7º Encontro Internacional sobre o Pragmatismo - Página inicial

8 a 11 de novembro de 2004

Maria Ângela de Ambrosis Pinheiro Machado
ambrosis@terra.com.br
PUC - SP

AS CATEGORIAS FENOMENOLÓGICAS DE PEIRCE: UMA LANTERNA SOBRE A EXPERIÊNCIA NO PROCESSO DE CRIAÇÃO ARTÍSTICO DO CLOWN

RESUMO
Esta comunicação apresenta o uso das categorias fenomenológicas de Charles Sanders Peirce como uma ferramenta adequada para ampliar a compreensão da experiência no processo da criação artística do clown. O clown caracteriza-se pelo seu modo ingênuo, frágil e alegre como qualidades de estar no mundo. Estas qualidades repercutem, por sua vez, no seu modo agir, caracterizado pelo jogo, espontaneidade e afetividade na interação com o ambiente. É neste processo de experimentação que a linguagem se constitui. Como linguagem, o clown se manifesta como algum modo de compreensão e relação com o mundo, sintetizando, portanto, experiências humanas. A que experiências humanas o clown se refere? Nesta perspectiva, busca-se descrever e compreender esta experiência a luz das categorias fenomenológicas de Charles Sanders Peirce. O clown configura-se no desenvolvimento de um estado de presença (primeiridade) e sua relação com o mundo prima por seu caráter sempre surpreendente dos acontecimentos a volta, portanto, reação (segundidade), encarando-os sempre como se fosse pela primeira vez. A ação do ator nestas condições acaba por conformar as características próprias dessa linguagem (terceiridade). Este personagem se caracteriza pelo seu modo de estar no mundo, conformando um estado de percepção diferenciado e, por meio da experimentação, o ator desenvolve suas possibilidades de ação clownesca.
Este trabalho é parte da dissertação de mestrado defendida em 2000 na PUC-SP.

PALAVRAS-CHAVE: Categorias Fenomenológicas, Clown, Processo de Criação


Centro de Estudos do Pragmatismo
Programa de Estudos Pós-Graduados em Filosofia
Departamento de Filosofia
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

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