Jobst
D. H. Niemeyer
PUC - SP
DA RELAÇÃO ORGÂNICA ENTRE INFINITO E FINITO
RESUMO
No "Bruno" (Schelling) há a passagem da unidade da Beleza
e da Verdade, intuídas em uma e mesma idéia, a do Eterno -
nesta idéia como das obras (Arte) que dela se aproximam, Verdade
e Beleza são Um - à unidade do pensar e do intuir, que é
a unidade do fundamento Ideal e do fundamento Real correlativa à
unidade da oposição e da unidade do Finito e do Infinito no
Absoluto.
Na fórmula tradutora da unidade do Finito e do Infinito no Absoluto
- "... com relação à unidade absoluta, a qual
concebendo o finito, concebe também o infinito, não unificados,
mas inseparados..." (Bruno) - destaca-se a subsistência infinita
e intemporal do Finito Infinito (Infinito que é infinitamente e eternamente
finito), que jamais se dilui no infinito, mas que exige, para sua perfeição,
a inseparabilidade do infinito.
A relação entre o Finito e o Infinito - não unificados,
mas inseparados - no Absoluto é uma relação de harmonia,
entendida esta no seu significado originário de conexão de
elementos diversos.
A relação harmônica do Finito com o Infinito no seio
do Absoluto permite reconhecer uma organicidade que é o fundamento
da Organicidade Universal.
Há na Organicidade Universal algo que permite aproximá-la
da Arte, isso na expressão do Absoluto.
PALAVRAS-CHAVE:
Bruno (Schelling); Unidade Finito-Infinito no Absoluto; Não Unificação
e Inseparabilidade; Relação de Harmonia; Organicidade Universal
e Expressão do Absoluto.
Centro de Estudos do Pragmatismo
Programa de Estudos Pós-Graduados em Filosofia
Departamento de Filosofia
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo