7º Encontro Internacional sobre o Pragmatismo - Página inicial

8 a 11 de novembro de 2004

Maria de Lourdes Bacha
mlbacha@ig.com.br
Universidade Mackenzie

REALISMO E PRAGMATICISMO: O PAPEL DOS WOULD BE'S NA JUSTIFICATIVA DA INDUÇÃO NA OBRA DE PEIRCE

RESUMO
Este artigo tem como objetivo discutir o papel dos "would-be's" na justificativa da indução na obra de Peirce. A hipótese defendida se refere à relação entre pragmaticismo e realismo, ou seja, o significado da própria realidade consiste naquilo que seria (would be), sob condições concebíveis. Na fase madura da obra peirceana, conseqüências práticas passam a ser os "would-be's", condicionais, que se referem às probabilidades e às atualidades. Estes condicionais têm a forma "se um experimento E for realizado em circunstâncias C, o resultado observável seria R" e são fundamentais para a validação da indução. A realidade dos gerais é a realidade dos "would-be's", isto é, afirmar que uma lei positivamente existe é afirmar que ela operará, com referência ao futuro, mesmo que apenas de modo condicional. Toda a lógica da indução está contida naquilo que Peirce entende por verificação experimental. Peirce, relaciona o "would-be" a longo prazo com a noção de hábito e o caráter essencial da indução é que ela infere o "would-be" dos singulares concretos. Ao estabelecer uma relação necessária entre o particular e o geral, que é a base do pragmatismo, este traduz, implicitamente, a condição de possibilidade do argumento indutivo.

PALAVRAS-CHAVE: Realismo, Pragmatismo, Indução, "Would-be's"


Centro de Estudos do Pragmatismo
Programa de Estudos Pós-Graduados em Filosofia
Departamento de Filosofia
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

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