Pragmática em uma Perspectiva Lógico-Formal
Prof. Dr. Edélcio G. de Souza – Departamento de Filosofia / PUCSP
3ª SESSÃO – PRAGMATISMO : PERCEPÇÃO E CONHECIMENTO
5ª FEIRA – DIA 26/11/98 - Auditório 333
Pragmatismo e Percepção Sensorial: É a Teoria de Peirce, Dewey, Mead Semelhante à de Aristóteles?
Prof. Dr. Renato Schaeffer - UFRJ / FAPERJ
Aspectos do Instrumentalismo Pragmatista na Teoria do Conhecimento de John Dewey
Prof. Dr. Marcos Antônio Lorieri – Filosofia da Educação / PUCSP
COORDENAÇÃO GERAL : Prof. Dr. Ivo Assad Ibri – Departamento de Filosofia / PUCSP
APOIO : PALAS ATHENA
2ª FEIRA – DIA 23 DE NOVEMBRO
1ª SESSÃO – O PRAGMATISMO DE PEIRCE
19H30 MIN ÀS 22H - AUDITÓRIO 134
EM BUSCA DOS FUNDAMENTOS DA UNIVERSALIDADE DA SEMIÓTICA E DO PRAGMATISMO DE C. S. PEIRCE
Prof. Dr. Lauro Frederico Barbosa da Silveira - UNESP – Marília
A proposta lançada por Peirce de , com a Semiótica , determinar como devem ser todos os signos para uma inteligência capaz de aprender com base na experiência e de, com a doutrina do Pragmaticismo, determinar para qualquer conceito todos os efeitos práticos concebíveis que dele venham a decorrer, exige que se investigue qual o fundamento que a sustenta. A hipótese que tal fundamento se encontra em alguma instância transcendental tem se mostrado bastante atraente, pois faria avançar a proposição kantiana, fazendo com que esta viesse a adentrar no domínio semiótico. Ser semiótico, contudo, insere inexoravelmente o pensamento no domínio fenomênico e, ipso facto, exclui a possibilidade de se postular qualquer instância transcendental alcançável pela Razão e que viesse predicar seus atos com a objetividade dele decorrente. O caráter originariamente abdutivo de toda representação e sua constante submissão à verificação experimental conferem à necessidade das proposições um caráter de prognóstico e não de um determinismo imposto às aparências. A determinação da conduta futura na busca eminentemente ética de seu objeto, consistindo na razão decisiva para a constituição da ciência, atribui à universalidade desta última um caráter evolutivo, em constante e assintótico crescimento, sendo atribuída de modo distributivo e não coletivo aos signos que representa, sendo, pois, somente verificável indutivamente em sua verdade no decorrer desta mesma evolução.
AS CONSEQÜÊNCIAS DE CONSEQÜENCIAS PRÁTICAS NO PRAGMATISMO DE PEIRCE
Prof. Dr. Ivo Assad Ibri – Departamento de Filosofia / PUCSP
Pretende-se refletir sobre o significado de conseqüências práticas, expressão presente na definição de Pragmatismo de C. S. Peirce, tendo em conta sua aproximação com o conceito de experiência possível de Kant.
Mais que simplesmente este imediato sentido fenomenológico da expressão, explorar-se-á, também, o seu significado ético, vale dizer, no que respeita ao âmbito da conduta humana em geral, prisma sob o qual Peirce fundamenta sua crítica à inconsistência de ceticismos sustentados apenas em conjecturas teóricas.
Coordenação da mesa :
Prof. Dr. Edélcio G. de Souza – Filosofia / PUCSP
3ª FEIRA – DIA 24 DE NOVEMBRO
2ª SESSÃO – PRAGMATISMO : LÓGICA E CIÊNCIA
19H30 MIN ÀS 22H - AUDITÓRIO 239
A RACIONALIDADE CIENTÍFICA SEGUNDO LARRY LAUDAN
Prof. Dr. Caetano Ernesto Plastino – Departamento de Filosofia da USP
Examina-se a concepção pragmatista de Laudan acerca da ciência, que se opõe tanto ao positivismo (e ao realismo científico) quanto ao relativismo cognitivo. Analisa-se especialmente a proposta de Laudan de naturalizar a epistemologia sem eliminar sua dimensão normativa (o chamado "naturalismo normativo").
VERDADE PRAGMÁTICA EM UMA PERSPECTIVA LÓGICO-FORMAL
Prof. Dr. Edélcio G. de Souza – Departamento de Filosofia / PUCSP
Examinar-se-á o conceito de verdade pragmática em uma perspectiva que poderia ser denominada de pragmática. Assim, pretende-se apresentar, de um ponto de vista lógico-formal, a idéia de verdade pragmática num sentido de que uma proposição é pragmaticamente verdadeira se e somente se, em determinado contexto, tudo se passa como se ela fosse verdadeira do ponto de vista correspondencial. Ora, A. Tarski, em 1933, ao examinar o conceito de verdade nas linguagens formalizadas forneceu (ou pretendeu fornecer) uma definição precisa de verdade (do ponto de vista da teoria da correspondência) inaugurando assim os estudos semânticos e criando o que hoje entendemos por teoria dos modelos. Da mesma forma, Mikenberg, Chuaqui e da Costa, em um trabalho de 1986, forneceram uma noção precisa de quase-verdade que pode ser considerada uma espécie de versão do conceito pragmático de verdade. Apresentar-se-á, em linhas gerais, o conceito formal de quase-verdade, junto com alguns desenvolvimentos que foram obtidos a partir do mesmo em problemas de filosofia da ciência.
Coordenação da mesa :
Prof. Dr. Ivo Assad Ibri – Departamento de Filosofia / PUCSP
5ª FEIRA – DIA 26 DE NOVEMBRO
3ª SESSÃO – PRAGMATISMO : PERCEPÇÃO E CONHECIMENTO
19H30 MIN ÀS 22H - AUDITÓRIO 333
PRAGMATISMO E PERCEPÇÃO SENSORIAL: É A TEORIA DE PEIRCE, DEWEY, MEAD SEMELHANTE À DE ARISTÓTELES?
Prof. Dr. Renato Schaeffer - UFRJ / FAPERJ
Percepção sensorial: até hoje um grande mistério filosófico. O presente trabalho divide-se em duas partes. A primeira sintetiza a crítica ao modelo representacionista intracerebral predominante, e enuncia um argumento que prepara o terreno para a segunda parte do trabalho. Nesta, a teoria pragmatista da percepção é equiparada à de Aristóteles, em De Anima. Eis, grosso modo, o argumento: (1) percepção resulta de fatores causais da natureza inerentes à transação organismo-ambiente; (2) tais fatores não podem ser encontrados entre os elementos ontológicos revelados na própria percepção; logo, (3) a estrutura ontológica revelada na percepção não reflete a total complexidade da transação real organismo-ambiente. Esta conclusão é crucial para entender a teoria pragmatista-aristotélica da percepção: passagem da fase sujeito-no-mundo para a fase mundo-no-sujeito, via "recepção imaterial de formas" - estabelecimento de campo anteceptivo consciente de potencialidades de ação subentendidas em tais formas. Pragmatismo como naturalismo esclarecido: a percepção é a versão histórico-natural mais evoluída do mesmo mecanismo chave-e-fechadura próprio da detecção de formas inerente a interações ontológicas elementares - biológicas e mesmo físico-químicas. Mas em vez de detecção-na-ação nomológica/biológico automática: detecção consciente, em aberto, de possibilidades de ação livre inscritas no ambiente do percipiente.
ASPECTOS DO INSTRUMENTALISMO PRAGMATISTA NA TEORIA DO CONHECIMENTO DE JOHN DEWEY.
Prof. Dr. Marcos Antônio Lorieri – Filosofia da Educação / PUCSP
O alvo da teoria do conhecimento de Dewey é a ação humana "guiada" pela inteligência: a "conduta inteligente". Mas, a inteligência não é uma estrutura que se superpõe aos seres humanos: ela é uma função vital natural que tem como papel específico produzir, na ação, indicações de suas conseqüências possíveis.
Coordenação da mesa :
Prof. Dr. Ivo Assad Ibri – Departamento de Filosofia / PUCSP
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