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Teses - 2024

TEATRO TERAPIA EM MULHERES QUE SOFRERAM VIOLÊNCIA PELO PARCEIRO ÍNTIMO: UMA VISÃON DA PSICOLOGIA ANALÍTICA

Viviane Ramos Rojas 

Orientadora: Profa. Dra. Liliana Liviano Wahba
Palavras-chave: Violência por parceiro íntimo. Violência doméstica. Teatro terapia. Psicologia clínica. Teoria junguiana.

Resumo: A definição de violência pelo parceiro íntimo (VPI) engloba comportamentos que podem ser organizados em quatro categorias: violência física; violência sexual; abuso emocional, psicológico ou moral; e abuso patrimonial. A exposição à VPI tem sido associada a resultados negativos para a saúde mental das vítimas, em particular, a níveis mais elevados de sofrimento emocional. No intuito de pesquisar abordagens que se mostrem apropriadas para tratar mulheres que tenham sofrido VPI, optou-se por investigar a técnica do Teatro Terapia, especificamente a Autobiographical Therapeutic Performance – Performance Autobiográfica Terapêutica, Pendzik (2020). A pesquisa teve como objetivo analisar e aferir os efeitos da intervenção com base nessa abordagem, em modalidade breve, em mulheres que sofreram violência pelo parceiro íntimo. O estudo envolveu uma etapa quantitativa, cujos resultados foram analisados estatisticamente, e uma fase qualitativa, cujos resultados, decorrentes da intervenção realizada, foram submetidos à análise simbólica, com base no arcabouço teórico da psicologia analítica. Os dados iniciais do grupo experimental (formado por 15 participantes) e do grupo controle (formado por 17 participantes) foram levantados em T0, por meio da Escala de Violência entre Parceiros Íntimos (EVIPI) e de um questionário sociodemográfico e de caracterização da violência sofrida. As participantes do grupo experimental foram avaliadas antes e depois da intervenção (T0 e T1) por meio dos seguintes instrumentos: Escala de Autoestima de Rosenberg; Escala Beck de Depressão; Escala de Vergonha; Escala Multidimensional da Culpa; e Personal Questionnaire. As participantes do grupo controle foram avaliadas por meio das mesmas escalas com o mesmo intervalo de tempo (T0 e T1). A análise qualitativa baseou- se nos métodos propostos por Pendzik (2020) e Roesler (2018), envolvendo, também, a análise de categorias dos temas apresentados nas cenas e símbolos emergentes. Os resultados quantitativos obtidos por meio das escalas indicaram melhora estatisticamente significativa pós-intervenção nas medidas aferidas. Não houve diferenças estatisticamente significativas no grupo controle. O Personal Questionnaire foi analisado quantitativamente e aferiu a frequência de palavras negativas e positivas expressas pelas participantes, com resultados que apontaram, para o grupo experimental, diminuição de frequência das palavras negativas, o que não se verificou no grupo controle. A análise qualitativa revelou que culpa, vergonha, autoestima rebaixada e depressão apareciam nas cenas realizadas, associadas a dois temas amplos: violência e libertação. Foi possível delimitar subtemas, elucidando a subjetivação da violência sofrida. Observou-se, na progressão das cenas, tendência a uma atitude de maior determinação, à resolução de desfechos conflitivos e à elaboração de histórias de conteúdo mais positivo. O trabalho com recursos imaginativos e de dramatização possibilitou trazer à tona o sofrimento e a humilhação decorrentes da violência e a conscientização dos abusos sofridos, fortalecendo o sentido de autoestima e de liberdade interior por meio do apoio grupal. O presente trabalho foi realizado com o apoio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

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