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DISSERTAÇÕES - 2010

PROCESSO TEATRAL – UMA JORNADA DA PSIQUE. A CONSTRUÇÃO DE FÁBULAS PSICO-HISTÓRICAS EM UMA MONTAGEM TEATRAL

Patricia da Silva Teixeira

Orientadora: Liliana Liviano Wahba
Palavras-chave: fábulas, subjetividade, Brecht, técnica teatral, psicologia analítica, psicologia junguiana.

Estudos e práticas recentes têm retomado a importância da linguagem artística como auxiliar terapêutico e, também, em programas de ação de política pública de cultura que oferecem atividades formativas em arte e cultura sob a égide da inclusão social e do reconhecimento da criança e do jovem como sujeitos de direitos. Teorias como o psicodrama, o drama-terapia, a constelação familiar, entre outras, na área da psicologia, buscam no teatro o espaço de suas investigações e o desenvolvimento de suas técnicas amplamente difundidas e desenvolvidas. O presente trabalho busca compreender a jornada psíquica na elaboração da subjetividade mediante uma técnica de construção de fábulas psico-históricas, desenvolvida no processo de uma montagem teatral. A técnica foi embasada na estrutura e em alguns conceitos do teatro dialético de Brecht, que foca o indivíduo histórico, conjuntamente com a perspectiva da singularidade do indivíduo segundo um olhar da psicologia analítica. Foi empregado método qualitativo com a utilização de análise de conteúdo de Laurence Bardin (2002), a partir de categorias pré-estabelecidas, oriundas das fábulas construídas pelos participantes. Os resultados apontam a "função existencial" do teatro, com oposição e confronto por parte do indivíduo dos questionamentos de suas fábulas. Assim, compreendeu-se o espaço teatral enquanto espaço de coexistência do indivíduo com partes "perdidas ou esquecidas" de sua história pessoal, em consonância com uma visão maior da história de seu tempo. A partir de uma ferramenta artístico-cultural, o teatro atualizou uma visão sócio-histórica na apreensão e na elucidação psíquica. Concluímos com este trabalho que um novo caminho despontou para o fazer teatral, que, para além de suas coxias, proscênios ou quaisquer delimitações, pode oferecer ao indivíduo o contato criativo com uma nova forma de sentir-se atuante e pertencente a seu espaço, a sua sociedade e ao mundo, apropriando-se de sua própria história num recontar-se na linha contínua da própria dramaturgia de sua vida; linha essa que atravessa o passado, o presente e se dirige para o futuro.


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