A CRÍTICA ÉTICO-EPISTEMOLÓGICA DA PSICOLOGIA SOCIAL PELA QUESTÃO DO SUJEITO. Psicologia & Sociedade; 10 (2): 117-136

 

Resumo: Defende-se a necessidade de a psicologia social realizar, neste mo­mento histórico, a autocrítica epistemológica para refletir sobre a dimensão ética do seu corpo de conhecimentos, e propõe-se o sujeito como eixo dessa reflexão. Que sujeito está presente nas teorias de Psicologia Social e quais projetos éticos ele sinaliza? A psicologia social debatê-se, de um lado com o sujeito consciente(da competência lingüística ou da ação, intra ou intersubjetividade), e de outro, com o sujeito inconsciente (por determinações externas ou internas) ou, ainda, com o sujeito-espaço vazio, em que se cruzam fluxos lingüísticos.Esse debate é atravessado por uma das questões centrais da Psicologia Social - a relação entre sujeito coletivo e sujeito individual. Não se pretende analisar cada uma dessas concepções, mas sugerir como idéia reguladora da análise, o pensamento crítico-constitutivo de Espinosa, que resgata a unicidade na multiplicidade e a passagem da fisicidade à eticidade no ser, como potência e ética de constituição.

PALAVRAS-CHAVE: sujeito, ética, coletivo/individual, ontologia e crítica epistemológica, práxis.