Quando achamos que tudo está acabado, os caminhos se abrem como dedos das mãos de Deus.
E lá estávamos nós, transpondo os umbrais de pedra de um edifício, um pouco envelhecido pelo tempo, porém renovado pelo entusiasmo e pela vontade de reviver.
Chega de fogão – do chuchu, da mandioquinha, do creme de milho, do camarão na moranga, e outros bichos...
Quando pensamos que apenas tínhamos chegado, tivemos a surpresa de que estávamos simplesmente recomeçando.
Cada momento é uma razão de viver. Cada existência possui sentido específico. O grande desafio de cada um é reconhecê-lo.
De repente, hoje sentimos nossos olhos divisando margens muito além das que percebemos.
Rompemos as pontas agudas de nosso quadrado, de nossas amarras, ao encontrarmos uma plêiade de jovens senhoras voluntárias do amor e envolvidas no fazer teatral.
Por que teatro?
O teatro liberta-nos de certos preconceitos adquiridos no decorrer de nossa vida, através das amarras impostas pela sociedade e muitas vezes pela própria família.
O teatro está presente como arte viva.
Como vivas estamos nós.
Pintamos as paredes envelhecidas deste nosso edifício, com tinta de esperança e um grande amor renovado.
Como disse o sábio ator Charles Chaplin: A vida é maravilhosa se não se tem medo dela.
Lutamos por um mundo novo que dá futuro à juventude e segurança à velhice.
Não podemos viver sem essa casa, sem nossos colegas, companheiros, sem nossos competentes professores...
Como podemos viver... sem vocês?!
Maria Chiesa