Memórias da prisão de Ôsugi Sakae e as transformações no espaço em Tóquio
Texto e seleção de imagens por Luíza Uehara
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A prisão de Tóquio foi construída em 1875 no atual e rico bairro de Ginza, localizado nas proximidades do Palácio Imperial e das ruínas do Castelo Edo. A prisão é um dos marcos da Era Meiji (1868-1912), momento de abertura dos portos, acordos comerciais com a Inglaterra e os EUA, e rápida industrialização do país.
Poucos anos depois, em 1894, foi promulgada a Lei de Preservação da Paz que tinha como alvo movimentos contrários ao governo Meiji. Proibia discursos em público, encontros políticos e instituía uma série de restrições à imprensa. Em 1900, a lei foi reeditada, direcionando o alvo para organizações de trabalhadores.
No ano de 1903, com a construção da estação de trem de Tóquio, a prisão da cidade foi renomeada para Ichigaya e mudou-se para o atualmente famoso e badalado bairro de Shinjuku, por isso, muitas vezes seus nomes se confundem.
Por lá passou o anarquista Ôsugi Sakae, que neste momento começou a escrever breves relatos sobre a vida na prisão, passando a ser até hoje uma das poucas referências sobre como era sobreviver ali. Ôsugi foi encarcerado pela primeira vez em Ichigaya acusado de desobediência a Lei de Preservação da Paz. Passaria outras vezes por lá, uma parada obrigatória para quem aguardava o julgamento.
A primeira vez que Ôsugi Sakae ali pôs os pés tinha apenas 22 anos, entre 1906 e 1907, ficaria preso por aproximadamente 3 meses, e teve a pena reduzida após pagar fiança. Cerca de seis semanas depois, seria preso novamente por publicar escritos do anarquista Piotr Kropotkin. Da prisão de Ichigaya, relembrou em suas memórias: “Sempre que éramos convocados para ir ao tribunal, ficávamos alinhados ao longo de um amplo corredor mal iluminado antes de sermos reunidos com os outros em uma marinete puxada por cavalos (suponho que agora o trajeto seja feito por automóvel). No corredor nossas mãos ficavam algemadas e acorrentadas à cintura, e éramos chamados pelo chefe da seção de escolta” .
Sobre essas idas a julgamento, escreveu a seus amigos: “Ontem voltei da prisão de Tóquio. (...) Eu odeio ir ao tribunal. Eu detesto o contínuo questionamento do juiz. Gostaria de saber se não seria melhor se fossem honestos e dissessem, como na Rússia, que iriam me mandar direto para a Sibéria sem julgamento (...). Depois que o julgamento acabou, fui levado direto para a prisão de Tóquio. Quando entro pelo portão, sempre estremeço” .
Em março de 1907, foi julgado e levado à prisão de Sugamo. Já em janeiro do ano seguinte seria novamente detido, após a polícia capturá-lo no que ficou conhecido como o Incidente do Telhado. Ôsugi e seus amigos faziam uma reunião quando a polícia invadiu o local alegando que encontros anarquistas e socialistas estavam proibidos. Ôsugi, Sakai Toshihiko e Yamakawa Hitoshi subiram ao telhado da casa em que estavam e proferiram discursos anarquistas e socialistas. Foram presos assim que a polícia os alcançou.
Sobre a prisão de Sugamo, recordou: “No mundo comum, ‘Destino: Sugamo‘ apenas se refere ao trajeto ao bonde e não tem muita relação com a vida da maioria das pessoas. Para nós, porém, significa ‘Destino: Prisão’. (...) Fui enviado para Sugamo em um total de três vezes (...) Acho que a antiga casa de detenção provavelmente ficava em Kajibashi. Quando a demoliram, usaram as pedras e os tijolos para construir a nova prisão aqui. E dizem que usaram as madeiras de construção originais na reconstrução de um dos velhos prédios em uma esquina próxima. Esse prédio também era um hospital onde ficavam cegos, aleijados, idosos que não podiam se locomover bem, deficientes e semi-inválidos. Duas vezes fui transferido para uma grande cela nesse prédio. Na primeira vez em que fui levado na cadeia de Tóquio para uma dessas celas escuras e frias, fiquei desolado. Era meio-dia na primavera e o sol brilhava com o calor do início do verão. No entanto, quando entrei naquela cela, senti de repente o ar gelado percorrer o meu corpo. Bastou olhar para as quatro paredes de tijolos cobertos de cal e a grande porta de ferro blindado para me fazer estremecer. Quando fui tocá-las com as mãos, o frio atravessou o meu corpo. Em meio à escuridão havia apenas uma luz fraca vindo de uma pequena abertura da janela que, de tão alta, era impossível alcançá-la mesmo com muito esforço. Havia tatames finos para sentar espalhados pelo chão de tábuas, mas estavam pegajosos por causa da umidade” .
A prisão de Sugamo estava entre as mais temidas. Inúmeros anarquistas passaram por ali e eram submetidos ao Código Penal Meiji, promulgado no começo do século XX, que legalizava a tortura enquanto método de investigação e institucionalizava a execução pela forca. O Código Penal Meiji permanece em vigor até hoje, o último enforcamento ocorreu em julho deste ano comemorado por inúmeros japoneses.
Ôsugi foi solto alguns meses depois, quando reencontrou-se e pode comemorar com seus amigos. Em abril de 1908, um registro fotográfico recordou a reunião dos três amigos que subiram no telhado em janeiro.
Fonte: CIRA-Japana. Da esquerda para direita: Yamakawa Hitoshi, Toshihiko Sakai e Ôsugi Sakae.
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Meses depois, o Incidente das Bandeiras Vermelhas levaria Ôsugi novamente à prisão. Anarquistas e socialistas realizavam uma reunião para recepcionar Koken Yamagushu que acabava de ser solto. Bandeiras vermelhas foram hasteadas com os termos anarquia, anarco-comunismo e revolução.
Os policiais exigiam que as bandeiras fossem retiradas, mas ninguém obedeceu à ordem. Um dos primeiros a ser apanhado pelos policiais foi Ôsugi que, instintivamente, urinou sobre eles. Em seguida, ele foi levado à prisão com seus companheiros.
Fonte: Ôsugi Sakae. Ôsugi Sakae: nihon de mottomo jiyûdatta otoko. Japan: Kawade, p. 31.
O socialista Sakai Toshihiko recordou que naquele dia havia três salas de detenção que davam de frente para um corredor que seguia até uma outra sala onde era feita uma triagem de quem chegava. Ôsugi estava agitado e quando foi arrancado por um policial para o corredor, outros presos começaram a gritar, provavelmente prevendo a tortura que poderia ocorrer. Atemorizados, os policiais jogaram-no de volta a uma cela.
Como em um zoológico infenso, os guardas observavam os presos e por vezes cuspiam em alguns. A resposta não tardou, e todos de suas celas urinaram em direção aos policiais: “o corredor tornou-se uma lagoa de mijo” .
Nos dias que se seguiram cada um recebeu sua condenação, sendo a de Ôsugi a maior: “era a manhã do segundo ou terceiro dia desde que tínhamos sido presos no Incidente das Bandeiras Vermelhas. Fomos levados primeiro para a Cadeia de Tóquio e depois para a Prisão de Chiba. Era a primeira vez que todos os presos estavam reunidos em um quintal que ficava entre as alas do prédio e uma grande área aberta e sombria coberta de cinzas, nem uma folha de grama crescia”.
Ôsugi passaria dois anos na prisão de Chiba. De lá escreveu aos seus amigos sobre a ansiedade em ser liberto e a vontade de saborear o arroz branco japonês em liberdade. E acompanhou de sua cela a execução de 11 amigos capturados por elaborarem planos de execução do Imperador.
Incansável, Ôsugi continuou com suas publicações mesmo sob a constante vigilância policial. No começo da década de 1920 conseguiu escapar do Japão rumo a um encontro anarquista em Berlim. Antes de partir, beijou sua filha Mako e prometeu lhe trazer presentes da Europa. Entretanto, nunca chegou a seu destino final, sendo capturado em Paris após participar de um comício no Primeiro de Maio e deportado de volta ao Japão.
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Imagem: Osugi Sakae e Mako, s/d.
Poucos meses depois, quando o Grande Terremoto devastou Tóquio no ano de 1923, Ôsugi foi estrangulado pela polícia junto com seu sobrinho de 6 anos que viera dos EUA para visitá-lo e Itô Nôe, anarquista e tradutora de Emma Goldman e com quem Ôsugi viveu os últimos anos. Os corpos dos três foram jogados em meio aos escombros do Terremoto e encontrados dias depois.
Muitas outras pessoas foram executadas tanto pela polícia como por milícias nacionalistas que se transitavam pelo Japão. Além dos anarquistas, somavam-se ao alvo os socialistas e, principalmente, os coreanos. Esses haviam imigrado para lá após a invasão da Coreia pelo Japão. As milícias os executavam com espadas de bambus afiadas, esquartejavam seus corpos e queimavam suas casas.
Esse foi apenas o anúncio das perseguições que se seguiriam. Em 1925 o governo japonês reeditou a Lei de Preservação da Paz, que previa em seu primeiro artigo: “Qualquer pessoa que organize um grupo com o propósito de mudar a política nacional (kokutai) ou negar o sistema de propriedade privada, ou qualquer pessoa que participe do referido grupo, será sentenciada a trabalhos forçados ou prisão por até dez anos. A intenção também está sujeita à punição” . Era a ascensão do Império japonês.
Transformações no espaço A prisão de Ichigaya foi destruída no final dos anos 1930. Ali foram executadas inúmeras pessoas a partir da Lei de Preservação da Paz. Hoje, no lugar, há o parque Fukikucho para Crianças. É pouco frequentado. Em dias úteis, idosos alimentam pombos, algumas pessoas descansam nos bancos e outros passam por ali para ir ao banheiro.
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Ali está um pequeno monumento em memória dos executados na prisão de Ichigaya. A construção também serve de apoio para o lixo, coberto por uma rede azul para que não atraia bichos.
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A praça está localizada nos arredores de Shinjuku, cuja estação é a maior do planeta e por onde passam, por dia, cerca de 3.5 milhões de pessoas, equivalente a mais do que um quarto da população da cidade de São Paulo. No pós-II Guerra Mundial, esta era uma região de mercado negro de alimentos. Até pouco tempo, Shinjuku era conhecido como um local perigoso. Na década de 1980 muitos comércios foram queimados pela Yakuza, enquanto outros permaneceram intactos depois de terem firmado seus acordos de segurança com a máfia japonesa. Hoje é um bairro de bares, tangenciado por inúmeros shoppings, lojas de games, prostíbulos, casas de apostas, restaurantes e empresas, em resumo, muito dinheiro, como em toda Tóquio. Todos seguros e garantidos, e os acordos com a Yakuza seguem mais fortes do que nunca.
A prisão de Sugamo foi construída em 1895 como símbolo da modernização do Japão no decurso da abertura dos portos na Era Meiji (1867-1912). No Grande Terremoto de 1923 ela foi parcialmente destruída, mas não arruinada. Na década de 1930, por ali passaram, até o final da II Guerra Mundial,inúmeros socialistas e anarquistas. E nunca deixou de ser temida por todos.
Durante a Guerra lá foram encarcerados anarquistas, socialistas, liberais, espiões e qualquer um que fosse contrário ao Império Japonês. Apesar dos contínuos bombardeios nas proximidades, pouco foi danificada. Com a assinatura da rendição incondicional do Japão e a ocupação pelos Estados Unidos, ela foi reformada para também abrigar os acusados no Tribunal Internacional do Extremo Oriente. Ali foram enforcados 7 condenados.
Hoje, a prisão de Sugamo não está mais em funcionamento. Há diversos livros a seu respeito durante o período do Pós-II Guerra Mundial. Também é possível encontrar na Biblioteca Nacional do Japão documentos sobre os julgamentos no Tribunal de Tóquio. Entretanto, não há registros sobre aqueles que por lá passaram durante o período Meiji e durante a ascensão do Império japonês, restando apenas textos esparsos, como os encontrados na biografia de Ôsugi Sakae. Seu livro é uma história quase esquecida entre os japoneses. Nas escolas costuma-se mencionar seu nome, como um lunático idealista que se opunha ao governo.
Após a prisão de Sugamo ser destruída, construiu-se uma praça em parte da sua área, sempre cheia de jovens conversando e crianças correndo; em outra parte, ergueu-se um arranha-céu, o Sunshine 60, com 60 andares. Concluído em 1978, era o mais alto do planeta; hoje, o prédio é muito famoso e frequentado por inúmeros turistas por abrigar um dos maiores Pokémon Center do país.
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A praça e o Sunshine 60 misturam-se à paisagem de Ikebukuro, bairro muito frequentado por turistas e sempre recomendado em guias. turísticos Ele conta com restaurantes de filas enormes aos finais de semana, inúmeras lojas de eletrônicos, e é atravessado pela famosa Otome Rôdo, uma rua comercial especializada em animes e mangás voltados ao público feminino.
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Da prisão, restou apenas uma pedra que às vezes recebe flores daqueles que lembram dos tempos de guerra. Comumente passa desapercebida e poucos sabem a história daquele espaço.
Na pedra ou em qualquer outro lugar, não há nenhuma menção aos presos, torturados e assassinados com respaldo na Lei de Preservação da Paz. Somente uma inscrição, pedindo orações também pela paz. Próximo à pedra, construiu-se também um posto policial. Enquanto isso, o trânsito e o comércio seguem em Ikebukuro.
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A prisão de Chiba, pela qual também passara Ôsugi, permanece intacta. Apesar de muitas regiões terem sido destruídas no terremoto de 1923 ou bombardeadas durante a guerra, Chiba não veio abaixo.
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Há cerca de duas horas da estação de Tóquio e a caminho do Aeroporto de Narita, a prisão de Chiba está localizada próxima a restaurantes fast-food e prostíbulos. Mesmo assim, a região é silenciosa e ao redor de seus grandes muros foram construídas algumas residências.
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Uma vez por ano, [ela] é parcialmente aberta a visitação. Nesse dia é possível ver um exemplo de como são suas celas, comer algo nas barracas de comidas, e as crianças podem tirar fotos e brincar com os bonecos símbolos dos Direitos Humanos, desenvolvidos pelo Ministério da Justiça do Japão.
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No Brasil, o aumento no número de pessoas vindas da Venezuela tem levantados debates e polêmicas sobre o controle e contenção deste fluxo migratório. Em Roraima, onde a concentração de venezuelanos é maior devido à proximidade com a fronteira, cresce a tensão diária contra as de famílias que vieram do outro lado da divisa.
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O principal objetivo do Festival Fuchu, como é chamado o dia, é apresentar como são feitos os sapatos de luxo dentro da prisão. As peças são fabricadas a mão e aqueles que forem lá podem fazer suas encomendas. Os pedidos são enviados por correio, chegando a um tempo de espera de 1 ano. Os valores variam entre 48.000 a 70.000 ienes, cerca de R$1920,00 a R$2800,00.
Fonte: http://shoegazing.se/english/2017/11/23/curiosities-shoes-made-by-prison-interns/. Acesso em 26/08/2018.
Atualmente na prisão de Chiba estão cerca de 790 homens: 33 trabalham fazendo mesas; 58, catálogos, folhetos e materiais impressos; 32, meias, sacolas, camisetas; 93, máquinas de lavagem de carros; 53, sapatos de luxo masculinos e femininos; 507, sacos de papel; 15, máquinas de tradução para braile, máquina de solta, cerâmica e soldagem. Ao todo, 18 empresas possuem contratos com a prisão de Chiba, considerada um modelo e símbolo dos Direitos Humanos pelo governo japonês.
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A cidade de Tóquio foi reconstruída ao menos em dois momentos, após o Grande Terremoto de 1923 e no pós-II Guerra Mundial. É comum andar pelas ruas e avistar um parque, templo ou oratório datado de 1945. Nos bairros turísticos como Asakusa, variados comércios possuem a placa: “desde 1945”. Outros locais que datariam da Era Meiji são reconstruções, e pouco ou nada restou daquele período.
O trânsito carregado, mas extremamente cordato, mistura-se aos passos corridos de transeuntes, às conversas em volume alto de turistas, ao barulho de cigarras no verão, às bicicletas em alta velocidade pelas calçadas, às placas de neon, às máquinas de bebidas em todos os cantos, ao som de moedas caindo nos pachinkos (lojas de vários andares com inúmeras máquinas caça-níquel), às sirenes de ambulâncias indo e vindo atender mais um atropelamento pela cidade; e, por vezes, uma marcha da direita com placas Trump? I Love You e às bandeiras do Japão Império, misturando-se nas paisagens de Tóquio.
Em alguns cantos, ainda pode-se constatar locais para fumar, atualmente em diminuição. O governo de Tóquio prepara para as Olimpíadas e Paraolimpíadas de 2020 um modelo que pretende exportar para o planeta: uma cidade livre de cigarros! Para o evento esportivo, pretende-se acabar com os espaços de fumantes dentro de restaurantes e deixar somente um ou outro local demarcado para os fumantes frequentarem. Há anos já não se fuma pelas ruas. Os cidadãos de Tóquio aplaudem e se orgulham da medida; poderão apresentar ao mundo como estão livres da fumaça do cigarro.
Assim segue-se, e o último século de história passa desapercebido. Talvez, somente uma ou outra referência à reconstrução no pós-II Guerra Mundial com imagens como Godzillas entre os prédios da cidade, e desenhos de Akira pelos edifícios em construção.
Sem ficar à espera de Godzillas ou da criança Akira carregada de energia nuclear, ao fundo da paisagem de Tóquio, em dias de céu limpo, é possível avistar o imenso Monte Fuji, anunciando que a qualquer momento pode explodir, e carregar consigo toda prisão, toda lei, todo governo.
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ÔSUGI, Sakae (1992). A autobiografia de Osugi Sakae.
Berkeley: University of California Press, p. 128.
Idem, p. 151.
Ibidem, 141-143.
堺利彦. 赤旗事件の回顧. Disponível em: https://www.aozora.gr.jp/cards/000164/files/4310_7025.html. Acesso em 25/07/2018.
JAPAN, 1925. Peace Preservation Law. Disponível em: https://msu.edu/~londo/FAU/4933_web/Peace_pres_law.htm. Acesso em 30/08/2018.
Informações disponíveis em: http://www.moj.go.jp/KYOUSEI/KEIMUSAGYO/sagyo/sisetu_chiba.html. Acesso em 22/08/2018.
Godzila não é somente um personagem japonês que fez sucesso no Ocidente nos filmes de terror. O longa lançado em 1954, conta a história do monstro que solta fogo pela boca e destrói a cidade de Tóquio. Godzilla foi fruto de uma fissão nuclear que remonta às bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki.
Akira é um mangá ambientado em um futuro pós-apocalíptico com inúmeras referências ao pós-II Guerra Mundial. As crianças protagonistas além de não terem pais, provavelmente mortos na guerra e abandonadas à própria sorte, são atingidas pelo reflexo da energia nuclear. Akira, o personagem principal, adquiri habilidades telepáticas e tenta usá-la para acabar com seu sofrimento por meio da destruição de Tóquio.
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