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Dissertações - 2014

O SIGNIFICADO DA RIQUEZA PARA A PRIMEIRA E PARA A SEGUNDA GERAÇÃO DE EMPRESAS FAMILIARES: UM ENFOQUE JUNGUIANO COM APORTES DA TEORIA SISTÊMICA

Maria Lyana Frota Aragão

Orientadora: Liliana Liviano Wahba
Palavras-chave: Empresa familiar, riqueza, patrimônio, transmissão de atitudes, complexos familiares, lealdades invisíveis.


Resumo: Esta pesquisa busca compreender o sentido atribuído subjetivamente à riqueza material em duas gerações de pais e filhos na empresa familiar e investigar o valor atribuído à construção e ao usufruto dessa riqueza, compreendendo a transmissão de atitudes em relação ao patrimônio bem como a forma como as diferentes gerações lidam com o dinheiro. Foram entrevistados vinte membros de empresas familiares, sendo dez da primeira geração e dez da segunda, por meio de uma entrevista semiestruturada. Foi observado que ambas as gerações convergem quanto à ascensão do patrimônio como decorrência de anos da visão pioneira e da força de trabalho dos fundadores; concordam que essa riqueza deve ser utilizada de forma prudente. Para ambas gerações há necessidade de constante investimentos na própria empresa de forma que este recurso financeiro se estenda e há o desejo de que a qualidade de vida, o conforto e a educação permaneçam. A necessidade de profissionalização é mais um ponto em comum entre as gerações. O significado da riqueza para cada uma das gerações diferem em alguns pontos: os fundadores tendem a usufruir do patrimônio de forma mais comedida almejando bem-estar e conforto, e os herdeiros expressam vontades e expectativas audaciosas, como possuir alguns bens, buscar o desenvolvimento pessoal e profissional e possuir outros negócios de forma a não depender do negócio da família. Evidenciou-se transmissão de atitudes, como o comportamento de limitar o acesso à riqueza de uma geração para outra, reforçando o valor da conquista de bens por méritos próprios. Nota-se que os fundadores têm expectativas de que os filhos assumam os negócios, mas, ao mesmo tempo, demonstram receio da perda de poder que esse movimento pode ocasionar. Cobranças e mandatos permeiam alguns discursos, por meio dos quais se pode inferir a existência de complexos familiares e conflitos de poder nas relações. Os pais identificam-se com a figura de orientador, enquanto os filhos sentem o dever de dar continuidade ao negócio e de garantir sua expansão, sendo leais às expectativas familiares; porém, ao mesmo tempo, expressam o desejo de não se ficar preso aos mandatos familiares, buscando-se um espaço de autonomia e de independência, no negócio da família ou fora dele.

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