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Dissertações - 2018

OS FEMINISMOS E SUAS VOZES: UMA LEITURA JUNGUIANA DAS EXPERIÊNCIAS DE MULHERES PARTICIPANTES DE COLETIVOS FEMINISTAS.

Raul Alves Barreto Lima

Orientador: Durval Luiz de Faria
Palavras-chave: mulher; feminismo; coletivos feministas; Psicologia Analítica.


Resumo: O surgimento do feminismo inicia-se por volta do século XIX, intensifica-se no século XX e adentra no século XXI de forma multifacetada e muito atuante. Em sua história, é possível perceber o quanto esse movimento cresceu e se pluralizou, adentrando em muitas áreas do conhecimento, discutindo novas pautas, construindo novos saberes, reivindicando suas ideias e ideais de diversas formas, ressaltando que atualmente os debates têm tido um alcance muito maior devido ao avanço da tecnologia como forma de expor seus conteúdos. O feminismo proporcionou uma revisão crítica do que é ser mulher no sentido mais profundo e complexo do termo, o qual indica para modos particulares de existir. A prática feminista também se constitui em espaços coletivos configurando uma abertura para o compartilhamento das experiências pessoais, fortalecimento interno e articulação de formas de ação. Com os objetivos de investigar as motivações que levam essas mulheres a participarem desses grupos e de compreender suas experiências enquanto mulheres feministas, realizamos um estudo qualitativo por meio da realização de entrevistas semiestruturadas com nove mulheres participantes de coletivos feministas. As narrativas coletadas foram posteriormente categorizadas e dispostas em grupos temáticos e temas, sendo analisadas de acordo com a abordagem da Psicologia Analítica e da literatura feminista. Os resultados obtidos revelam para o potencial transformativo – individual e coletivo – dos grupos feministas, indicando para uma expansão de possibilidades de existir enquanto mulher e suas múltiplas transformações. As mulheres também narraram sobre a importância do feminismo enquanto espaço de fortalecimento, desconstrução e emancipação individual, demonstrando ainda um confronto contínuo para com os conflitos pertencentes às dinâmicas da persona e da sombra. Apesar dos muitos obstáculos e desafios enfrentados no cotidiano, imbuídas de um impulso heroico, elas procuram alcançar relações horizontais pautadas no respeito à diversidade, às diferenças e com um comprometimento consigo, com o outro, e com o mundo, consonantes ao dinamismo da alteridade. As participantes também demonstraram sensibilidade para outras formas de injustiça social que não as atingem diretamente, como o racismo e o preconceito de classe. Por meio da noção de internalização da opressão, os resultados também auxiliaram na sustentação da hipótese do sexismo enquanto um complexo cultural que perpassa a psique individual e coletiva.

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