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Dissertações - 2018

JORNADA E PARCERIA DO CASAL NO TRABALHO DOMÉSTICO: UM ENFOQUE DA PSICOLOGIA ANALÍTICA

Julieta Maria Haical Haddad

Orientador: Liliana Liviano Wahba
Palavras-chave: conjugalidade. trabalho doméstico. papéis de gênero. psicologia analítica.


Resumo:O presente trabalho objetivou investigar, a partir do discurso dos casais, o modo como a distribuição dos afazeres domésticos é estabelecida e identificar concordâncias e discordâncias entre os cônjuges e as atitudes com respeito à divisão das tarefas dentro do lar. O estudo de caráter qualitativo e exploratório utilizou como instrumento a entrevista semiestruturada baseada em roteiro especificamente desenhado para a pesquisa. Participaram cinco casais heteroafetivos com filhos, com idades entre 21 e 58 anos, residentes em cidade do interior paulista. O exercício de ocupação remunerada externa ao domicílio por ambos os cônjuges e o apoio de profissional para realização dos serviços domésticos no máximo uma vez por semana constituíram também critérios de inclusão. A análise das entrevistas levou ao estabelecimento de categorias que foram articuladas e interpretadas com base no arcabouço teórico da Psicologia Analítica. Os resultados indicam que o comportamento desses casais não mais obedece a uma concepção tradicional dos papéis de gênero, mas antes se estrutura em torno de um acordo que prevê uma relação direta entre o trabalho remunerado e o doméstico, a responsabilidade com este dependendo do tempo investido naquele. Os relatos apontam ser essa uma solução ditada por necessidades práticas e que não elimina conflitos, pois considera apenas uma variável – tempo disponível para a realização das tarefas domésticas – e não inclui a apreciação das preferências individuais. Não foram encontrados indícios de que o novo arranjo tem por base atitudes que levem em consideração a igualdade de gêneros em termos de direitos e deveres. Destaca-se que o fato de enfrentarem uma dupla jornada de trabalho contribui para que ambos atribuam emoções negativas ao trabalho doméstico. No entanto, há mais relato de emoções desagradáveis por parte das mulheres, o que dá a entender que não seria uma tarefa tão natural para elas e que talvez o desagrado provenha do sentimento de obrigação culturalmente imposto, que não afeta os homens. Conclui-se que a compreensão do psicólogo clínico pode ser enriquecida ao levar em conta que os casais, em sua rotina privada – como visto no estudo –, não percebem o entrechoque entre suas escolhas acordadas e conflitos ou motivações inconscientes.

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