8 a 11 de novembro de 2004

Tiago da Costa e Silva
lesingedeplanete@hotmail.com
PUC/SP

O DESENHO ADMIRÁVEL - UM ESTUDO SOBRE O SIGNO ESTÉTICO PEIRCEANO

RESUMO
Esse trabalho propõe o estudo, numa dimensão mais específica, do funcionamento semiótico do signo estético, tomando por base conceitos de Charles Sanders Peirce. Mas para atingirmos os meandros do funcionamento lógico-formal dessa semiose, isto é, a ação do signo em ser interpretado em outro signo - que neste caso é um signo estético - devemos verificar também quais são as características que envolvem o que Peirce compreendia como estética, sua relação com a semiótica e com seu pragmatismo, uma vez que este signo será visualizado num processo de significação. Estética é a primeira das ciências normativas, que estuda qual deve ser o ideal maior que deve guiar a conduta humana, na perspectiva do crescimento da razoabilidade concreta. Possui dois aspectos, visto que o primeiro divide-se em dois níveis: no primeiro nível encontra-se a teoria deliberada de hábitos de sentimento. O segundo nível, menos abstrato, estuda os fenômenos em primeiridade, a produção e a recepção de 'objetos' estéticos. O segundo aspecto não foi formulado por Peirce, e é uma parte de sua teoria que necessita ser construída, a saber, a estética à luz da semiótica.
Entretanto, a articulação sígnica implicada na produção e recepção de objetos estéticos encontra na Teoria Geral dos Signos um tipo de instrumental aperfeiçoado para compreender o processo de significação. Ao vermos que o interpretante final de um signo icônico é um signo estético, é possível fazer uma projeção cartográfica da orientação pragmática peculiar a que este tipo de signo conduz.

PALAVRAS-CHAVE: Semiótica; Estética peirceana; Semeiosis; Signo Estético; Pragmatismo.

Centro de Estudos do Pragmatismo
Programa de Estudos Pós-Graduados em Filosofia
Departamento de Filosofia
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo