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Dissertações - 2016

DIÁLOGOS DA PSICOLOGIA ANALÍTICA: ESPIRITUALIDADE NA CONTEMPORANEIDADE

Luiz Fernando Gomes Corazza

Orientadora: Profa. Dra. Liliana Liviano Wahba
Palavras-chave: espiritualidade, contemporaneidade, Psicologia Analítica, Jung.


Resumo: A presente pesquisa teve como objetivo investigar a percepção de representantes religiosos de diversos credos sobre a espiritualidade na contemporaneidade, na perspectiva da Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung. Empregou-se o método qualitativo, com a realização de entrevistas individuais semiestruturadas para a coleta dos dados. A análise das informações coletadas iniciou-se com a leitura livre de cada uma das entrevistas transcritas, para levantamento das impressões e considerações gerais. Após essa leitura, o método utilizado para a interpretação dos dados foi a Análise Temática descrita por Ezzy (2001). Os temas identificados foram: Atributos da Espiritualidade, Religião, Condição humana e espiritualidade, Valores da espiritualidade na contemporaneidade e O Divino, cada qual contendo categorias diversas. Em seguida, categorias e temas foram examinados, revelando quatro eixos temáticos que concentram as narrativas e expressam os aspectos comuns dos depoimentos levantados: 1. A espiritualidade é expressão da busca por sentido e envolve noções de liberdade, consciência, responsabilidade e crítica frente ao contexto mais imediato, assim como a noção de transcendência; 2. A espiritualidade contribui para o enraizamento do ser no mundo, de modo a revelar qualidades humanas; 3. A espiritualidade vincula-se à religião, porém não está atrelada somente às instituições; 4. Há um paradoxo entre permanência e mudança. Por último, identificou-se a ideia central, a partir da interrelação dos eixos temáticos. O método possibilitou extrair a ideia central como uma súmula que representa os discursos colhidos e, de certa forma, constitui a teoria que lhes serve de fundamento. Pode-se, portanto, concluir que, para os entrevistados, a dimensão da espiritualidade seria complementar e compensatória em relação à dimensão material, ainda que também contida nesta. Simultaneamente formadora e delineada pela cultura, a espiritualidade apresenta, diante daquilo que é imediato, cognoscível, perceptível e sensível, os opostos necessários para o desenvolvimento e enriquecimento da existência. Entendida como uma função da psique, de natureza simbólica, a espiritualidade não se limita a signos e instituições religiosas, pois o transcendente e a transcendência, bem como o fascínio e a inspiração da busca de sentido, ultrapassariam os limites das instituições.

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