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O PERFUME


Por Viviane Bigio

Jean-Jacques Rousseau, no século XIX, teria afirmado que “o olfato é o sentido da imaginação”.

A palavra perfume deriva do latim per fumo que significa “através da fumaça”. Os homens primitivos conheceram os perfumes que as florestas exalavam. Algumas árvores odoríferas, como o cedro ou o pinheiro, soltavam seus aromas no ar. Quando o homem dominou o fogo passou a queimar madeiras e folhas para sentir seus odores agradáveis e agradar os deuses.

A história do perfume, portanto, é muito antiga. No Antigo Testamento, Noé teria queimado madeira do cedro e da mirra para agradecer a Deus de ter sido salvo do Dilúvio. O mesmo foi dado pelos Reis Magos como presente ao Menino Jesus. A Rainha de Sabá teria atraído o rei Salomão com o seu perfume e a Cleópatra teria seduzido o general Marco Antônio por seu afamado perfume de rosas. Untava-se também de cheiros e essências o corpo dos faraós antes de enterrá-los.


Com os gregos e os romanos o uso destas plantas aromáticas aumentou. Com os imperadores romanos o uso do perfume cresceu bastante. Calígula dava banho de perfume ao seu cavalo todos os dias. Os sacerdotes mandavam fumaças perfumadas ao céu para agradar seus deuses.

Os primeiros mestres perfumistas surgiram na Arábia e na Índia. Os Árabes tinham conhecimento de higiene e medicina e fabricavam os perfumes usando plantas e animais. O médico Avicena descobriu, por acaso, os princípios básicos da destilação a vapor.

Os perfumes sempre foram ligados à nobreza e à aristocracia por dificuldades de obtê-los. Mas, ao longo dos séculos foram perdendo seu caráter religioso. A Rainha Catarina de Médicis, quando partiu de Florença para casar com o Rei da França em 1522, levou com ela dois perfumistas encarregados de procurar flores e plantas iguais às da Toscana. Encontraram na aldeia de Grasse, em Provence, rosas e jasmins. Grasse então ficou conhecida como a cidade dos perfumes até os dias de hoje e passou a contar, a partir de 1850, com 50 perfumarias que exportavam seus artigos para Paris e depois para toda a Europa.


O perfumista da princesa Maria de Medicis (1573-1642), René Le Florentin, ficou rico e famoso no século XVII por isso. O protocolo na corte do rei Luiz XIV obrigava todos a usarem um cheiro diferente para cada dia da semana. Napoleão Bonaparte jogava na própria cabeça um vidro de perfume todas as manhãs e a Imperatriz Josefina vivia envolta em uma nuvem de almíscar. Ela chamou os melhores perfumistas da época que começaram a fabricar os perfumes à base de flores de aromas fortes.

Na época da Belle Epoque a perfumaria tinha ultrapassado as fronteiras dos laboratórios. Até a I Guerra Mundial (1914-1918) os perfumes e artigos de toalete ganharam muito espaço e foram apresentados na Exposição Internacional de Artes Decorativas. Paris recebeu visitantes de toda a Europa. As francesas saiam às ruas. Mulheres elegantes e perfumadas lotavam os cafés exalando fragrâncias de patchuli, heliotrópio, almíscar e baunilha, que criavam uma atmosfera sensual.

Com a chegada do século XX estavam disponíveis em todas as esquinas estes objetos de desejo para atender a demanda crescente. A indústria do perfume começou a se sofisticar. As diversas grifes de moda começaram a lançar suas próprias marcas: Guerlain, Chanel, depois Dior, Yves Saint Laurent, etc.. Um vidro de perfume agora podia ser de lalique, depois vieram os de cristal e se expandiram pelo mundo.

São raras as mulheres que não reservam para si um lugar para um perfume, apesar da grande variedade de preços, seja uma colônia, uma essência ou uma água de toalete.

Vamos respirar fundo!



Fontes da pesquisa:


 
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