Economia de Comunhão

25 Anos de Economia de Comunhão na Liberdade


Para comemorar seu jubileu de prata a Economia de Comunhão na Liberdade (EdC) reuniu empresários, pesquisadores e colaboradores no Centro Mariápolis Santa Maria, em Recife (PE) houve o lançamento do “Projeto Brasil” para 2017 que consiste em promover e consolidar o desenvolvimento da segunda geração de atores da EdC no Brasil. A programação incluiu palestras, mesas redondas, apresentação de trabalho, oficinas reflexões sobre a própria trajetória ao longo dos seus 25 anos.

 

No que se refere ao “Projeto Brasil” este inclui um Banco de Talentos, atualização  dos meios de comunicação da Associação Nacional Por uma Economia de Comunhão (Anpecom), incluindo o site, as redes sociais r material impresso para divulgação das diversas atividades e prospecção de futuros colaboradores. Consta também visitas às comunidades de EdC em Manaus, Belém, Fortaleza, Natal, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. Será criado um registro nacional de dados da Anpecom, organizado por grupos de interesse como empresários e novos empreendedores.

 

Criar um registro nacional de dados da Anpecom tendo em vista estruturar uma rede nacional também integrar o Projeto Brasil. Esta rede favorecerá e incentivará o nascimento e a consolidação de empreendimentos de Economia de Comunhão, promovendo entre todos os colaboradores e responsáveis da EdC Brasil. Durante o evento, a presidente da entidade, Maria Helena Faller será lançada a Agenda Nacional da EdC no Brasil visando realizar encontros de formação dos membros da Rede do Programa de Superação da Vulnerabilidade Econômica e, criando espaços de relacionamentos para os empresários (reuniões bimestrais por ferramentas online). Haverá ainda quatro Escolas para Jovens com vocação empreendedora, atuando de forma itinerante em quatro cidades do Brasil.


Como parte do Fórum dos 25 anos houve também o encontro de pesquisadores de EdC, com a antropologia Vera Araújo e o professor, economista e estudioso de EdC, Luigino Bruni, que ressaltaram a resiliência da Economia de Comunhão ao longo de seus 25 anos, traçando um paralelo com o sistema vegetal (em particular as plantas e árvores) cuja seiva gera autoalimentação e suporte para nova vida. Ressaltaram ainda que para a EdC a pobreza não está ligada à renda, mas trata-se de uma pobreza multidimensional, incluindo o desperdício de talento e a pobreza modernizada, criada por determinadas situações de consumo em excesso. Já a professora Dra. Andreza Lucas, da Universidade Federal de Pernambuco, lembrou que “por trás de cada CNPJ existe pelo menos um CP, portanto, é preciso ser consciente também para consumir e contribui desta forma para eliminar a indigência que é a pobreza sem resiliência”.


A antropóloga e estudiosa de EdC, Vera Araújo, em sua apresentação junto aos pesquisadores traçou um paralelo entre Karl Popper – para quem a vida busca resolver problema – e a idealizadora da Economia de Comunhão, fundadora do Movimento dos Focolares[1], Chiara Lubich, que tem como meta e proposta de vida, a Unidade  não como uniformidade, mas como pluralidade que respeita o diferente, gerando comunhão em todos os aspectos da sociedade, numa cultura que leve à inclusão universal. Disse ainda que só é possível mudar sistemas e estruturas, se primeiro houve uma mudança pessoal.


Como parte das atividades para 2017 estão previstos dois seminários de EdC e ações sistemáticas tanto no Polo empresarial Ginetta, em Recife (PE) quanto no Polo Spartaco, Cotia (SP) que atuam no país com coordenação autônoma e orçamentos próprios.Neste sentido, a EdC e a Anpecom, contam com a participação de todos para que este projeto se realize.

 

Regina Maria da Luz Vieira

 



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[1] Trata-se da Espiritualidade da Unidade que surgiu na Igreja Católica, em 1943 na cidade de Trento, na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial.