8 a 11 de novembro de 2004

Otávio Almeida Filho
otaviofilho@uol.com.br
PUC - SP

CAVALOS ALADOS - BIOTECNOLOGIA E ARTE

RESUMO
O trabalho discute os rumos da arte e seu cruzamento com as novas tecnologias dialogando com a obra do artista plástico Eduardo Kac. Analisa o texto publicado por esse artista na Revista Galáxia, do Programa Pós Graduados em Comunicação e Semiótica da PUC - SP, trançando um paralelo entre as idéias do filósofo Vilém Flusser em texto também publicado na mesma revista.
O propósito é questionar as teses apresentadas pelo artista Kac referente à sua obra Bunny. A "obra" é o resultado de uma interferência genética sobre uma coelhinha que, quando apresentada em ambiente sem luminosidade, torna-se fluorescente. A tese do artista é que esses animais modificados geneticamente adquirem uma especificidade tornando-os especiais para estabelecer uma relação dialógica com os humanos. Kac acredita mesmo que esses animais são dotados de uma vida "espiritual" e que devemos, em razão disso, rever nossas relações com tais animais.
Em Cavalos Alados - biotecnologia e arte apresentamos argumentos baseados em Bertrand Russel e Martin Heidegger para mostrar que o projeto da arte transgênica, que acredita na vida espirtual de animais modificados geneticamente, são carentes de fundamentação e revelam preconceitos de caráter religioso, além de uma ênfase nos aspectos poéticos em detrimento da dimensão estética exigidos por toda obra de arte.

PALAVRAS-CHAVE - Comunicação, Arte, Tecnologias, Linguagem, Filosofia

Centro de Estudos do Pragmatismo
Programa de Estudos Pós-Graduados em Filosofia
Departamento de Filosofia
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo