7º Encontro Internacional sobre o Pragmatismo - Página inicial

8 a 11 de novembro de 2004

Edith Stenzler Frankenthal
edithf@terra.com.br
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC/SP

PEIRCE E OS PROBLEMAS COTIDIANOS DE SEU TEMPO

RESUMO
Parece inquestionável que o que elevou Peirce ao lugar de proeminência em que ele se encontra na história do pensamento humano foi a acuidade de seu instinto, no sentido que ele próprio instaurou, o de sintonia, afinidade com a Natureza, que Galileu chamou de il lume naturale. Sua filosofia se traça de tal forma que delineia o caminho para o real geral. É inusual, nas pesquisas do meio acadêmico, procurar nele um pensador do cotidiano, ou seja, alguém que interpreta signos sociais, políticos e econômicos vigentes, diretamente relacionados às pessoas comuns e a circunstâncias temporais. Neste trabalho, encontram-se relatos de três textos, lamentavelmente pertinentes também aos dias de hoje, que põem em foco essa sua faceta. No primeiro, claramente baseado em suas ciências normativas, principalmente na estética e na ética, ele desenvolve sua apreciação sobre o bloqueio sentimental a que os homens são conduzidos; no segundo, ele acusa os economistas de supervalorizarem o dinheiro, em detrimento de forças criativas mais auspiciosas; no terceiro, ele escreve ao editor de um jornal, pedindo esclarecimentos sobre notícias referentes à importação de açúcar, que remete para a política econômica externa e interna americana. Em se tratando de Peirce, não é de admirar que os conteúdos significativos dos três textos se relacionam entre si, nem que, deles, a interpretação pode ser tão diversa que chega a ser indefinida. A interpretação, no entanto, já cabe ao leitor.

PALAVRAS-CHAVE: Bloqueio Sentimental, Supervalorização do Dinheiro, Política Econômica.


Centro de Estudos do Pragmatismo
Programa de Estudos Pós-Graduados em Filosofia
Departamento de Filosofia
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

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