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DISSERTAÇÕES - 2006

O limite como potencia: um estudo das relações entre a vergonha e a criatividade

Alexandre Schmitt

Orientadora: Liliana Liviano Wahba
Palavras-chave: vergonha; criatividade
Resumo: Este estudo visa a formular hipóteses acerca das relações entre a vergonha e a criatividade, baseado em um referencial teórico junguiano e complementado, sempre que necessário, por desenvolvimentos teóricos de outras correntes da psicologia. A vergonha é um afeto que foi muito pesquisado a partir dos anos 80 do século passado por várias linhas teóricas. A criatividade, por sua vez, é um tema que vem sendo muito estudado – há uma verdadeira febre literária sobre o assunto –, mas são escassas as pesquisas que estudam a relação entre esses dois fenômenos. A visão do senso comum é a de que a vergonha é um afeto que inibe a criatividade, mas pode-se suspeitar, com base nos mitos do Gênesis e de Hefesto, que a vergonha possa também ser um afeto promovedor dela. Organizado em seis capítulos, o estudo começa com uma breve introdução e segue com uma revisão da literatura acerca da vergonha, em que se procura situá-la dentro da teoria dos afetos existente na psicologia analítica, bem como distingui-la de alguns sentimentos como a culpa e o embaraço. Tece-se também toda uma rede de conceitos vinculada a esse afeto, que abrange a noção de integridade, de auto-estima e de complexo de inferioridade. Nesse capítulo ainda, é feito um estudo das estratégias de defesa comumente empregadas como proteção contra esse doloroso afeto. O terceiro capítulo é constituído por uma revisão da literatura acerca da criatividade sob o referencial teórico da psicologia analítica, no qual são apresentadas as visões de autores como Carl Gustav Jung, Erich Neumann, Verena Kast, Paul Brutsche, Luigi Zoja, James Hillman e Rosemary Gordon. No quarto capítulo, é feita uma nova revisão de literatura, desta vez, acerca dos poucos estudos existentes acerca da relação entre vergonha e criatividade. Finalmente, no quinto capítulo – último capítulo antes da conclusão – são discutidos os estudos que foram objeto das revisões de literatura anteriormente elaboradas e uma hipótese acerca da relação entre a vergonha e a criatividade é formulada, qual seja: a de que duas defesas comumente empregadas contra a vergonha – a retirada e a evitação – podem contribuir, respectivamente, para um ambiente favorável à atividade criativa e para um alto desempenho. Consta deste trabalho um breve estudo do papel que as minorias sociais podem desempenhar na atividade criativa e é também formulada a hipótese de que o sentimento de inferioridade – elemento associado à vergonha – possui um caráter arquetípico. As hipóteses são ilustradas com duas breves discussões acerca da biografia de dois famosos criadores: Maria Callas e Carl Gustav Jung.

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