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Atitude em prol dos animais indefesos...

Por Célia Gennari

“A crônica é um gênero textual que se caracteriza por retratar questões vinculadas ao cotidiano, de modo, ao mesmo tempo, leve e crítico. A crônica volta-se para questões relativas ao cotidiano.” Pensando nessa simples descrição, lembrei de vários assuntos que poderia ser tema desta crônica. Escolhi um, espero que gostem.

Na área comum social de onde moro, sempre acabam entrando animais pela portaria, especialmente, cães e gatos... Recentemente, entrou um cãozinho preto e branco, que foi encontrado num cantinho assustado e tremendo muito.

Os mais próximos do local, perto das churrasqueiras, ficaram bem abalados ao ver o estado do cãozinho. Ele estava de coleira, com as unhas bem grandes e com um olhar tão triste. Como temos um grupo que trata dos assuntos dos Pet’s, várias ideias foram trocadas para buscar uma solução para a situação.

O mais complicado é que por ele estar muito assustado não aceitava nenhuma aproximação, até mesmo do potinho de comida e da água ele fugia, bem devagarinho. Sinal de que não deve ter tido boas relações com humanos.

Entre chamar um médico veterinário para atendê-lo, com vaquinha dos componentes do grupo, e alguém para resgatá-lo, um pessoal optou pelo resgate dada a resistência do animal. Após a realização de diversos contatos com ONG’s conhecidas dos moradores, obtivemos a informação de que a maioria dos abrigos estão com vagas esgotadas ou superlotação e com falta de recursos para manter os bichinhos que já estão nos locais.

Então, depois de muita insistência de uma moradora, Diego Laudano e sua equipe do Instituto Caramelo - na noite do dia 12 de setembro, compareceram no local para a retirada do “Preto e Branco”, já com veterinário a espera para o atendimento pós resgate.

No entanto, acreditem, andamos por todo o condomínio com lanterna, procurando o doguinho e nada. Ele não foi encontrado. E, portanto, não foi resgatado.

O porteiro da tarde, no dia seguinte, informou que ele tinha saído do condomínio. Certamente, se sentiu mais fortinho, pois conseguiu comer uma refeição com frango e tomou a água na qual colocaram remédio para dor. Esperamos que ele encontre alguém para confiar!

Mas o movimento humano em torno da causa foi muito bacana. O acolhimento e preocupação de todos do grupo em proporcionar um melhor momento de vida para ele, foi gratificante. É assim que deveria ser sempre “união para o bem”. Já que não podemos fazer nada pelos animais da mata, que neste momento, queima, queima e leva a vida de muitos bichinhos indefesos.

 

 

 
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