7º Encontro Internacional sobre o Pragmatismo - Página inicial

8 a 11 de novembro de 2004

João Queiroz1,2 & Charbel Niño El-Hani2
queirozj@dca.fee.unicamp.br
charbel@ufba.br
1. UNICAMP
2. UFBA

DEFININDO SEMIOSE COMO PROCESSO EMERGENTE

RESUMO
Nosso propósito, nesse trabalho, é discutir em que sentido a semiose pode ser caracterizada como um processo 'emergente' em sistemas semióticos. Este problema foi formulado no âmbito de trabalhos que recentemente realizamos sobre modelagem e simulação computacional de processos semióticos, e em virtude do largo emprego da noção de emergência em ciências da complexidade. Contudo, o significado preciso dos termos 'emergência', 'emergente' etc. é raramente discutido. É, entretanto, fundamental atribuir um significado preciso ao conceito de emergência, e a noções derivadas, sempre que ele for aplicado a um domínio de fenômenos ou teorias. Este é o objetivo deste trabalho. Não pretendemos aqui responder quando ou como a semiose emergiu, em termos evolutivos. Ao invés disso, estamos interessados em discutir as condições que precisam ser satisfeitas para que a semiose possa ser caracterizada como um processo emergente. A solução deste problema é, em nossa visão, um requisito para a formulação precisa do problema da emergência da semiose em termos evolutivos, tópico de investigação da cosmologia evolucionária de C.S.Peirce. Inicialmente, sumarizaremos a análise da variedade de teorias da emergência elaborada por A. Stephan (1999 Emergenz: Von der Unvorhersagbarkeit zur Selbstorganisation, Dresden University Press). No curso da apresentação desta análise, formularemos questões fundamentais, que devem ser respondidas de modo a tornar preciso o significado da noção de emergência no domínio dos fenômenos semióticos.

PALAVRAS-CHAVE: Semiose, Emergência, C.S.Peirce.


Centro de Estudos do Pragmatismo
Programa de Estudos Pós-Graduados em Filosofia
Departamento de Filosofia
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

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