O prédio que atualmente abriga a Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologia foi inaugurado no início da década de 1940, antes mesmo de a Universidade ser criada. O edifício havia sido uma encomenda das Cônegas de Santo Agostinho para abrigar o Instituto Sedes Sapientiae e só foi dado em comodato à PUC-SP em 1971, quando o Sedes se ligou definitivamente à Instituição.
Marco da arquitetura moderna brasileira, o prédio é considerado uma das obras mais inovadoras do arquiteto paulista Rino Levi (1901-1965). Seu conjunto inclui jardins projetados pelo paisagista Burle Marx.
Em plena Segunda Guerra Mundial, a dificuldade de obter materiais como aço em grande quantidade influenciou o trabalho do arquiteto, que teve de usar a criatividade e o talento para conseguir erguer o edifício.
Como alternativa à falta de elementos essenciais à construção do prédio, Levi projetou dobras para a estrutura, dando, ao mesmo tempo, a rigidez necessária à laje e um caráter inovador à obra. Trabalhou também com pilares maiores que o comum e aproveitou-se de um detalhe nos telhados, em que o beiral passou a ser utilizado como calha.
O arquiteto conseguiu suprir limitações com sofisticação e criatividade. Para se adaptar às condições climáticas, Levi usou pela primeira vez em sua carreira elementos para proteger a construção contra a incidência do sol. A fachada dos corredores das salas de aula foi projetada como um plano geométrico abstrato em que uma grelha estrutural de concreto é subdividida em pequenos módulos, também de concreto, que suportam os vidros e deixam a luz passar. Dessa forma, o sol quente da tarde atinge o corredor, e as salas de aula recebem apenas o sol mais fresco da manhã. Ainda nesse espaço há a casa das Irmãs Agostinianas, que idealizaram essa magnífica obra. Nas imediações do campus, já na Rua da Consolação, funciona a sede da Educação Continuada da PUC-SP.