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Envelhecer ou o quê?

Estamos “carecas de saber” que existe uma grande diferença entre ser velho e ser idoso.

Temos plena consciência, apesar da idade avançada, de que velho não consegue mais desenvolver a capacidade de aprendizado, que já não se interessa mais por mudar o mundo, ou fazer a diferença em questões cruciais para as próximas gerações.

Falando sério: ser velho é estar mais pra morte do que pra vida.

Já o idoso não para de aprender, está interessado em todas as questões atuais, pertence a redes sociais, físicas ou virtuais, adora um e-mail de sacanagem espirituoso, viaja pelo Google Earth, fala com o mundo pelo Skype, recicla para preservar a natureza para seus netos - ou sobrinhos netos -, faz exercício para cuidar da saúde e manter-se firme para os tempos que ainda tem, aproveita cada momento para ser feliz.

Então, minha gente idosa e culta, tenho um desafio muito grande para quem gosta e admira as letras. É um desafio linguístico, nessa hora em que são propostas tantas mudanças na sagrada língua portuguesa.

Os jovens criam gírias e termos originais o tempo todo, de acordo com o momento que vivem. Segundo os linguistas de vanguarda, os termos criados e amplamente utilizados no diálogo do povo, acabam incorporados ao idioma.

Se os jovens podem, porque nós, que construímos a cultura que eles saboreiam agora, também não podemos dar nosso palpite? Estou reivindicando para os idosos o mesmo direito.

Nós já fizemos isso quando jovens. Mas hoje, para nós, é um tremendo desafio, por isso mesmo mais saboroso: criar um novo vocábulo.
Então, minha gente idosa brasileira, vamos lá, ao trabalho! O desafio é criar uma palavra que defina o momento por que passamos: somos idosos, não somos velhos. Portanto não podemos dizer que estamos envelhecendo. Estamos... Estamos exatamente o quê?

Estamos vivos e ativos sim, não nos deixemos envelhecer. Qual seria o verbo a conjugar nessa hora tão profícua de nossas vidas?
Não somos e nem ficaremos velhos, mas vamos fazer o quê? Não podemos ficar sem um verbo! Velhos envelhecem, e nós idosos?
A palavra idoso vem de idade? Podemos então idadejar?

Eu idadejo, tu idadejas, ele idadeja, nós idadejamos...

Vamos lá, meus amigos idosos, ao trabalho, temos que inventar um verbo e isso não é tarefa muito fácil. Precisamos criar o verbo, conjugá-lo em todos os tempos, colocá-lo amplamente em uso, divulgá-lo pelas redes sociais, físicas ou virtuais, fazê-lo popular para que seja incorporado ao nosso idioma. Isso leva tempo e o nosso tem que ser proveitoso.

Aguarde-nos, Academia, aí vamos nós!

Envelhecer ou morrer? Nunca! Vamos idadejar.

 

Vera L. Penteado de F. Borges
vera.penteado@gmail.com


 
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