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IN MEMORIAM
Por
Rosa Oguri
Ignez Ribeiro

Faleceu dia 27 de dezembro de 2006, nossa colega Elfried Louise Heymanns Machado, 78, mais conhecida pelo seu nome artístico, Elizabeth Henreid

Aluna da UAM - Universidade Aberta à Maturidade – há mais de 14 anos, 4ª fase-A, Elizabeth foi artista do Teatro Brasileiro de Comédia – TBC desde seus 18 anos, quando estreou em 1949, sob a direção de Adolfo Celli, com a peça “Luz de Gás”.  Trabalhou em novelas: “Os ossos do Barão” (SBT), “Livre para voar” (Globo) e outras mais. Atuou em mais de 25 peças de teatro, contracenando com artistas como: Cacilda Becker, Sérgio Cardoso, Nydia Licia, Waldemar Wey, Ruy Afonso, Maria Della Costa, Paulo Autran, Cleyde Yáconis, Juca de Oliveira e outros.
Muito querida por todos seus colegas, sempre tinha uma participação que enriquecia as aulas com sua cultura e interpretações de poemas e textos literários. Foram momentos privilegiados para nós, que convivemos com ela.
Desde uma intervenção cirúrgica muito delicada, não se recuperou satisfatoriamente. Viúva do ator, diretor de teatro, um dos criadores e líder dos “Jograis de São de Paulo” e professor da UAM (aula de dicção-trava-lingua) – Ruy Afonso Machado, deixa dois filhos, Geraldo, Claudia e um neto.
Quer matar a saudade? Elizabeth Henreid participou da Edição nº 15 do nosso “Jornal Compuctador” (impresso), em “Adivinhe quem é?”.

LEMBRANÇA DE ELIZABETH
Por
Prof. Antônio Jordão Netto

Elfried Louise Heymanns Machado, que todos conheciam pelo nome artístico de Elizabeth Henreid, grande atriz que foi do teatro, cinema e televisão do Brasil, nos deixou no final do ano de 2006.

Foi mais uma passageira que desembarcou do trem da vida simbolizado pela belíssima convivência possibilitada entre alunos e professores da Universidade Aberta à Maturidade da PUC/SP.

Ficou um triste lugar vazio em nosso comboio, deixando-nos todos consternados e imensamente saudosos de sua figura delicada e meiga, abrigada num corpo aparentemente frágil, mas que escondia uma enorme energia e um caráter firme e marcante. Dela ficaram muitas lembranças e poder-se-ia dizer uma infinidade de coisas. Entretanto, me dei conta de que nada melhor do que suas próprias palavras para amenizar perda tão dolorida.
Busquei no livro de poemas “A vida também passa assim”, coletânea elaborada pela Profa. Nery Rainer, em 1995, a partir da contribuição de alunas do nosso próprio curso, uma criação da Elizabeth intitulada apropriadamente,  "Partida" e cujos versos transcrevo, em memória dela.

PARTIDA
Elizabeth Henreid

Quando ao berço da terra voltar
e no infinito me integrar,
não molhe teu pranto minha terra.
Tuas mãos espalhem sementes,
para me tornar em flor presente,
e assim em lembrança poder renascer.
Que venham abelhas
e me transformem em mel
que tua boca irá adoçar.
Se em árvore me transmutar,
nos meus galhos venham aves pousar,
abrigando, à minha sombra, seus ninhos,
e a teu sono, minha paz.
Lembra meu riso e meu canto
Nada de pranto!
Lembra apenas quanto te amei.

IN MEMORIAM
Por
Rosa Oguri
Ignez Ribeiro

Faleceu dia 16 de janeiro de 2007, Eunice Augusta de Souza Pacheco, 86, aluna há 9 anos da UAM, 4ª fase-E

Sempre muito amável, simpática e comunicativa, desenvolvia o trabalho de representante de classe como auxiliar da colega Janete Salfatis, junto à Coordenadoria do Curso. Colaboradora do “Jornal Compuctador”, teve destaque ao escrever para o nº 17 (impresso), em “Gente Notável”, sobre sua prima Tarsila do Amaral (1886-1973) – artista plástica brasileira de grande importância no Movimento de Arte Moderna de 1922.
Desenvolveu trabalho voluntário junto ao Convento da Santíssima Trindade e como amante da natureza, curtia muito seu sítio, suas plantas e cavalos. Eunice gostava de cavalgar e o fazia muito bem.
Concluiu o curso de normalista, não exerceu a profissão, trabalhou por algum tempo com seu pai, casou-se e dedicou-se à família. Viúva do médico, Dr. Ruy Pacheco, deixa duas filhas – Regina e Cláudia, cinco netos e uma bisneta.

SAUDADES DE EUNICE
Por
Prof. Antônio Jordão Netto

Seu nome era imponente e austero, como sua pessoa: Eunice Augusta de Souza Pacheco. Por trás de epíteto tão expressivo e da aparência ao mesmo tempo nobre e sóbria, havia uma mulher portadora de muita inteligência, cultura e com grande discernimento sobre as coisas importantes da vida. Ativa e participante de tudo o que se passava nos cursos da Universidade Aberta à Maturidade da PUC/SP, os quais freqüentava há muitos anos, sendo diligente e eficiente representante dos seus colegas da turma 4ª fase-E, Eunice passava, para aqueles que não a conheciam de perto, a imagem de uma pessoa altiva, orgulhosa, talvez um pouco soberba. Eu mesmo, nos primeiros tempos, a imaginava assim. Mas depois, quando tive o privilégio de conhecê-la um pouco melhor, pude perceber que aquela suposta altivez e o aparente orgulho, nada tinham a ver com sua pessoa, seu modo de ser e suas atitudes.
Havia orgulho sim, mas de ser cidadã paulista e amar as coisas e as conquistas da gente bandeirante; e a altivez era uma postura não arrogante, mas natural daqueles que carregam as mais nobres tradições de São Paulo.
Assim, suportou com estoicismo e dignidade a doença que a acometeu e a levou tão repentinamente em 16 de janeiro de 2006, deixando uma grande saudade em todos nós.

Descanse em paz, Eunice, e lá do paraíso continue a nos iluminar – professores e alunos, a fim de que possamos tornar cada vez maior a Universidade Aberta à Maturidade que você tanto amou e que tornou tão luminosa quando por aqui passou.


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