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Aprimoramento e equilíbrio do corpo


Numa manhã de terça-feira nos dirigimos à zona Sul, na expectativa de conhecer Penha Luzia Feliciano de Souza, 70, carioca, para nos apresentar seu método de trabalho, o Alongamento Corretivo Postural. Esta exímia praticante da arte corporal, dona de uma presença marcante, recebeu-nos amavelmente e nos disponibilizou, com simpatia, o seu tempo.

Este método é o resultado de uma busca consciente de toda uma vida dedicada ao aprimoramento físico, mental e emocional. Como ela mesma diz “... trabalha o conhecimento da nossa estrutura óssea que leva a uma organização muscular, trazendo a redução de tensões e a sensação de um corpo mais relaxado”.

Corrigir vícios posturais, soltar músculos enrijecidos, conhecer a estrutura óssea e seu alinhamento, regular funções do organismo, reduzir tensões e prevenir lesões, é a maneira ideal de forma dirigida e agradável de se sentir bem. O que tornou isso possível foi o sonho e a vontade clara e objetiva de uma garotinha de 6 anos que desejava ser bailarina clássica. Seus pais lhe deram todo o incentivo, numa época em que balé não era bem aceito para moças de família. Depois de uma mudança para Bauru, onde continuou seus estudos, Penha veio para São Paulo em 1953. Tinha 17 anos, e teve sua primeira frustração, ao perder as inscrições para os testes, com os quais concorreria a uma vaga para participar do corpo de balé do IV Centenário.

Persistente, não esmoreceu e seguiu carreira como bailarina clássica, participou de shows, grupos de baile, na TV e casas noturnas, o que lhe rendia um numerário para se manter. Não descuidou da vida afetiva e familiar, casou-se, tem três filhas: Cássia, Claudia e Cristiana (todas, hoje, profissionais atuantes da dança em suas várias formas de expressão).

Determinada e idealista, traçou sua carreira: foi aluna e assistente de Maria Olenewa. Mais tarde com Renée Gumiel, dedicou-se ao balé moderno e ao ainda pouco conhecido alongamento, do qual tornou-se uma das precursoras na década de 60. Encantou-se com a técnica de Martha Graham, indo várias vezes aos EUA para aprimorar-se. Sentiu que precisaria especializar-se mais: Hatha Yoga, Pilates, RPG, Cromoterapia e Lian Gong (técnica de terapia chinesa).Com todo esse conhecimento desafiador, Penha vislumbrou,, estruturou e criou uma técnica pessoal, o Alongamento Corretivo Postural. Ao integrar alongamento e Yoga (meditação), sensibilizou-se com a necessidade intrínseca do ser humano, que é o desenvolvimento interior, a interligação do corpo, mente e alma. Suas alunas, algumas com anos de convívio, usufruem do benefício de uma professora atenta às necessidades e dificuldades de cada uma para agüentar o ritmo forte de sua vida, afirma que aplica todas as técnicas que aprendeu durante todos estes anos.

Questionada como se vê nos dias de hoje, prestou o seguinte depoimento: “Tenho a sensação de que ainda tenho muito a conquistar. Não me sinto limitada, nem física, nem mentalmente, nem no espaço que ocupo. Sinto que há muito futuro e trabalho. Sinto vontade de passar aquilo que aprendi durante a minha vida profissional e de estudante-pesquisadora para as pessoas. Pretendo escrever um livro sobre minha técnica e ampliar cada vez mais o trabalho de alongamento”.

Para Penha, mulheres e homens que chegam à plenitude da existência não precisam se desprender das coisas que podem fazer, que têm direito de fazer. “Fisicamente, sentimos restrições, dificuldades para alguns movimentos, mas é preciso procurar agora o aprimoramento e o equilíbrio do corpo, da mente e do espírito", conclui.

Ignez Ribeiro
ignisignis@uol.com.br
Célia Gennari
celia-gennari@uol.com.br
 
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