Momento mágico!!!
Dia desses, caminhando pela cidade numa bela manhã de sol, tive a grata satisfação de encontrar uma amiga muito querida que eu não via há alguns anos. Que surpresa agradável!
Como não tínhamos pressa e queríamos prolongar aquele momento mágico para conversarmos à vontade e colocarmos em dias as nossas ausências, lá fomos nós à procura de um lugar acolhedor. Em poucos minutos estávamos em uma livraria maravilhosa, dessas grandes que têm tudo que se possa querer em matéria de cultura e conforto para os frequentadores, como um simpático espaço para alimentação. Acomodámo-nos em uma aconchegante mesinha de canto, pedimos um lanche light e, sem perda de tempo, começamos a nos atualizar...
Conversa vai, conversa vem, e já que estávamos cercadas de livros por todos os lados, não deu outra... o assunto sobre eles veio à baila.
Deixei-a curiosa, ao falar de um que ganhei de um amigo, sobre curiosidades nas origens das palavras, frases e marcas. E mais curiosa ainda, porque fiz suspense e só no final da conversa, eu disse o nome do livro e do autor. Era assim que ela costumava fazer comigo, nos idos de nossa juventude...
O livro é muito interessante, e como bem diz o autor, a história das palavras é a história do homem. E destaca o que a respeito escreveu José Saramago: “Quem de palavras tem experiência sabe que delas se deve esperar tudo.” Desde que o mundo é mundo elas nasceram, atravessaram os tempos, mesclaram os idiomas, uniram os povos, transmitindo e entrelaçando os seus pensamentos e anseios. Dentro desse pensar, listado em ordem alfabética, o leitor vai descobrindo a origem e o significado de determinadas palavras e expressões que o uso consagrou, numa linguagem leve, séria e divertida, despretensiosa, didática, e por vezes irônica...
Nem percebemos que o relógio andou tão rápido... Que pena! Chegou a hora de encerrarmos a nossa conversa, o nosso momento mágico e, finalmente, de desvendar o suspense: “A casa da mãe Joana” é o livro e Reinaldo Pimenta, o autor.
Rimos da brincadeira e nos despedimos, querendo que o tempo parasse, e prometemos fazer o impossível para não mais nos perdermos vista.
Albanita de Paiva
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