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Resenhas

GROULT, Benoîte.  Um toque na estrela. Tradução de Ari Roitman e Carmen Cacciocarro. Rio de Janeiro: Record, 2008.

Como destino inexorável, todos os mortais se tornam velhos, a menos que o destino tenha lhes cortado o caminho e, por isso não chegaram à velhice. Mas o caminho de todos é esse, envelhecer. Benoîte Groult acompanha a vida e, com realidade crua passa pelos problemas da velhice, descrevendo-a  com todas as suas dificuldades de saúde, de desejos de integração, de visão exterior do que acontece com os velhos no seu caminho, na família, na visão dos outros e, principalmente, nas sua própria visão.

“As crianças também sabem que os velhos vêem em tudo a partir de um outro mundo. Sabem muito bem que a avó nunca foi menina. Fingem que acreditam, para não magoar. Mas quando abrimos para elas esse livro de imagens mortas que é um álbum de retratos, é como se aquilo fosse uma história da carochinha.”

E assim Benoîte vai abrindo para o leitor a visão do outro em relação aos velhos, às criaturas que os netos não conheceram. No decorrer da narrativa a escritora expõe o seu ponto de vista na vida da mulher batalhadora, desejosa da independência, com o poder de decidir o seu próprio destino. Ela luta com as palavras, faz da vida um livro que a moira, o destino, escreve. Com a força de jornalista e escritora do século XX, expõe a verdade da vida feminina que anseia por defender-se das imposições do destino. É assim que se torna feminista, batalhadora em prol das suas ideais, independente, dentro e fora da família.

Há passagens admiráveis em todo o romance e que tocam profundamente o leitor:  “Os velhos acumulam todas as idades da vida. Eu, moira, seu destino, não paro de admirar sua capacidade. O mérito não está em ser jovem quando se é jovem… Mas o esforço que representa ser jovem quando não se é mais”

Benoîte faz reflexões sobre a condição da mulher, a sua necessidade de se impor, mas com as convenções ela se perde no caminho do destino, mas como moira, luta contra esse mesmo destino, na condição de mulher. Tudo isso numa sociedade européia, Paris, onde saem as primeiras lutas feministas e a luta pela independência da mulher. Faz longas dissertações e análise de todo percurso da sua própria vida e consequentemente das etapas da vida da mulher.

E chega aos 80 anos, nova etapa da vida: consequências da idade, viuvez. “Eu fazia muitas coisas sozinha havia alguns anos, mas tinha alguém que me esperava em casa.” Nesse ponto da vida são outras as reflexões, os filhos, a ausência do marido. Ironicamente encerra o ciclo dos anos comentados, mas não o ciclo da vida.

 

Profª Antônia de Almeida Cunha



TAVARES, Miguel Sousa. Equador.  Portugal: Ed. Nova Fronteira, 2003.

É um romance histórico do início do século XX e dos últimos anos da monarquia portuguesa. Retrata, no começo, um pouco da vida da elite portuguesa dessa época, assim como o problema político nas colônias cujos governantes deviam provar ao governo britânico que não existiam mais escravos e que os trabalhadores eram tratados como seres humanos e com toda dignidade, o que não era verdade.
Luis Bernardo Valença, jovem solteiro da alta sociedade portuguesa, amigo do rei D. Carlos I, é um dos protagonistas.   Levava uma vida bem confortável. Tinha herdado do pai uma companhia de navegação. Era um pouco boêmio. Curtia a noite l isboense. Era um bom partido, o que o tornava cobiçado por inúmeras mulheres solteiras ou casadas.
Aceitou o desafio de ir viver e ser o governador das Ilhas São Tomé e Príncipe e tentar pelo menos disfarçar, se não melhorar, a condição dos trabalhadores lá.
David era um cidadão inglês. Extremamente inteligente, ele conseguia se adaptar a qualquer situação. Casou com Ann, a filha de um nobre inglês que não ficou muito satisfeito com tal união . Ann era muito bonita, muito culta, muito preparada. Seu pai tinha altas ambições para ela. Mas David sabia conquistar as pessoas. Era muito fiel à mulher e tinha conseguido um alto cargo na Índia, onde eles levavam uma vida muito ativa e muito ligada à nobreza britânica de lá. Por causa de uma falha dele e para não perder todo o prestígio, teve que aceitar o cargo de cônsul nestas mesmas ilhas São Tomé e Príncipe.
Logo Luiz Bernardo e o casal David e Ann fazem amizade e quase não se largam mais. É ai então que a vida deles se interliga e que explodem todas as  nuances dos sentimentos humanos  tanto bons como ruins.
O romance tem um final surpreendente. Vale a pena ler este misto de história e romance.


Viviane Bigio
vibigio@uol.com.br



Teixeira, Aymoré. A humanidade na contramão. Transcrito por Alda Ribeiro . Paraisópolis: IARG
gerontar@yahoo.com.br

Numa linguagem clara e muito envolvente, Aymoré narra a história de sua vida. Ele fala da sua infância com sua família e lembra dos amigos com os quais vai se envolvendo no decorrer das muitas mudanças de cidades. Mudanças essas que se faziam necessárias, pela premência de seu pai em sair na busca de novas oportunidades de emprego para lhes garantir a subsistência. Mesmo nas dificuldades, o menino Aymoré encontrou várias maneiras de se desenvolver, aprender e encontrar seu caminho, numa trajetória plena de conquistas e realizações. Inspirado nas suas próprias dificuldades e diálogos com médicos, desenvolveu “Ginástica Psicossomática”, sobre a qual também comenta no manuscrito. Um livro real, simples e convincente.

Ignez Ribeiro

 
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