7º Encontro Internacional sobre o Pragmatismo - Página inicial

8 a 11 de novembro de 2004

Pablo Gabriel Ferreira
pablorjferreira@hotmail.com
UFRJ

CAUSALIDADE: PRAGMATISMO E ONTOLOGIA

RESUMO
O reducionismo, no contexto do debate em torno do problema da causalidade mental, não é pouco apreciado entre os filósofos. Muitos acreditam que os poderes causais das propriedades mentais são redutíveis aos poderes causais das propriedades físicas subjacentes. Por outro lado, há quem defenda a tese segundo a qual as propriedades mentais possuem uma eficácia causal ineliminável. Dentre os que advogam tal tese, temos Lynne Baker e Tyler Burge. Estes autores lançam mão de um argumento pragmático no sentido de demonstrar a indispensabilidade causal das propriedades psicológicas; segundo eles, a discussão em torno da causalidade mental não deve partir de considerações ontológicas, mas das nossas práticas científicas. Portanto, se a psicologia usa conceitos intencionais para explicar o comportamento, então temos o bastante para atribuir relevância causal às propriedades tipicamente mentais. Por outro lado, Kim chama a atenção para o fato de que este argumento não deixa de ser um argumento metafísico, e que ele não responde ao problema. Segundo Kim, a questão não é saber se as propriedades mentais são causais, mas como as propriedades mentais são causais. O objetivo do trabalho, pois, consistirá em mostrar que o argumento pragmático proposto por Baker e Burge não é incompatível com a perspectiva ontológica reivindicada por Kim. Procuraremos mostrar que o máximo que o argumento pragmático pode fazer é apontar para a existência de uma relação causal.

PALAVRAS-CHAVE: Filosofia da Mente, Causalidade, Pragmatismo.


Centro de Estudos do Pragmatismo
Programa de Estudos Pós-Graduados em Filosofia
Departamento de Filosofia
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

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