O LIVRO VERMELHO
(Liber Novus), Carl Gustav Jung (1875 - 1961)
Foi apresentado ao público pela primeira vez no dia 7 de outubro no Rubin Museum of Art em Nova York, local onde o livro foi enviado para ser copiado possibilitando sua publicação. Desde a morte de Jung, em 1961, o livro foi guardado pela família na Suíça.
O Livro Vermelho é uma obra encadernada em couro de 205 páginas, escrito em caligrafia gótica, com desenhos em bico de pena de figuras mitológicas e formas gráficas simbólicas, de primorosa elaboração.
Jung dedicou-se à minuciosa tarefa de compô-lo entre 1914 e 1930, e nele dizia ter encontrado a inspiração para sua obra posterior, mas que não pretendia publicá-lo.
Conhecido como a demonstração da exuberante criatividade de seu autor, é também considerado a prova de sua “doença criativa” após a separação de Freud. Nele são apresentadas fantasias e personagens provindos da técnica elaborada sob o nome imaginação ativa. Desenvolveu o conceito de arquétipos e de inconsciente coletivo, que emerge em plena pujança.
No entanto, ao invés de sucumbir ao inconsciente, as fantasias e intuições foram transformadas em um modelo científico de compreensão da psique com a ousadia de romper os tradicionais limites do conhecimento psicológico e psiquiátrico da época.
É também notório que Jung tenha se entregado a sua inspiração e ao mesmo tempo mantivesse intensa atividade profissional e compromissos familiares, o que confirmaria que seu método de diálogo com as imagens internas era enriquecedor e favorecedor de ampliação de consciência. A análise junguiana não seria voltada somente ao tratamento das neuroses e das psicoses, mas um auxílio ao pleno desenvolvimento da personalidade.
No Brasil, a editora Vozes publicou em 2010 em formato original.
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