A ÁRVORE
A árvore quieta,
ao sol da tarde,
parece eterna
e eu também.
A árvore quieta,
vai passar,
apodrecer
e eu também.
Mas, ela e eu
ambas tão quietas,
ao sol da tarde,
a nos contemplar,
a nos completar.
Não teremos, acaso,
nessa afinidade,
pressentido a eternidade?
Nilda Vitale Mendes
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