Prof. Dr. Risto Hilpinen
University of Miami - USA
Versão Bilíngüe [Bilingual Version]A Pragmatic Theory of Meaning and Knowledge
According to C. S. Peirce, there are two ways of explaining what a sign (an expression or a concept) means, namely, a definition and a precept. A precept tells the interpreters of a sign what the sign means by prescribing what they have to do in order to find or become acquainted with an object of the sign. A precept for a concept specifies how an interpreter can determine whether the concept is applicable to a given situation or object. The view that the meaning of a sign can be articulated by means of precepts can be regarded as an application of Peirce's pragmatic maxim.
Peirce accepted the scholastic definition of truth, according to which a proposition is true if and only if its subject and predicate refer to the same thing, and applied this analysis to complex as well as singular propositions. However, this account does not tell how an interpreter can become acquainted with the objects of the predicate 'true', that is, true propositions: it is not a good precept for the concept of truth. On the other hand, the so-called pragmatic conception or "definition" of truth, truth as the limit or end of inquiry, can be regarded as a precept for truth, or as a general form of such a precept.
The requirement that concepts should have precepts attached to them is a version of the principle of pragmatism: concepts without precepts are meaningless. The availability of precepts should make it possible for an interpreter (inquirer) to determine whether a concept is applicable to a given situation, that is, whether a certain proposition is true. Thus the principle of pragmatism is closely related to the principle knowability, according to which any truth is knowable. Some formulations of the principle of knowability lead to a paradox (Fitch's paradox or the paradox of knowability). The paper discusses some non-paradoxical forms of the principle of knowability, and it is argued that the existence of a precept for a proposition entails only a relatively weak form of the principle.
Uma Teoria Pragmática do Significado e do Conhecimento
Segundo C. S. Peirce, há dois modos de explicar o que um signo (uma expressão ou um conceito) significa, a saber, uma definição e um preceito. Um preceito diz para os intérpretes de um signo o que o signo significa, prescrevendo o que eles devem fazer para encontrar ou inteirar-se de um objeto do signo. Um preceito para um conceito especifica como um intérprete pode determinar se o conceito é aplicável a uma dada situação ou a um dado objeto. A concepção de que o significado de um signo possa ser articulado por meio de preceitos pode ser encarada como uma aplicação da máxima pragmática de Peirce.
Peirce aceitou a definição escolástica de verdade, segundo a qual uma proposição é verdadeira se, e somente se, seu sujeito e predicado se referirem à mesma coisa, e aplicou essa análise tanto a proposições complexas quanto singulares. Entretanto, essa visão não informa como um intérprete pode inteirar-se dos objetos do predicado "verdadeiro", ou seja, proposições verdadeiras: não é um bom preceito para o conceito de verdade. De outro lado, a assim chamada concepção pragmática ou "definição" de verdade, a verdade como o limite ou fim da investigação, pode ser vista como um preceito para a verdade, ou como uma forma geral de tal preceito.
A exigência de que conceitos tenham preceitos ligados a eles é uma versão do princípio do pragmatismo: conceitos sem preceitos são vazios de sentido. A disponibilidade de preceitos deve tornar possível que um intérprete (investigador) determine se um conceito é aplicável a uma dada situação, ou seja, se uma certa proposição é verdadeira. Portanto, o princípio do pragmatismo está intimamente ligado ao princípio da cognoscibilidade, segundo o qual toda verdade pode ser conhecida. Algumas formulações do princípio da cognoscibilidade levam a um paradoxo (o paradoxo de Fitch ou o paradoxo da cognoscibilidade). O artigo discute algumas formas não-paradoxais do princípio da cognoscibilidade, defendendo que a existência de um preceito para uma proposição exige apenas uma forma relativamente fraca do princípio.