Maquiagem ou maquilagem
Por Viviane Bigio
No período paleolítico, o homem começava a se tornar sedentário e a se reunir em grupos. Dentro desses grupos, as diferenças hierárquicas eram evidentes. Os chefes se enfeitavam com garras e dentes de animais ferozes e os feiticeiros com pinturas “mágicas”.
Com o tempo surgem as primeiras pinturas de guerra. Na Mesopotâmia aparecem os primeiros produtos de maquiagem feitos de carvão, henna ou diversos produtos naturais. Na Grécia, na Babilônia e no Egito a maquiagem era usada de formas diferentes.
Foi no Egito que a maquiagem começou a ser usada tanto para higiene como para beleza. Os nobres pintavam os olhos em tons esverdeados à base de metais pesados, como respeito ao Deus Sol e para proteger as pálpebras. Nesta mesma época, surge a ideia de que as mulheres precisavam ter a pele clara e os homens escura.
Cleópatra representou bem esta época, imortalizando seu banho de leite, cobrindo seu rosto com argila e maquiando seus olhos com pó de khol, obtido por uma poeira preta condensada e solidificada.
Para cuidar da pele, as romanas usavam uma máscara de farinha, miolo de pão e leite durante a noite. Dizem que Popeia, segunda mulher do Imperador Nero, conseguia uma pele muito branca graças aos banhos de leite de jumenta combinado com miolo de pão e farinha de favas. Para manter esta aparência apelavam para misturas de giz, pasta de vinagre e cascas de ovos.
O primeiro creme facial do mundo foi criado aproximadamente no ano 150 a.C., pelo físico romano de origem grega, Galeno. Ele adicionou água à cera de abelhas e azeite que ele mais tarde substituiu por óleo de amêndoas e bórax. Esta fórmula durou muitos anos.
Por volta do século XVI as pessoas começaram a relaxar nos hábitos de higiene pessoal. Isto contribuiu para o aumento de uso de perfumes e cosméticos. Quando as pomadas coloridas se tornaram mais seguras, em meados do século XVII, tornou-se também moda pintar os lábios.
Gertrude Vanderbilt Whitney, em 1892, popularizou a moda da maquiagem com o lançamento da Revista Vogue que depois foi comprada pelo grupo Condé Nast, que divulgou esses objetos muito atraentes para a maioria das mulheres.
O uso dos cosméticos se tornou mais acessível a todos por volta do século XX com os avanços da indústria química fina.
Em 1920, aconteceu em Paris a verdadeira revolução do batom. Era a primeira vez que este produto era embalado em tubo e vendido em cartucho. Pegou tão bem que em 1930 conquistou o mercado americano.
Com a ascensão da indústria cinematográfica nos anos 20, a maquiagem passa a ser de uso geral para caracterizar ou mudar a aparência dos personagens.
Deu uma parada durante a Segunda Guerra Mundial, por causa da necessidade de fabricar armas de guerra, mas voltou com tudo nos anos 50 e conquistou definitivamente o mercado nos anos 60.
Nos anos 70, os grandes costureiros como Dior, Chanel e Yves St. Laurent entre outros, passaram a combinar a maquiagem - cor da pele, do batom e dos olhos - com suas novas coleções.
Na década de 80 são lançados os cosméticos pigmentados e na de 90, fórmulas com propriedades para nossa beleza: protetores solares, hidratantes e controladores de envelhecimento de pele.
Hoje, os cosméticos tratam e colorem nossa pele e são mundialmente aproveitados.
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