7º Encontro Internacional sobre o Pragmatismo - Página inicial

8 a 11 de novembro de 2004

Sérgio da Costa Oliveira
sgoliver@uol.com.br
PUC - RIO

SOBRE A REALIDADE DA "PSICOLOGIA POPULAR"

RESUMO
Deveríamos depositar maior confiança na "imagem científica" que emerge das pesquisas neurofisiológicas ou, ainda, nas descrições mecanicistas do comportamento do que na imagem de senso comum acerca de nossas ações? Deveriam nossas explicações da conduta em termos intencionais perder sua força e ser abandonadas face à linguagem "mais rigorosa e precisa" da ciência? Deveríamos, enfim, esforçarmo-nos por nos ver livres das "ilusões" em que estaríamos encerrados pelo comum emprego da "psicologia popular" (folk psychology)? Vez por outra, acompanhada por um discurso de reformas e salvação, a substituição da "imagem folclórica" pela "imagem científica" aparece como o objetivo "natural" do conhecimento, capaz de nos remover da "ilusão estável" a que estamos submetidos. Os exemplos mais significativos vêm de Paul & Patricia Churchland e de B. F. Skinner, os eliminativistas tout court, que, de posições bem diferentes, defendem um realismo científico, segundo o qual a já mencionada "psicologia popular" não deveria contar com qualquer futuro. A contrapelo desta tendência e com base em Gilbert Ryle, Daniel Dennett, e, principalmente, na perspectiva neopragmatista de Richard Rorty, mostramos, desativando a pretensão de se obter algo como "o uso literal da linguagem" em oposição a um uso "meramente metafórico", o contra-senso em que tal posição incide.

PALAVRAS-CHAVE: Neopragmatismo, Linguagem, Psicologia Popular, Eliminativismo.


Centro de Estudos do Pragmatismo
Programa de Estudos Pós-Graduados em Filosofia
Departamento de Filosofia
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

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