Quando se está só, andando pelos tortuosos caminhos da arte teatral, lá no fundo no seu íntimo, é chamada à consciência o que é ser ATOR. Neste momento, e não em outro, deparamos com o mais maravilhoso e visceral exercício. O teatro está presente como arte viva. Com ele ou por meio dele, não se tem a pretensão de oferecer respostas prontas ou acabadas. No entanto, estamos certos de que muitos momentos de reflexão advirão de sua proposta. Cada momento é uma razão de viver, e cada existência possui um sentido específico. O grande desafio de cada um é reconhecê-lo.
Meu corpo se transformou num som. Tudo ganhou uma espécie de magia que não foi imaginária. Chegou do esplendor da irradiação de um novo dia, e neste momento lascivo, deixei-me envolver. Nasce o Teatro em mim. Nascer todos os dias é dar à luz personagens, além de Macbeth, além de Antígona, além de si mesmo. É resgatar, à força da própria unha, a alma das palavras.
Ator – Esse instrumento que não aflora no mundo por acaso, que não descansa, que só busca, em milhares de perguntas, o porquê dessa nossa passagem pela vida. Não há nenhuma explicação categórica, física, metafísica, genética ou espiritual.
Um texto teatral é o desabafo de um sentimento. É uma compulsão forte e incontrolável.
Comprometo-me a transpor todos os obstáculos e quem sabe, juntos, possamos atravessar uma tempestade que certamente trará, amanhã, um lindo dia de sol.
Teatro – Que ele cumpra o seu papel de alerta e que a arte alimente o espírito dos homens.
Aviso importante: - Como atores, caminhemos, pisando nas avencas e ouvindo a revoada das aves, antes do início de um espetáculo (licença poética). Acompanhem-me!
“Teatro é vida”.
