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Discurso pronunciado por Marilena Papi Nogueira, oradora da turma de formandos da Universidade Aberta à Maturidade da PUC/SP


Exmos. Srs.
Dra. Ivone Carmen Dias Gomes, da Coordenadoria Geral de Especialização, Aperfeiçoamento e Extensão, Vera Bastazin. Assessora da Vice-reitoria Acadêmica, Professores Dr. Antonio Jordão Netto e Fauze Saadi, Coordenadores da Universidade Aberta, Profa. Dra. Alda Ribeiro, Terezinha Brandão, representante dos alunos da Universidade Sênior Santana, demais colegas e amigos:

Estamos reunidos nesta noite para assistir a cerimônia de formatura dos alunos da Universidade Aberta da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, curso esse criado há 15 anos por iniciativa dos Professores Drs. Antonio Jordão Netto e Fauze Saadi, aos quais muito agradecemos, pois foi através deles que, com empenho e perseverança, rompendo muitos obstáculos, conseguiram chegar aos dias de hoje, com sucesso e notoriedade.

Hoje, senhoras e senhores, a UAM é uma jovenzinha com 15 anos e nós nos sentimos honrados em fazer parte de seu corpo discente.

O curso é oferecido às pessoas com idade acima de 40 anos, e constitui-se de seis disciplinas por semestre. É um programa eclético, onde os alunos adquirem conhecimentos, questionam e debatem com seus mestres.

Não podemos deixar de mencionar que temos um jornal de nome “Maturidades”, feito por uma equipe de pessoas criteriosas e competentes.

Feitas essas elucidações, queremos voltar ao nosso primeiro dia de aula. Chegamos com muitas incertezas, mas logo fomos nos entrosando e hoje nos perguntamos: -Mudou alguma coisa em mim? -O que mudou? -O que eu sinto?

Sim, meus amigos, mudou muita coisa! E como foi rápida essa mudança! Tornamo-nos pessoas mais interessantes, com quem todos querem interagir. Mas porque isso? Por que agora temos algo a dizer, passamos a ter conhecimento atualizado e assim chegaremos à sabedoria.

Quando nos tornamos mais velhos, ou nos aposentamos, nos perguntamos: -Por que não me sinto bem? A resposta com freqüência é: -Porque não me sinto útil, ninguém precisa mais de mim!

A solução dos médicos: -Você precisa andar, precisa fazer alongamentos, precisa dançar. Ou então: -Faça muitas palavras cruzadas. É bom para sua memória.

Tudo isso é verdade, porém, se não há melhora, uma tristeza invade o seu coração.

Na verdade, senhores, pode estar faltando a interatividade com outras pessoas, a troca de aprendizados, ou até a atenção do outro. Falta carinho, falta amor!

Assim sendo, procuramos e encontramos um curso como este e tudo se transforma em nossas vidas, porque a mente passa a trabalhar, porque temos novas atividades, novos amigos e o mais importante, temos um comprometimento - Com quem? Com nós mesmos: temos deveres e obrigações!

Somos privilegiados, pois somos de um tempo em que a escola pública era excelência em qualidade de ensino. Fizemos clássico, científico ou magistério. Temos bastante conhecimento e experiência acumulados, no decorrer de muitos anos e estamos agora nos atualizando. Não vamos parar, não podemos parar! Hoje usamos celulares e muitos de nós somos internautas e trocamos e-mails diariamente e isso é muito bom!!! Estamos acompanhando o progresso, fazemos parte da história!

Se por acaso faltamos às aulas, os nossos amigos e queridos representantes, os quais muito agradecemos, neste momento nos telefonam e perguntam: -O que houve com você? Você voltará, não é? Você sabia que todos estão sentindo a sua falta? Você faz falta, sim! Essa simples frase faz com que paremos para refletir um pouco e, assim descobrimos quem somos.

Somos importantes para nós mesmos e passamos a nos autovalorizar Somos importantes para um grupo de pessoas que estão numa universidade de qualidade, como é a PUC. Enfim, encontramos um lugar - o nosso lugar - fazemos parte de algo!

A mídia atualmente cita duas palavras que estão na moda: discriminação e inclusão.

Na PUC não há discriminação e estamos todos incluídos no contexto. Somos politicamente corretos - fazemos a diferença!

Meus amigos, é só isso que queremos quando os anos chegam em nossas vidas. Precisamos de que? De carinho e de atenção!

Sabemos que a correria dos dias atuais obriga nossos familiares a trabalharem muito e isso, às vezes, os impedem de ver aquele ser que está ali, no canto, ávido por um “Olá, como vai vovó?”, “Como vai vovô?”, “Como vai papai?”, ou “Como vai mamãe, você está bem? Quer que eu lhe leve a algum lugar? Quer que eu lhe compre alguma coisa?”

Vou lhes contar um segredo: Os mais velhos, não todos, porém uma boa parte deles, têm orgulho do que fizeram, da família que formaram, do que construíram e não sabem pedir, não querem incomodar! Foram criados assim, à moda antiga. Então, parem um pouco e cedam alguns segundos de suas vidas, sendo mais atentos, mais amorosos com quem está a seu lado. Eles agradecerão muito, vocês verão.

Na PUC não representamos papéis de pais, mães, filhos, esposas e maridos.
Somos nós mesmos e isso não tem preço!!! Somos nós inteiros, emitindo opiniões, questionando os professores, tirando dúvidas. Somos unos e nos tornamos plural. Somos mais que um, somos muitos, somos todos! Nós fazemos a nossa realidade; a vida está aí para o que quisermos fazer dela, mas temos que ousar, temos que dar o primeiro passo.

Aqui chegando, a PUC, como a grande mãe, abre seus enormes e amorosos braços, para nos receber e fazer com que voltemos a viver inteiramente. Aqui renascemos, aqui somos muito, muito felizes.

Muito obrigada!
 
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Edição Nº 29
* Os artigos publicados no jornal Maturidades são de inteira responsabilidade dos autores
(que exprimem suas opiniões e assinam seus artigos) devendo ser encaminhada
a estes toda e qualquer sugestão, crítica ou pedido de retratação.
       
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