Cães
Dedico esta crônica a todos os bichos amigos do ser humano, especialmente os cachorros.
Por que são dedicados, meigos, fraternos? Sim, mas também porque são muito espirituosos, espertos e ladinos. O cachorro não é mais o melhor amigo do homem. Agora ele é o mais novo membro da família, ele é o “nosso filhinho”.
Tratado como tal na vivência do quotidiano, ele faz parte da estrutura familiar nos acompanhando aos Shoppings, restaurantes, alfândegas, petshops e lojas especializadas em produtos animais, onde se sente “O Rei”!
Enfim, toda aquela estrutura exerce sobre ele um fascínio hipnótico. Conduzido por seus orgulhosos donos para escolher a melhor ração, a mais macia almofada, a coleira mais bonita e adequada, demonstra um gosto apurado, exigindo sempre a mercadoria mais cara. Ele sabe o que é bom!!!
Nestes locais ele também tem boas oportunidades de relacionar-se e o faz com alegria pulando, cheirando, lambendo, latindo, babando... um horror!
Cão que se preza, dorme com os donos. Tudo bem que sua almofada é macia e perfumada, contudo na cama do seu líder ele se sente mais protegido... ou será o inverso? Nestes tempos de violência, ter um cão bem próximo pode nos alertar contra a invasão de algum estranho mal intencionado. Portanto, que ele durma com seu dono!
A verdade é que precisamos dos cães mais do que eles precisam de nós. Se desaparecêssemos da face da Terra amanhã, os cães conseguiriam sobreviver seguindo seus instintos, formando matilhas voltando a caçar, criando seus filhotes e sob vários aspectos seriam mais felizes.
Muitos cães domésticos sofrem por estarem distantes dos ambientes naturais, vivendo fechados em apartamentos, em condições opostas às suas necessidades. Estas não se resumem à água, ração e carinho. Quanta falta faz uma corrida por um belo gramado, sujar as patas, fazer buracos, enterrar ossos, explorar o mundo, latir, pular, cheirar.
Por isso é bom guardar na mente: o “nosso filhinho peludo” sempre será um cachorro. Sua natureza deve ser respeitada para que possa manter-se saudável física e psicologicamente.
Sobre essa realidade, assista ao documentário “Cães, os melhores amigos do homem” produzido pelo Discovery Chanel.
E se você gosta de ler, permita-me sugerir-lhe alguns bons livros. Uns o farão rir, outros o emocionarão, mas todos lhe permitirão agradáveis momentos de lazer.
1. Para aprender a lidar melhor com os cães e assim torná-los mais adaptados:
O encantador de cães: compreenda o melhor amigo do homem, de César Milan com Melissa Jo Peltier. Tradução: Carolina Caires Coelho. Campinas: Verus Editora, 2007.
2. Para rir:
Conheça Miles: um cupido diferente, de Jane May. Tradução: Elisabeth Neilson. São Paulo: Arx, 2007.
Marley & eu: a vida e o amor ao lado do pior cão do mundo, de John Grogan. Tradução: Thereza Christina Rocque da Motta, Elvira Serápicos. São Paulo: Prestígio, 2006.
3. Para se emocionar:
De Bagdá, com muito amor, de Jay Kopelman com Melinda Roth. Tradução: Sérgio Duarte Rio de Janeiro: Best Seller, 2007.
Estas leituras despertarão em você o amor aos animais e conseqüentemente às pessoas que o cercam.
Nilde Tavares Lima
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