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Prof. Dr. Vincent Colapietro
Department of Philosophy - Penn State University - USA

Versão Bilíngüe [Bilingual Version]

The Routes of Significance: Reflections on Peirce's Theory of Interpretants

There is a road (or route) only where there has been movement or, at least, the prospect of movement. Routes as such are defined by actual and possible courses along which an agent has traveled or merely might proceed, though often a terrain not only affords possibilities for movement but also elicits ventures in certain directions. Actual roads are thus a function of a field having been traversed in certain directions such that past traversals facilitate future ones, whereas possible routes are a function of a field being traversable in some more or less determinate direction. Routes are, in short, defined by the movements of travelers. They are hence not antecedently fixed paths, but historically emergent trajectories crisscrossing other such trajectories.
C. S. Peirce's doctrine of signs makes the interpretant within an open-ended process of semiosis central to this process. In the Peircean sense, semiosis might even be defined as the process whereby an indefinite number of interpretants is generated. More simply, it is a process of generation. But it is, from Peirce's perspective, also a process of determination. When he describes semiosis as a triadically mediated process of determination (e.g., the sign determines its interpretant in a manner carrying forward the way the sign itself has been determined by its object), determination here means delimiting an array of possibilities. It does not mean rigid causal determinism. Even so, there might be a tension between conceiving semiosis as an open-ended process of generation and also as a goal-directed process of determination. As a way of exploring this and other aspects of semiosis, precisely as a process, I will consider in this paper the aptness of the metaphor of routes. My main thesis is that a useful characterization of semiosis in Peirce's distinctive sense is offered by this seemingly simple claim: semiosis defines routes of significance, possible as well as actual routes. The force and propriety of this metaphor, however, depend upon an appreciation of just what a route is and how a path comes into being as the result of movement.


Os Caminhos da Significação: Reflexão sobre a Teoria dos Interpretantes de Peirce

Só existe estrada (ou caminho) onde existiu movimento ou, pelo menos, a perspectiva de movimento. Caminhos, como tais, são definidos por rumos reais ou possíveis que um agente tenha percorrido ou apenas possa percorrer, embora freqüentemente um ambiente não apenas ofereça possibilidades de movimento como também propicie iniciativas em certas direções. Estradas reais são, então, uma função de um campo ter sido percorrido em direções tais que percursos passados facilitem os futuros, enquanto caminhos possíveis são uma função de um campo ser percorrível em uma direção mais ou menos determinada. Caminhos, em suma, são definidos pelos movimentos dos viajantes. Não são, portanto, vias preestabelecidas e sim trajetórias historicamente emergentes intercruzando outras trajetórias.
A doutrina dos signos de C. S. Peirce torna o interpretante - dentro de um processo aberto de semiose - essencial a esse processo. No sentido peirceano, a semiose pode até ser definida como um processo por meio do qual um número indefinido de interpretantes é gerado. Mais simplesmente,
é um processo de geração. Mas é também, sob a perspectiva de Peirce, um processo de determinação. Quando ele descreve a semiose como um processo de determinação triadicamente mediado (ou seja, o signo determina seu interpretante levando adiante o modo em que o próprio signo foi determinado por seu objeto), determinação aqui significa delimitar uma gama de possibilidades. Não significa um rígido determinismo causal. Mesmo assim, pode haver uma tensão entre a concepção da semiose como um processo aberto de geração e também como um processo direcionado de determinação. Como forma de explorar esse e outros aspectos da semiose, exatamente como um processo, considerarei neste trabalho a adequabilidade da metáfora dos caminhos. Minha tese fundamental é que uma caracterização útil da semiose no sentido característico de Peirce é proporcionada por esta alegação aparentemente simples: a semiose define caminhos de significação, tanto possíveis quanto reais. A força e adequação dessa metáfora, entretanto, depende de uma apreciação do que seja realmente um caminho e como um caminho se forma em conseqüência de movimento.

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