Dissertações - 2015
ENDOMETRIOSE, UM ESTUDO CORRELACIONAL: ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO (COPING), DEPRESSÃO, STRESS E DOR
Lilian Donatti
Orientadora: Profa. Dra. Denise Gimenez Ramos
Palavras-chave: endometriose, psicossomática, coping, depressão, estresse, dor.
Resumo: Este estudo buscou observar a correlação entre estratégias de enfrentamento (coping), depressão, níveis de stress e percepção de dor em pacientes com endometriose. Sendo a endometriose uma doença psicossomática, observa-se a necessidade de assistir as pacientes física e psiquicamente. No Brasil temos cerca de 6 milhões de mulheres com endometriose e, ao buscar na literatura estudos que envolvam endometriose e psicologia, poucos foram encontrados, principalmente tratando-se de estudos que propõem metodologias de intervenção. Com isso, ao observar como se correlacionam tais variáveis, a presente pesquisa servirá de base para futuros estudos que proponham um modelo de intervenção eficaz. As hipóteses levantadas inicialmente eram de que pacientes com endometriose que utilizam estratégias positivas de enfrentamento apresentam melhor adaptação ao stress, melhor quadro em relação à depressão e menor percepção de dor. Foram analisadas 171 pacientes diagnosticadas com endometriose em tratamento no setor de Endometriose da Divisão da Clínica Ginecológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Todas assinaram o termo de consentimento e preencheram escalas de coping (COPE BREVE), depressão (BECK-II), estresse (ISSL-Lipp) e dor (EVAD). As variáveis foram tratadas estatisticamente utilizando-se de testes qui-quadrado, níveis de significância, divisão em clusters e CHAID. Comprovou-se a relação da utilização de estratégias positivas de coping com a diminuição da depressão e do estresse. Estresse e depressão aparecem relacionados, quanto maior o quadro de estresse, mais grave a manifestação da depressão, que leva ao estresse psicológico. Quanto ao quadro de dor, observou-se que mesmo sem depressão ou sem estresse, a dor ainda se faz presente em boa porcentagem das pacientes, porém quando há dor severa, prevalecem níveis mais graves de depressão e o estresse psicológico.
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