Heloisa
Helena da Fonseca Carneiro Leão
heloisaleao@globo.com
PUC - SP
A ARTE, O HOMEM E O HABITAR COMO UM CONSTRUIR O MUNDO
RESUMO
Este trabalho pretende mostrar que o homem e a arte têm o intuito
de construir o mundo. O homem e suas várias manifestações
artísticas, representam a visão de mundo contemporânea
que vê, o indivíduo e suas relações como uma
rede de interações, na qual as mudanças não
ocorrem jamais isoladamente. Essa postura tem a finalidade de construir
o mundo pelo habitar, na qual as interações criam uma rede
que não tem nem início e nem fim. É um entender o mundo
de forma sistêmica em que os sub-sistemas trocam informações
entre si, contribuindo para o aumento da diversidade e da complexidade.
O fundamento teórico do trabalho está alicerçado em
Charles Sanders Peirce, Ilya Prigogine, na noção de habitar
de Martin Heidegger e em alguns artistas. A visão de Heidegger é
pertinente ao trabalho porque reforça o entendimento do homem e do
mundo como co-habitantes de um único espaço. Nessa mesma direção,
Ilya Prigogine argumenta que é a criatividade que constrói
o futuro, uma vez que não se pode definir o futuro pelo passado.
Charles Sanders Peirce defende a noção de semiose, na qual
a função do signo aponta para a evolução em
busca de um ideal último direcionado pela estética. Além
desses pensadores alguns artistas estão preocupados com a construção
do mundo. Entre eles, Lygia Clark propõe que o homem reencontre os
sentidos que se perderam no percurso evolutivo e Gilberto Prado que utiliza
a rede para provocar o estar no mundo.
PALAVRAS-CHAVE:
Semiose, Habitar, Construir, Rede.
Centro de Estudos do Pragmatismo
Programa de Estudos Pós-Graduados em Filosofia
Departamento de Filosofia
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo