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Graciosa cidade de Iguape

Por Ignez Ribeiro

Iguape, fundada em 1538, situada no litoral sul do Estado de São Paulo, é uma interessante e graciosa cidade com forte presença de arquitetura colonial no seu centro histórico. Privilegiadamente, é localizada às margens da quinta maior laguna marítima do mundo, o Mar Pequeno (Lagamar), viveiro natural de vários peixes e crustáceos.  Beneficia-se, por sua localização, de uma das poucas regiões remanescentes da Mata Atlântica.

Recentemente, foi tombada pelo IPHAN (Instituto de Pesquisa Histórica e Artística Nacional), que reconhece seu acervo de prédios e casarões dos séculos XVIII e XIX, além da majestosa Basílica do Bom Jesus de Iguape, da graciosa Igreja do Rosário e da bela Igreja de São Benedito. Todas as construções coloniais são de pedra, com argamassa de óleo de baleia, conchas e cascalhos.

Pontos Turísticos na cidade: Fonte do Senhor, com a famosa gruta onde foi lavada a Imagem do Senhor Bom Jesus de Iguape, encontrada na praia da Juréia e que se encontra entronizada na Basílica; Morro do Espia, de onde os antigos vigias da cidade monitoravam os navios piratas que entravam pela Barra do Icapara, a fim de alertar a população do perigo eminente, e onde, hoje, encontra-se uma bela réplica da estátua do Cristo Redentor. Do belvedere do Morro do Espia tem-se uma bela e ampla vista do Mar Pequeno e da Ilha Comprida. O acesso é feito por escada ou por uma íngreme estrada pavimentada, que permite passagem de carros.

Um dos eventos de muita repercussão na cidade e regiões adjacentes é a Festa do Bom Jesus de Iguape, que se realiza na primeira semana de agosto e atrai grande romaria de fiéis do interior do Estado de São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Como é costume nesses movimentos religiosos, forma-se, em local disponibilizado pela Prefeitura, uma grande e tradicional feira que movimenta a economia do município. Essa festa é o segundo maior evento religioso do Estado de São Paulo.

O seu Carnaval de rua atrai participantes de todo Vale do Ribeira e localidades próximas, com desfile de carros alegóricos dos vários clubes locais e dos muitos blocos bem característicos e tradicionais.

Cidade plana, com várias praças, tem a peculiaridade de ter ainda algumas calçadas remanescentes do período colonial, feitas pelos escravos com grandes e pesadas pedras de granito. A presença do verde e do Mar Pequeno (Lagamar) propicia boas caminhadas em pistas para pedestres e uma ciclovia permite desfrutar belas paisagens ao lado do Mar Pequeno, margeado por grandes mangues, onde se abrigam garças brancas, cinzas e belos guarás vermelhos.

A cidade de Iguape, atualmente, é uma ilha – Ilha do Papagaio – separada do continente pelo caudaloso rio Ribeira de Iguape, pelo canal do Valo Grande, e, também, separada da Ilha Comprida pelo Mar Pequeno, que se estende da Barra do Icapara até Antonina, no Estado do Paraná. O turismo viabiliza belos passeios de barco, que no seu percurso passam por Cananéia, Ilha do Cardoso, Ariri, e, em seguida, pelo Canal do Varadouro, Ilha do Superagui e Ilha do Mel.

O acesso a Iguape se dá por duas pontes, uma sobre o Rio Ribeira e outra sobre o canal do Valo Grande. Da mesma forma, o acesso à cidade de Ilha Comprida se dá pela Ponte Prefeito Laércio Ribeiro, propiciando mais de 70 km. de praias limpas e seguras. O acesso a outra belíssima praia, a da Juréia, numa das belas áreas de preservação ambiental da região, dá-se por travessia do Rio Ribeira de Iguape, na localidade de Barra do Ribeira, por balsa, próximo à foz do mesmo rio, no Oceano Atlântico.

Sendo o Mar Pequeno um criatório de peixes finos, como robalos, pescadas, corvinas e tainhas, além de caranguejo, mariscos, camarões e da deliciosa manjuba, que só desova nessa região, o turismo de pesca é considerável. As pousadas fornecem até barcos, iscas e piloteiros.

A qualidade dos peixes favorece uma culinária local muito apreciada: tainha na telha (assada em telha de barro), peixe azul (postas de robalo ou bagre cozidas com banana da terra), casadinho de manjuba (empanado especial), moqueca de manjuba (prato típico de bolo de mandioca e manjuba. assado em folha de bananeira), casquinha de siri, camarão no bafo e moquecas de peixe convencionais (caldeiradas).

A grande concentração de águas fechadas nos entornos da cidade propiciaria excelentes esportes aquáticos, não fora os muitos bancos de areia, em todo Lagamar.

O clima do local, por sua posição demográfica, sofre mais influência climática da Região Sul, além de ser uma das áreas de maior índice pluviométrico do país.

O acesso de São Paulo é pela BR 116, via Régis Bittencourt. Estrada quase totalmente duplicada com exceção de 30 quilômetros, em obras, na Serra do Cafezal, trecho sinuoso que serpenteia a Mata Atlântica, sempre verde e que nos brinda com belas quaresmeiras e nhacatirões floridos nos meses de março a julho.

Para saber mais acesse a página eletrônica da Prefeitura Municipal de Iguape.

 

 

 
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