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Resenhas

GOLDEN, Arthur. Memórias de Uma Geisha.
Tradução de Lya Luft. Rio de Janeiro: Imago
Editora, 2006.

Chiyo, uma menina de 9 anos, encantadora com seus olhos cinza azulados, mora numa aldeia de pescadores. Após a morte de sua mãe e devido à pobreza e desinteresse do pai, é abruptamente arrancada de sua vida atual e vendida a uma casa para formar gueixas. No começo ela se revolta e só pensa em voltar a seu antigo lar. As diversas tentativas de fuga fazem com que ela seja mal-tratada, escravizada e duramente castigada. Ela se nega a aprender qualquer coisa que lhe seja ensinada neste sentido.

Por acaso, um dia ela tem que ir para a cidade e se depara com um outro tipo de vida. Conhece o homem que ia ser tudo na sua existência. Para conquistar este homem, o Presidente, ela muda radicalmente de vida. Troca seu nome por Sayuri e aprende as artes essenciais de dança, canto, vestuário, maquilagem, etc... e até a arte de servir o chá deixando só aparecer uma ponta do lado interno do pulso. Por ele, ela enfrenta as brigas e maldades das outras gueixas, todas procurando se destacar e merecer a proteção destes homens importantes. E ela se torna a gueixa mais famosa e mais procurada do Japão. Tudo pelo amor que ela sente por este homem (as gueixas não podem se apaixonar).

A Segunda Guerra Mundial vai mudar tudo. Os bombardeios, a escassez de comida e a miséria transformam a vida de Sayuri, que é obrigada a lutar pela sobrevivência, sem porém nunca perder a sua dignidade interna.

O fim é melancólico e surpreendente.

A historia é contada pela própria Sayuri de maneira romântica e até poética.
É interessante conhecer os modos, costumes e tradições no Japão mais ou menos no começo da década de 30 do século passado: o pátrio poder que permitia a um pai leiloar a inocência de uma filha para quem paga mais; a mudança radical do país durante e depois da guerra; a vida íntima das gueixas (não tão glamorosa como se pensa) e o amor e a alma de uma mulher apaixonada.

Este romance fez tanto sucesso que atraiu a atenção do famoso cineasta Steven Spielberg, que o adaptou ao cinema. O filme, como o livro, fez muito sucesso.

A leitura é agradável. O estilo claro e acessível.

Boa leitura.

Viviane Bigio
vibigio@uol.com.br

 


MURPHY, Joseph. O Poder Milagroso de Alcançar Riquezas Infinitas.
Editora Nova Era, 2006.

“Você nasceu para ser rico. Você cresce rico com o uso de suas faculdades dadas por Deus, sintonizando-se com o Infinito, e como sua mente se torna produtiva e cheia de boas idéias. Seu trabalho será mais produtivo e vai lhe trazer todos os tipos de riqueza material.”

Esta é uma das frases instigadoras do autor. Escreveu, aconselhou e ensinou milhares de pessoas em todo mundo por mais de cinquenta anos. Estamos falando do Dr. Murphy, um dos ícones do movimento do Novo Pensamento.

Com formação acadêmica oriental, foi membro da Andra Research University, Índia. Neste livro revela, passo a passo, como colher automaticamente os “Tesouros do Infinito”. São 20 capítulos ou tesouros até inacreditáveis, que ensinam o desenvolvimento do poder milagroso, método para alcançar as riquezas infinitas. Afinal, “é seu direito divino dramatizar, revelar, retratar e expressar o poder, elegância e riqueza do Infinito”.

Joseph Murphy, nascido em 1898, foi educado na Irlanda e na Inglaterra, influenciado por Ernest Holmes e Emmet Fox, grandes pensadores do Movimento do Novo Pensamento. Anos de pesquisa sobre as principais religiões do mundo, principalmente as orientais, convenceram-no de que um grande poder existia por trás delas: que o poder está dentro de você! Escreveu mais de 30 livros, entre eles: O Poder do Subconsciente, Telepsiquismo, e Como Utilizar o Seu Poder de Cura. Desencarnou em 1981.

Samuel Souza de Paula
samuel.s.silva@bol.com.br


KUPERMAN, Jayme. O sabor da goiabada.
São Paulo: Kraft Gráfica e
Editora, 2010

O título do livro já desperta o interesse ou a curiosidade do leitor. Ao abri-lo, tornam-se vivos os episódios de uma vida repleta de expedientes, para impulsionar a força que faz do menino o homem, que para o bem nasceu, com o dever de trazer para a família meio de vida, com o trabalho e a perseverança de querer dar-lhes o necessário para a sobrevivência. Não se trata de uma história comum, mas da garra da criatura que sofre rejeição, simplesmente por ser judeu. Ele conta, com detalhes surpreendentes, as várias etapas por que passou: o orfanato, “era meu lar e os meninos a minha família”, a ausência da mãe, por imposição do destino que lhe corta a vida, quando se vê longe da sua terra e da família.

Chega ao Brasil na adolescência, vive algum tempo em Belo Horizonte e depois São Paulo. Foi um dos primeiros imigrantes a fazer comércio como camelô: de porta em porta oferece produtos os mais variados, à prestação, com o cartão de famílias que se viam beneficiadas pela oportunidade de adquirir produtos do interesse das donas de casa. As passagens são curiosas. Sente-se a aceitação do imigrante pelos brasileiros que veem na prestação uma nova forma de comércio e na oportunidade de se conseguir o produto desejado, em módicas prestações, isso nos anos 50.

Um grande momento de erudição são as informações históricas a respeito do sionismo e dos sionistas com ricas informações a respeito da origem do povo judeu, desde o reinado de Salomão (970 a 928 aC) até a divisão do seu reino em dois: o Reino de Judá e o Reino de Efrain, na Bíblia, reino de Israel. É de grande importância o desenvolvimento da história de Israel, fatos e acontecimentos que enriquecem o conhecimento do leitor para esse momento tão significativo, na vida de um povo em busca da pátria ou da terra onde pudesse fixar-se.

E dá continuidade à sua história. Com grande precisão relata as peripécias da sua meninice e adolescência, com a graça de quem tirou de cada momento uma aprendizagem; além disso, marca-lhe a alma a formação da família, os filhos, os netos “só sei que, desde o primeiro olhar, a gente sente amor por eles”. As digressões curiosas de passagens especiais prendem a atenção do leitor e tornam a leitura agradável. Também o comentário sobre a vida entre judeus e árabes, o comércio entre cidades de diferentes etnias, com seus costumes e lendas dão ao leitor oportunidade de também viver em lugares tão distantes com pessoas tão diferentes, mas que vivem e se respeitam mutuamente.

É de grande significação a referência a acontecimentos após a Segunda Guerra mundial, principalmente em relação à imigração judaica para o Brasil. Aqui encontram a pátria, não a procurada como eterna e promissora que seria Israel, mas o berço de paz onde não seriam perseguidos simplesmente por serem judeus, pelo menos pelo povo que sabe respeitar aquele que trabalha. E passa às lembranças de família, dos amigos de quem faz pequena biografia com o destino de cada um, após o que, apresenta-os em fotos históricas e muito expressivas.
Por que O sabor da goiabada? Foi dos primeiros doces apreciados por Jayme no Brasil e de que jamais se esqueceu. Esse gosto de felicidade ficou na sua memória como representante de tudo de bom existente na nova terra Brasil.

Profª Antônia de Almeida Cunha


 
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