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DISSERTAÇÕES - 2003

Cenários Femininos - um estudo psicossomático de mulheres com Sindrome do Ovário Policistico através da Terapia do Sandplay (2002).

Margareth Lury Yoshika

Orientador: Denise G. Ramos
Palavras-chave: Síndrome do Ovário Policístico, Terapia do Sandplay, Feminilidade, Identidade feminina.
Resumo: Este estudo visa a compreensão e análise da dinâmica psicológica da Síndrome do Ovário Policístico (SOP), uma das desordens orgânicas que mais afeta as mulheres em idade reprodutiva do mundo moderno. Aqui, o sintoma orgânico é compreendido como a expressão, num nível pré-verbal, da vivencia de um conteúdo complexual cuja representação mental foi reprimida, não conseguindo desta forma integrar-se à consciência. A partir deste referencial, foi escolhida a Terapia do Sandplay (TS) como método de investigação por ser ela uma pratica não-verbal que favorece o acesso e a transformação de experiências internas através do trabalho simbólico e que possibilita assim, a dissolução e assimilação de núcleos profundos jamais expressos em palavras. Para efeitos de pesquisa, foram feitas alterações na formatação original da pratica. Foram acompanhados e analisados os processos de três mulheres diagnosticadas com a SOP, com idades entre 18 e 26 anos. Os resultados obtidos corroboram e ampliam os dados encontrados na literatura acerca da psicodinâmica destas mulheres: desvalorização da figura e dos papeis femininos devido à dificuldades no processo de maternagem, uma identificação com o animus negativo da mãe que leva ao desenvolvimento de auto-critica e julgamento severos e a supervalorização das demandas externas em detrimento das internas. Em suma: por não haver uma identificação positiva com o papel feminino, estas mulheres também não conseguem estabelecer uma relação cooperativa com a figura masculina; sem o casamento interno destas figuras, a criatividade não encontra seu caminho expressivo – ficando imobilizada e encapsulada. Através do processo da TS, estas mulheres puderam compreender o significado do sintoma e reelaborar a figura feminina, no entanto, os sintomas da SOP não apresentaram mudanças visíveis. A sugestão é a de que, talvez devido ao seu caráter crônico e por estar relacionada aos padrões cíclicos da natureza feminina, a transdução dos sintomas da SOP do pólo somático para o psíquico necessitam de uma estruturação no tempo, onde a partir dos novos comportamentos e atitudes experimentadas, seja possível a organização de novos ritmos.

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